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Por g1


Notas de dólar — Foto: Hafidz Mubarak/Reuters

O dólar fechou em queda de 0,65%, cotado a R$ 5,2259, menor patamar em quase cinco meses, nesta quarta-feira (9).

As vendas de moeda no Brasil ocorreram em mais um dia de apetite por risco no exterior, que resultram em ganhos para a classe de ativos emergentes.

Com o resultado desta quarta (9), o dólar passou a acumular queda de 1,50% no mês e de 6,26% no ano. Veja mais cotações.

No atual patamar de fechamento, o dólar está à beira de romper um importante suporte técnico na casa de R$ 5,22, movimento que, se confirmado de forma vigorosa, pode levar a moeda a níveis ainda mais baixos.

Cenário

O IBGE divulgou nesta manhã que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou para 0,54% em janeiro, após ter registrado taxa de 0,73% em dezembro. Foi o maior resultado para o mês de janeiro desde 2016.

O instituto também divulgou que a alta de 3,9% na produção industrial em 2021 foi resultado do avanço do setor em 9 dos 15 locais pesquisados. Os destaques ficaram com Santa Catarina (10,3%), Minas Gerais (9,8%), Paraná (9%) e Rio Grande do Sul (8,8%).

As vendas do comércio recuaram 0,1% em dezembro, na comparação com novembro, também segundo dados do IBGE. Com isso, o comércio fechou 2021 com alta de 1,4%. Foi o quinto ano consecutivo com resultados positivos para o volume de vendas no varejo.

Os agentes financeiros têm avaliado que a taxa de juros da economia brasileira poderá subir ainda mais, provendo assim um escudo mais forte para a taxa de câmbio.

O Banco Central indicou na ata da última reunião do Copom que o próximo aumento da taxa básica de juros, em meados do mês de março, será menor. Na interpretação de diversos analistas, porém, o BC indicou um ritmo mais lento de elevação da taxa Selic, mas sem uma pausa iminente. O Itaú, por exemplo, passou a projetar que o ciclo de aperto monetário terminará com a taxa Selic em 12,50% ao ano, e não mais em 11,75%.

Juros mais altos no Brasil são, no geral, vistos como positivos para o real, já que elevam o carrego (retorno oferecido por diferenciais de taxas de empréstimo) da moeda brasileira. Mas os riscos fiscais em ano de eleição presidencial mantinham alguma cautela entre investidores.

No exterior, o foco dos mercados está em dados de inflação nos EUA a serem divulgados nesta semana.

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