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Por g1


A inflação nos Estados Unidos voltou a pressionar e atingiu 8,6% no acumulado em 12 meses até maio – a maior taxa desde dezembro de 1981 (quando ficou em 8,9%), segundo dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Departamento do Trabalho do país.

Frente a abril, a alta foi de 1%, superando as previsões dos analistas: economistas consultados pela Reuters projetavam aumento mensal de 0,7%.

Com alta de 4,1% em maio, a gasolina atingiu custo recorde, chegando a uma média de cerca de US$ 4,37 por galão, de acordo com dados do clube automobilístico AAA. Em 12 meses, a gasolina já subiu 48,7%.

A inflação também foi impulsionada no mês passado por preços mais altos para outros bens, como alimentos, que aumentaram na sequência da guerra na Ucrânia. A política de Covid-19 zero da China, que afetou as cadeias de abastecimento, também deve manter os preços pressionados para cima, aponta a Reuters.

O índice de preços de alimentos teve alta de 10,1% no acumulado em 12 meses – a primeira alta de dois dígitos desde março de 1981.

Os preços de serviços como aluguéis, hospedagem em hotéis e viagens aéreas também foram altos no mês passado. Havia esperança de que a mudança dos gastos de bens para serviços ajudaria a esfriar a inflação, mas um mercado de trabalho apertado está elevando os salários, o que contribui para o aumento dos preços dos serviços.

Os dados de inflação foram publicados antes de um segundo aumento esperado de 0,5 ponto percentual pelo Fed nos juros na próxima quarta-feira. O banco central dos EUA deve elevar sua taxa de juros em mais 0,5 ponto percentual em julho. Desde março, o Fed já elevou a taxa básica em 0,75 ponto.

"Uma inflação mensal forte e contínua pode sugerir que o Fed orientará mais explicitamente a continuidade de aumentos de 0,50 ponto ou mais até que os dados da inflação estejam diminuindo de forma convincente", disse Veronica Clark, economista do Citigroup, à Reuters.

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