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Por Alexandro Martello, g1 — Brasília


Jogo caça-níquel Fortune Tiger, conhecido como jogo do tigrinho — Foto: Matheus Moreira

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (17) que a regulamentação das apostas eletrônicas visa combater uma "pandemia" de jogos que se instalou no país.

Segundo uma portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta manhã, a partir do próximo mês e até o fim de dezembro, só poderão continuar funcionando empresas de apostas que:

➡️já estão atuando; e
➡️já solicitaram autorização para explorar a modalidade até a última segunda-feira (16).

As empresas de apostas de quota fixa que ainda não pediram autorização para funcionar terão a atuação suspensa a partir do próximo dia 1º de outubro, informou o Ministério da Fazenda nesta terça-feira (17).

"Não tem nada a ver com arrecadação. Isso tem a ver com uma pandemia que está instalada no país e que nós temos que começar a enfrentar, que é essa questão da dependência psicológica dos jogos", afirmou o ministro da Fazenda.

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A expectativa do Ministério da Fazenda é de arrecadar até R$ 3,4 bilhões neste ano com as outorgas concedidas a empresas que desejam explorar as apostas eletrônicas.

Segundo o ministro Haddad, há muitos relatos de problemas de saúde, de dependência, por conta das apostas eletrônicas.

"O objetivo da regulamentação é esse, é criar as condições para que nós possamos dar amparo. Isso tem que ser tratado como um entretenimento muito simples e toda forma, toda e qualquer forma de dependência tem que ser combatido pelo Estado", pontou.

"Então, o objetivo é começar essa campanha de regularização que ficou muitos anos aguardada e não foi concretizada pelo governo anterior", prosseguiu o ministro.

Ele lembrou que, entre as regras para as empresas poderem operar no país, há a vedação do uso de cartão de crédito pelos apostadores.

"A questão que também tem nos chegado do 'fiado' para jogar, isso vai ser afastado. Essas dívidas que a pessoa contrai para jogar, então nós temos que salvaguardar as famílias, vamos pedir o apoio da sociedade também para enfrentar esse problema", afirmou.

O ministro reforçou que o governo pretende tratar do assunto com a "cautela devida". Ele destacou ainda como "tênue" a distância entre entretenimento e dependência — algo que, ainda de acordo com Haddad, o mundo está "aprendendo a lidar".

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