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Por Alexandro Martello, g1 — Brasília


Estudo divulgado pelo BC sobre o uso do dinheiro em espécie — Foto: Reprodução de material do BC

O uso frequente de dinheiro em espécie por brasileiros recuou nos últimos anos, ao mesmo tempo em que disparou a utilização do PIX, o sistema de pagamento em tempo real, que opera 24 horas por dia.

Os dados constam em pesquisa conduzida pelo Banco Central (BC), divulgada nesta quarta-feira (4), com o nome "O Brasileiro e sua relação com o Dinheiro".

O levantamento foi feito com 1 mil pessoas de todas as capitais brasileiras com mais de 100 mil habitantes, entre 28 de maio e 1 de julho de 2024.

  • Em 2021, quando foi feita uma pesquisa anterior sobre o assunto, 20,1% dos entrevistados informaram que utilizaram dinheiro em espécie muito frequentemente, percentual que recuou para 13,2% em 2024.
  • Também caiu o número de entrevistados que informaram utilizar recursos em espécie "frequentemente" e "pouco frequentemente".
  • Já o meio de pagamento que as pessoas "costumam utilizar" para pagar suas compras foi apontado por 76,4% como sendo o PIX em 2024, contra 46,1% das preferências em 2021. O PIX teve início no fim de 2020.
  • A forma de pagamento utilizada com "maior frequência" em 2024 foi o PIX, apontado por 46,1% dos entrevistados em 2024, contra 22% do dinheiro; 17,4% do cartão de débito e 11,5% do cartão de crédito.

De acordo com o BC, o objetivo da pesquisa é o aprimoramento contínuo da gestão do meio circulante brasileiro e das ações de divulgação sobre características das cédulas e moedas do Real.

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Dinheiro em espécie

Mesmo com o maior uso do PIX, a pesquisa do BC mostra que o dinheiro em espécie ainda é utilizado pelos brasileiros. De acordo com o estudo, 67,6% das mulheres e 70,5% dos homens utilizam as cédulas e moedas do Real.

  • O uso de dinheiro em espécie, segundo o levantamento, é mais intenso entre aqueles que possuem menor renda: 75% das pessoas que recebem até dois salários mínimos e 69% entre os que ganham entre dois e cinco salários mínimos.
  • Quando a renda aumenta um pouco, o uso do dinheiro em espécie se torna menos frequente: 59,4% das pessoas que auferem entre cinco e dez salários mínimos e 58,3% das que recebem mais de 10 utilizam notas e/ou moedas de Real hoje em dia.
  • O uso do dinheiro físico também é ligeiramente maior entre os idosos. De acordo com o levantamento, 72,7% das pessoas que têm 60 anos ou mais o utilizam; esse percentual cai para 68,6% entre aqueles que estão entre 16 e 24 anos.

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