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Por Redação g1 — São Paulo


Dólar — Foto: Karolina Grabowska/Pexels

O dólar fechou em baixa nesta quinta-feira (5). Em um dia com uma agenda econômica mais vazia, com poucos dados no radar dos investidores, a moeda ensaiou voltar ao patamar abaixo de R$ 6, mas acabou recuperando força no fim do pregão. Terminou o dia aos R$ 6,01.

O mercado segue repercutindo números divulgados nos últimos dias, com destaque para a atividade econômica no Brasil e os dados de mercado de trabalho dos Estados Unidos.

Há expectativa para que, nesta sexta (6), novos números de empregos na maior economia do mundo sejam divulgados, com o relatório payroll.

Já no cenário doméstico, a Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta (4), a urgência para dois projetos do pacote de corte de gastos do governo federal. Apesar do placar apertado, o governo ainda pretende aprovar os projetos neste ano.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em alta.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

O dólar fechou em queda de 0,60%, cotado a R$ 6,0112. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,9600. Veja mais cotações.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 0,18% na semana e no mês;
  • ganho de 23,88% no ano.

No dia anterior, a moeda caiu 0,13%, cotada a R$ 6,0477.

Ibovespa

O Ibovespa fechou em alta de 1,40%, aos 127.858 pontos.

Com o resultado, acumulou:

  • avanço de 1,74% na semana e no mês;
  • recuo de 4,72% no ano.

Na véspera, o índice encerrou em baixa de 0,04%, aos 126.087 pontos.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

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O que está mexendo com os mercados?

O cenário fiscal segue no radar dos investidores, em um dia de agenda mais fraca e após a aprovação da urgência para votar dois projetos do pacote de cortes de gastos do governo.

São estes:

  • ▶️ obrigatoriedade da biometria para concessão e manutenção de benefícios e prevê que o reajuste do salário mínimo precisa seguir o mesmo limite de crescimento das despesas estabelecido pela regra de controle das contas públicas;
  • ▶️ vedação de novos benefícios tributários em caso de déficit nas contas. E permite o bloqueio de emendas parlamentares na mesma proporção do corte que atingir outras despesas.

A urgência para o primeiro projeto foi aprovada com 260 votos. Ou seja, apenas 3 acima do mínimo necessário, o que indica votação apertada. Para o segundo — que não exigia mínimo de votos, a não ser a maioria simples — o governo consegui 267 votos.

Um texto ao qual é dada urgência fica dispensado de passar pelas comissões temáticas da Casa e pode ser votado diretamente em plenário. O governo tem pressa para votar o pacote do corte de gastos ainda neste ano, mas encontrou resistência dentro do Congresso. Deputados e senadores não gostaram das novas regras para emendas parlamentares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Nesta quarta, o presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou que a decisão do Supremo de liberar o pagamento de emendas parlamentares afetou o clima na Casa e que, neste momento, o governo não teria votos para aprovar a urgência dos projetos de lei do pacote fiscal. Ainda assim, garantiu que a medida será aprovada nas próximas semanas.

"Temos que tratar esse assunto [pacote fiscal] com toda a seriedade, o que não está sendo fácil, porque tem muitas variáveis que estão acontecendo que não dependem só da vontade do Congresso, e não estão ajudando no encaminhamento da sensibilidade política nesse momento", disse.

No exterior, falas do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, também seguem repercutindo. Em um evento durante a tarde, Powell afirmou que o desempenho recente da economia norte-americana permite que o BC do país seja mais criterioso com a trajetória dos cortes de juros.

"A economia está forte e está mais forte do que pensávamos em setembro", disse o banqueiro central, reforçando que a inflação norte-americana também está um pouco acima do esperado.

Powell também disse que não teme que o novo governo de Donald Trump, presidente eleito dos EUA, possa prejudicá-lo como líder do Fed.

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