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Por Alexandro Martello, Lais Carregosa, Thiago Resende, Guilherme Mazui, g1 e Tv Globo — Brasília


Haddad detalha medidas do ajuste fiscal — Foto: Ministério da Fazenda

O governo informou nesta quinta-feira (28) que as mudanças na aposentadoria dos militares, previstas no pacote de corte de gastos, terão impacto de R$ 2 bilhões ao ano.

A medida vai contribuir com pouco mais de 1% na economia projetada com o corte de gastos em 2030 — quando o pacote deve atingir corte de despesas de R$ 79,9 bilhões.

"Se você considerar a despesa discricionária que eles têm, é um gesto significativo e foram coisas que nunca foram conseguidas pelos governos anteriores", justificou o ministro Fernando Haddad, em entrevista a jornalistas nesta quinta-feira (28).

De acordo com o Ministério da Fazenda, além do impacto de R$ 1 bilhão por ano em cortes de despesas, haverá, ainda, um incremento de arrecadação de mais R$ 1 bilhão, anualmente, por conta da contribuição para o fundo de saúde.

Deste modo, o efeito anual total é de R$ 2 bilhões, considerando medidas de cortes de gastos e aumento de arrecadação.

Haddad disse que a medida reforça "o apelo que estamos fazendo para todos os poderes e ministérios de se engajarem nesse desafio que é reequilibrar as contas públicas".

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Entenda a mudança

O pacote do governo prevê acabar com a chamada "morte fictícia" dos militares. Ou seja, a pensão recebida quando são expulsos ou excluídos das Forças Armadas.

A medida também acaba com a transferência de pensão dos militares para dependentes em caso de morte.

O governo também vai estabelecer a idade mínima progressiva, chegando a 55 anos em 2030, com uma regra de transição, para o militar ter direito à reserva remunerada.

Além disso, a medida fixa a contribuição ao Fundo de Saúde em 3,5% do salário dos militares até janeiro de 2026.

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