Por G1


O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais pessimista em suas previsões a respeito do desempenho da economia brasileira em 2016 e em 2017. Em relatório divulgado nesta segunda-feira (16), o fundo ampliou a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado de 3,3% para 3,5% e reduziu a projeção de alta em 2017, de 0,5% para 0,2%. Para 2018, o FMI projeta um crescimento de 1,5%.

Projeções do FMI para 2017. — Foto: Economia/G1

Na última estimativa apresentada em outubro, o FMI havia mantido as projeções, depois de ter melhorado pela primeira vez – após cinco revisões para baixo – sua projeção para o PIB de 2016. O número fechado do ano anterior será anunciado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em março.

Para o FMI, os países da América Latina e Caribe devem "encolher" 0,7% em 2016 – uma piora de 0,1 ponto percentual em relação à última previsão. Em 2017, a previsão de alta de 1,6% foi reduzida para 1,2%.

"Na América Latina, o declínio do crescimento reflete, em grande medida, as expectativas da recuperação de curto prazo na Argentina e no Brasil, depois de um crescimento mais fraco do que o esperado no segundo semestre de 2016 e à maior resistência à incerteza no México e à deterioração contínua na Venezuela", diz o FMI, em nota.

O FMI manteve a projeção de crescimento da economia mundial em 2016. O órgão prevê que o mundo vai crescer 3,1% neste ano, a mesma de outubro. Para 2017, a estimativa ficou igual: avanço de 3,4%. Para 2018, o FMI acredita que a economia deverá avançar mais do que nos anos anteriores: 3,6%.

Para as economias avançadas, o FMI prevê que o crescimento será de 1,6% em 2016, 1,9%, em 2017 e 2%, em 2018.

No caso dos EUA, a maior economia do mundo, o relatório manteve o avanço de 1,6%, previsto para 2016 em outubro e aumentou a projeção para 2017, de 2,2% para 2,3%. Para 2018, está ainda mais otimista, já que prevê uma expansão de 2,5%.

"Se um aumento de demanda impulsionada pelo lado fiscal colidir com restrições de capacidade mais rígidas, será necessário um caminho mais acentuado para a taxa de juros para conter a inflação, o dólar vai se valorizar fortemente, o crescimento real será menor, a pressão orçamentária aumentará e o déficit em conta corrente dos EUA se ampliará", disse o economista-chefe do FMI, Maurice Obstfeld, em comunicado.

Na zona do euro, o crescimento foi mantido em 1,7% para 2016. Para 2017, melhorou de 1,5% para 1,6% - a mesma taxa de 2018. O Reino Unido, por sua vez, deverá crescer mais do que o previsto em outubro: de 1,8% para 2%, e de 1,1% em 2017 para 1,5%. Em 2018, o aumento estimado pe de 1,4%.

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