19/10/2015 18h39 - Atualizado em 19/10/2015 18h49

Jaques Wagner admite que governo deve rever meta fiscal para 2015

Meta de economia para pagar juros da dívida pública é de 0,15% do PIB.
Segundo Blog do Camarotti, nova previsão pode ser de déficit de R$ 20 bi.

Roniara CastilhosDa TV Globo, em Brasília

O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, admitiu nesta segunda-feira (19) que o governo federal deverá revisar a meta de economia, prevista no Orçamento de 2015, para pagar os juros da dívida pública – o chamado superávit primário. A revisão seria a segunda promovida pelo Executivo neste ano.

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Na peça orçamentária original, a previsão do governo era um superávit de de R$ 66,3 bilhões (1,19% do PIB). Em julho, o governo anunciou a revisão da meta para R$ 8,747 bilhões em 2015, o equivalente a 0,15% do PIB.

Ao sair de uma reunião com o presidente do país em exercício, Michel Temer, Wagner foi questionado por jornalistas sobre se seria necessário um novo "abatimento" no orçamento e respondeu: "Claro".

Logo depois, após ser indagado sobre se o governo iria reduzir a meta orçamentária, o ministro disse: "Vai ter que sair uma mensagem neste sentido".

Segundo o Blog do Camarotti, em reunião da junta orçamentária do governo na última quinta-feira (19), os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nélson Barbosa (Planejamento) e Jaques Wagner chegaram a avaliar a necessidade de déficit no Orçamento neste ano de 2015, que poderia chegar a até R$ 20 bilhões.

De acordo com o Blog, para manter o superávit anterior, o governo necessitava de algumas receitas que não se confirmaram, inclusive a que seria obtida com a aprovação do projeto de repatriação de recursos legais de brasileiros no exterior. A matéria sequer foi votada pelo Congresso Nacional. O governo ainda depende de outras análises de projeção de receitas para fechar o Orçamento deste ano.

Meta fiscal de 2015
Também nesta segunda, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que o governo está avaliando junto ao Congresso a necessidade de revisar a meta fiscal para 2015 e que vai se pronunciar no próximo decreto sobre a que trata sobre a questão.

"Foram feitos vários cenários, estamos agora avaliando estes cenários e vamos, se houver necessidade de alguma alteração, informar ao Congresso, mas não tem nenhuma decisão sobre este tema neste momento", afirmou.

 

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