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Por Lais Carregosa, g1 — Brasília


  • O Ministério de Minas e Energia pode anunciar nesta quarta-feira se o horário de verão será adotado em 2024, com base em novos estudos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)

  • O ONS já indicou que a medida pode economizar R$ 400 milhões neste ano

  • O ministro Alexandre Silveira afirmou que a decisão será tomada apenas se for imprescindível, aguardando o período chuvoso para uma avaliação final

  • A adoção do horário de verão visa melhorar o aproveitamento das energias solar e eólica, reduzindo a necessidade de termelétricas

  • Desde 2019, o horário de verão está suspenso, mas pode retornar como uma alternativa para otimizar a geração de energia renovável. A decisão cabe ao presidente Lula

Quem defende o horário de verão diz que ele permite aproveitar mais os espaços públicos — Foto: Getty Images via BBC

O Ministério de Minas e Energia deve anunciar nesta quarta-feira (16) a decisão sobre se o governo vai adotar o horário de verão em 2024.

Integrantes do governo disseram ao g1 que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) deve apresentar novos estudos sobre as condições de atendimento de energia aos consumidores e eventuais mudanças no cenário hidrológico.

No final de setembro, o ONS já havia apresentado um estudo que indicava a necessidade, do ponto de vista energético, de adoção do horário de verão neste ano.

No último dia 8, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o horário de verão só deve voltar em 2024 se for "imprescindível"

"Isso que estou fazendo é serenidade, equilíbrio, diálogo, para que a gente só faça na imprescindibilidade, se não for imprescindível, vamos esperar o período chuvoso", disse o ministro em entrevista a jornalistas.

Economia de R$ 400 milhões

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💡A adoção do horário de verão em 2024 pode levar a uma economia de R$ 400 milhões, segundo estudo do ONS. Se adotado a partir de 2026, a economia pode aumentar para R$ 1,8 bilhão por ano.

Isso porque o adiantamento dos relógios deve melhorar o aproveitamento das fontes de energia solar e eólica, além de reduzir a demanda máxima em até 2,9%.

Desde a sua adoção, que passou a ser anual a partir de 1985, o horário de verão tem a intenção de promover uma economia no consumo de energia, uma vez que as pessoas teriam mais tempo de luz natural.

No entanto, por conta da mudança de comportamento da sociedade, a medida foi deixando de ser eficaz. Até que, em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) suspendeu o adiantamento dos relógios.

O horário de verão volta à tona em 2024 não por sua eficácia para economizar energia, mas por ser uma alternativa de aproveitamento da geração de energia solar, reduzindo o acionamento de termelétricas – mais caras e poluentes.

Isso acontece porque as usinas eólicas e solares dependem da incidência de vento e sol, que não são perenes, para gerar energia.

As usinas eólicas geram mais na madrugada e pela manhã, enquanto as solares geram durante o dia. Ao deslocar os relógios, os padrões de consumo também mudam, encaixando-se em melhores momentos de geração para essas duas fontes, que são também mais baratas que as térmicas.

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