(Da esq. para a direita) Alexandre de Barros, vice-presidente de Tecnologia, Setubal e Schettini, na
tarde desta terça (25), em SP
(Foto: Gabriela Gasparin/G1)
O presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, disse nesta terça-feira (25) que até o final do ano o banco estará operando com todas as taxas do rotativo de seus cartões de crédito no patamar de um dígito, dando continuidade ao processo de redução dos juros iniciado pelos bancos brasileiros em abril deste ano.
"O banco, até o final do ano, estará operando com todas as taxas de juros no cartão com um dígito", afirmou Setubal nesta tarde em São Paulo, após anúncio de investimentos de R$ 10,4 bilhões em tecnologia.
Márcio Schettini, vice-presidente da área de crédito ao consumidor e cartões, explicou que, atualmente, as taxas máximas dos cartões dos bancos é de 13,9% ao mês e que, até dezembro, o maior patamar será de 9,9% ao mês.
Para quem é correntista do banco, contudo, o prazo para que todas as taxas tenham o teto de 9,9% ao mês é este mês.
"Entramos em dezembro já com 100% dos nossos clientes com taxa máxima de 9,9% e essa não é a taxa que temos indicado", explicou. Schettini explicou que o banco tem incentivado que os clientes optem pelo parcelamemento de fatura, que cobra 5,9% de juros, ou o Itaucard 2.0, um novo cartão do banco, cuja taxa, segundo ele, é de 5,99%.
A partir de janeiro, o vice-presidente afirmou que os cartões de parcerias com varejistas começarão a migrar os portfólios para o patamar máximo de 9,9%. "No entanto, isso também não será nossa taxa preferencial porque até esse portfólio começará a ter acesso ao Itaucard 2.0, com uma taxa de 5,99% e assim como o parcelamento de fatura, que operará em um patamar mais baixo", afirmou.
Ele declarou que o banco pretende encerrar o primeiro trimestre do ano que vem com todos os cartões, independentemente de financeiras ou não, já com um dígito de taxa máxima.
Investimentos em tecnologia
Nesta tarde, o banco anunciou investimentos de R$ 10,4 bilhões em tecnologia até 2015, o que inclui um novo centro tecnológico em Mogi Mirim, no interior de São Paulo. O empreendimento deverá ter a conclusão da primeira etapa da obra em 2014.
Os R$ 10,4 bilhões são divididos em: R$ 2,3 bilhões para a construção e ativação do novo data center, R$ 2,7 bilhões para a renovação da infraestrutura e telecomunicações, R$ 800 milhões para aquisição de softwares e outros R$ 4,6 bilhões em desenvolvimentos de sistemas.
O objetivo dos investimentos, segundo Roberto Setubal, presidente do banco, é aumentar a eficiência do banco, dar mais segurança nas operações e ter muito mais agilidade e mais flexibilidade na montagem de produtos. "Vamos melhorar nossa capacidade de gestão, vamos ter informação de muito mais qualidade e de forma muito mais rápida. Nossa capacidade de reagir a eventos de mercados e mudanças se torna mais rápida", disse.
Entre os investimentos em desenvolvimento de sistemas há a previsão de R$ 710 milhões em atendimento, para evolução nos canais como autoatendimento, call center e internet banking, e outros R$ 116 milhões em processos de cobrança, o que facilitará acordos e renegociações de dívidas com os clientes, diz a instituição financeira.
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