Negócios

Por G1


Em Londres, manifestantes gesticulam e gritam durante um protesto do 'Black Lives Matter' após a morte de George Floyd, nos EUA. Para empresas, discussões sobre racismo se reacenderam em 2020. — Foto: Simon Dawson/Reuters

Uma coalizão de 48 multinacionais, dentre as quais Microsoft, Google, Facebook e Coca-Cola, anunciou um compromisso contra o racismo e por mais equidade racial entre os funcionários. A iniciativa foi revelada nesta segunda-feira (25), no Fórum Econômico Mundial.

Chamada "Partnering for Racial Justice in Business" (que se traduz como União pela Justiça Racial nos Negócios), trata-se de um compromisso global de organizações e seus líderes para construir locais de trabalho "equitativos e justos" para profissionais com identidades raciais e étnicas sub-representadas, como diz o documento de divulgação.

"Para projetar locais de trabalho racialmente justos, as empresas devem enfrentar o racismo em um nível sistêmico – abordando tudo, desde a mecânica estrutural e social de suas próprias organizações até o papel que desempenham nas comunidades em que operam e na economia em geral", diz o texto.

As empresas envolvidas somam 5,5 milhões de funcionários em todo o mundo, em 13 diferentes setores produtivos. (Veja a lista completa no fim da reportagem)

O ponto de partida da iniciativa será formatar ações para combater as formas mais evidentes de racismo, mas também o viés subjetivo que faz com que negros sejam preteridos em momentos de promoção ou mesmo de contratação.

Para justificar como os negros costumam ficar para trás no mundo dos negócios, o documento cita a falta de representatividade no alto comando das maiores empresas do mundo. Houve apenas 15 negros que chegaram a CEO nas empresas da Fortune 500 em mais de 60 anos de existência da lista. Atualmente, apenas 1% das 500 principais empresas tem um CEO negro.

"À medida que a iniciativa evoluir, ela buscará aumentar a visibilidade de líderes racial e etnicamente diversificados em todos os setores e expandir seu foco para incluir grupos raciais e étnicos adicionais", diz a nota.

Isso porque, apesar de focar majoritariamente nos negros, o programa reconhece que a carência de diversidade pode variar de acordo com as minorias marginalizadas de cada país.

Veja as empresas que assinaram o compromisso

  1. A.P. Møller-Maersk
  2. AlixPartners
  3. AstraZeneca
  4. Bank of America
  5. BlackRock
  6. Bloomberg
  7. Boston Consulting Group
  8. Bridgewater Associates
  9. Centene
  10. Cisco Systems
  11. Cognizant
  12. Dentsu International
  13. Deutsche Bank
  14. EY
  15. Facebook
  16. Google
  17. H&M Group
  18. Henry Schein
  19. HP
  20. Infosys
  21. Ingka Group (IKEA)
  22. Jacobs Engineering Group
  23. Jefferson Health
  24. Johnson & Johnson
  25. Kaiser Permanente
  26. Kearney
  27. LinkedIn
  28. ManpowerGroup
  29. Mastercard
  30. Mayo Clinic
  31. McKinsey & Company
  32. Microsoft
  33. Nestlé
  34. PayPal
  35. PepsiCo
  36. Procter & Gamble
  37. PwC
  38. Salesforce
  39. SAP
  40. Standard Chartered Bank
  41. Tata Consultancy Services
  42. The Coca-Cola Company
  43. Depository Trust and Clearing (DTCC)
  44. Thermo Fisher Scientific
  45. Uber Technologies
  46. Unilever
  47. UPS
  48. Willis Towers Watson

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