Com o PIX automático, poderão ser feitos pagamentos recorrentes que tenham periodicidade definida, em que o usuário dará uma autorização prévia — Foto: Núbia Pacheco/g1
O Banco Central informou nesta quarta-feira (4) que o PIX automático deverá ser lançado somente em outubro de 2024. O cronograma preliminar previa que o serviço estivesse disponível em abril do próximo ano.
Com a modalidade, os clientes poderão fazer pagamentos recorrentes, de contas e serviços, por exemplo (veja mais detalhes aqui).
A informação foi divulgada após a realização, nesta terça-feira (3) da 20ª reunião plenária do Fórum PIX, que reúne representantes de prestadores de serviços e usuários finais de pagamentos, entre outros.
- Por meio do PIX automático, explicou o BC, poderão ser feitos pagamentos recorrentes que tenham periodicidade definida, em que o usuário dará uma autorização prévia.
- Com isso, os pagamentos serão debitados automaticamente, sem a necessidade de autenticações específicas a cada transação.
Veja exemplos do que poderá ser pago com o PIX automático:
Serviços públicos (como água, energia e telefone);
- Assinatura de serviços (como internet, streaming, clubes e portais de notícias etc.);
- Pagamento de mensalidades (como escola, academia, condomínio e plano de saúde) e
- Serviços financeiros (como parcelamento de seguro, de empréstimo e de consórcio).
De acordo com o BC, a estimativa de liberação do serviço, de abril para outubro do ano que vem, foi ajustada "por conta da complexidade do produto, do tempo necessário para o desenvolvimento dos múltiplos atores, do andamento da definição das estratégias comerciais pelas instituições participantes do PIX e de questões organizacionais do BC".
Maior PIX feito até o fim de 2022 foi de R$ 1,2 bilhão
Canal para denúncias
O BC informou que também foi debatida, na 20ª reunião plenária do Fórum PIX, a possibilidade de que os aplicativos das instituições que ofertam o Pix tenham um canal para denúncia em casos de fraude.
A instituição informou que está elaborando a proposta da experiência do usuário, que será submetida ainda neste ano para consulta dos integrantes do Fórum PIX. A proposta é que em um primeiro momento seja uma recomendação, podendo no futuro se tornar obrigatório, explicou a instituição.
“A ideia é tornar mais célere o processo de denúncia, maximizando as chances de recuperação de valores em eventuais fraudes. Algumas instituições já ofertam tal funcionalidade, mas queremos que seja implementado de forma mais ampla e com uma jornada minimamente padronizada, uma vez que canais digitais ofertam uma jornada mais conveniente aos usuários que as centrais de atendimento telefônico”, explicou a assessora sênior no Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do Banco Central, Mayara Yano.
Entre os temas discutidos, informou o BC, estão também o aperfeiçoamento do procedimento operacional para comunicação aos titulares de dados pessoais em casos de vazamento, a definição de critérios objetivos sobre a responsabilidade dos participantes no gerenciamento do risco de fraude, a possibilidade de cadastro obrigatório de dispositivo para a realização das transações PIX, entre outros.