Carteira de Trabalho — Foto: Reprodução
O Brasil criou 1,91 milhão de empregos formais em 2023, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) divulgados pelo Ministério do Trabalho.
Ao fim de 2023, foram contabilizados 54,7 milhões vínculos formais ativos no país, com alta de 3,6% frente ao fechamento do ano anterior.
“Esse comportamento era esperado, não apenas devido à dinâmica do mercado de trabalho verificada no Caged em 2023, mas também pelo fato de o eSocial apresentar melhor cobertura do mercado de trabalho formal”, afirmou Paula Montagner, subsecretária de Estatística e Estudos do Trabalho do Ministério do Trabalho.
Mercado de trabalho tem escassez de mão de obra em diversas áreas
Além dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que englobam os trabalhadores celetistas, divulgados no começo deste ano, os números da Rais também incluem os servidores públicos federais, estaduais e municipais, além de trabalhadores temporários.
Além de ser uma obrigação trabalhista, a Rais oferece ao governo informações necessárias para a fiscalização do trabalho, o pagamento de benefícios e o histórico das relações de emprego dos trabalhadores.
Comparação histórica
A metodologia da Rais foi alterada em 2022, com a utilização de uma nova fonte de captação de dados para o grupo formado por pequenas empresas, o que ocasionou um significativo aumento na cobertura de estabelecimentos declarantes com um impacto importante na comparação da série histórica.
Por isso, o Ministério do Trabalho "não recomenda que os resultados de 2022 sejam diretamente comparados com os resultados de anos anteriores".
Setores
Segundo o governo, todos os grandes grupamentos de atividades econômicas apresentaram variação positiva. Veja abaixo:
- Construção Civil (+6,9%, +185.161 vínculos),
- Serviços (+4,6%, +1.358.445 vínculos),
- Comércio (+2,1%, +211.553 vínculos),
- Agropecuária (+2,1%, +36.255 vínculos)
- Indústria (+1,5%, +124.803 vínculos).
"O setor de Serviços registrou o maior estoque de empregos do ano (31.140.699 vínculos), seguido pelo setor de Comércio (10.268.406 vínculos), pela Indústria (8.656.622 vínculos), Construção (2.852.711 vínculos) e Agropecuária (1.787.678 vínculos)", diz o Ministério do Trabalho.
Distribuição e remuneração
A distribuição do emprego formal permaneceu concentrada na região Sudeste (48,2%), seguida pela região Nordeste (18,9%) e pela região Sul (17,5%).
A remuneração média para 2023 foi de R$ 3.930,56. O setor de Serviços teve a maior remuneração média entre os setores econômicos (R$ 4.422,65), seguido pelo da Indústria (R$ 4.182,40).