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Por g1


Dólar opera em alta — Foto: Karolina Grabowska

O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (18), enquanto o mercado repercutia os últimos dados das duas maiores economias do mundo. Com o resultado de hoje, a moeda moeda norte-americana avançou 1,49% sobre o real no acumulado da semana.

O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores brasileira, encerrou em queda. (veja as variações mais abaixo)

No fim da noite de quinta (17), a China divulgou que seu Produto Interno Bruto (PIB) subiu 4,6% no 3º trimestre em relação ao mesmo período do ano passado — levemente acima das projeções, mas indicando uma desaceleração frente ao trimestre imediatamente anterior, quando avançou 4,7%.

A China pretende crescer pelo menos 5% neste ano. Para isso, o governo vem implementando, desde o fim de setembro, medidas de estímulo para garantir que a meta seja atingida, em meio a uma série de dificuldades que o país enfrenta para crescer.

Também na quinta-feira, dados do comércio e do mercado de trabalho nos Estados Unidos mostraram uma economia ainda aquecida, levando dúvidas sobre as próximas decisões do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em relação às taxas de juros do país.

Os juros americanos estão entre 4,75% e 5%, depois de a instituição promover um corte de 0,5 ponto percentual em setembro. O mercado espera um novo corte na próxima reunião do Fed, mas a economia ainda aquecida pode reduzir a magnitude dessas baixas.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

O dólar subiu 0,68%, cotado a R$ 5,6983. Veja mais cotações.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 1,49% na semana;
  • avanço de 4,62% no mês;
  • ganho de 17,43% no ano.

No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,08%, a R$ 5,6596.

Ibovespa

O Ibovespa caiu 0,22%, aos 130.499 pontos.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 0,39% na semana;
  • perdas de 1% no mês;
  • recuo de 2,75% no ano.

Na véspera, o índice caiu 0,73%, aos 130.793 pontos.

O que está mexendo com os mercados?

Além do PIB, a China também divulgou outros dados econômicos nesta quinta. As vendas no varejo, na comparação anual, tiveram uma alta de 3,2%, enquanto a produção industrial subiu 5,4%, os dois indicadores acima das projeções da maioria do mercado.

"Os dados animaram o mercado, embora ainda haja incertezas sobre os pacotes de estímulos anunciados no último sábado", destacam analistas da XP Investimentos.

A economia da China enfrentou um crescimento desigual este ano, com a produção industrial superando o consumo interno, aumentando os riscos de deflação em meio à crise do setor imobiliário e ao crescente endividamento dos governos locais.

Os governantes, que tradicionalmente se apoiaram em investimentos em infraestrutura e manufatura para impulsionar o crescimento, prometeram mudar o foco para estimular o consumo, mas os mercados aguardam mais detalhes sobre um pacote de estímulo fiscal planejado.

A China também anunciou que ampliará uma lista de projetos habitacionais elegíveis a financiamento e aumentará os empréstimos bancários para esses empreendimentos para 4 trilhões de iuanes (cerca de US$ 562 bilhões ou R$ 3,2 trilhões) até o final do ano.

O anúncio foi visto pelo mercado como sendo apenas complementar às medidas de estímulo ao setor que o governo chinês já havia apresentante anteriormente. A decepção com a China, que é o maior importador de matérias-primas do planeta, voltou a pressionar os preços das commodities nesta quinta.

Já nos Estados Unidos, as vendas no varejo cresceram 0,4% em setembro, acima do 0,1% registrado em agosto e também mais do que a alta de 0,3% que as projeções apontavam. Já a produção industrial norte-americana marcou uma queda de 0,3% no mês passado, após alta de 0,3% em agosto. Nesse caso, o mercado esperava uma queda de 0,2%.

Outro destaque na maior economia do mundo ficou com os números de pedidos semanais por seguro-desemprego. Foram 241 mil novos pedidos na última semana, em linha com as estimativas, e abaixo dos 260 mil da semana anterior.

"Após os dados, o mercado espera majoritariamente corte de 0,25 pp (ponto percentual) na próxima reunião de política monetária do Fed", explica a XP.

*Com informações da agência de notícias Reuters

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