Por Karina Trevizan, G1, São Paulo


Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles — Foto: Alessandra Modzeleski/G1

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira (2) que a economia brasileira começará 2018 “crescendo em um ritmo superior a 2% ao ano”. Segundo o ministro, “o Brasil já está em um ritmo de recuperação sólida”, que foi iniciada antes do previsto.

“Mais importante que o crescimento médio é comparar a taxa de expansão do último trimestre de 2017 e 2016. Por essa medida, nosso crescimento [no final de 2017] será superior a 2%, podendo chegar a 2,5%”, afirmou Meirelles. “Isso significa que entraremos em 2018 crescendo num ritmo superior a 2% ao ano.”

A declaração foi feita em um evento de tecnologia e comunicação em São Paulo.

O ministro estima que o ciclo de crescimento atual seja “o mais longo que vivenciamos nos últimos tempos, na última década ou mais”. Neste cenário, ainda segundo Meirelles, “a taxa de juros baixa será um fenômeno presente por um período bastante prolongado.”

Recuperação

“Se discute um pouco, ainda, entre alguns analistas, sobre até que ponto o Brasil está numa tentativa ou até que ponto a recuperação é de fato para valer”, reconheceu o ministro, respondendo em seguida: “eu poderia lhes dizer que estamos vivenciando uma recuperação sólida, que cada vez mais vai surpreender os analistas.”

Após o Produto Interno Bruto (PIB) ter registrado expansão nos dois primeiros trimestres do ano, Meirelles aponta que o terceiro trimestre já conta com “dados importantes” que indicam que haverá continuidade do crescimento. Ele apontou como exemplos o aumento da produção de veículos, além da expansão da fabricação de caixas de papelão, “que são um importante indicador do ritmo de produção”.

“Outro aspecto importante é o que está acontecendo no mercado de trabalho”, afirmou o ministro, citando o recuo do desemprego nos últimos meses. “A projeção era, para a maioria dos analistas, que o desemprego só começaria a cair no segundo semestre. Mas todos tiveram a surpresa positiva em abril, a virada veio antes do que se esperava.”

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