Censo mostra Brasil mais envelhecido do que nunca; mulheres são maioria — Foto: Luiz Franco/g1
Novos dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram um crescimento da população que se declara parda, preta e indígena, na comparação com a pesquisa anterior de 2010. Já o percentual de brancos e amarelos caiu no mesmo período.
O apontamento étnico racial realizado na pesquisa do Censo é feito por autodeclaração, ou seja, o morador entrevistado identifica a si mesmo de acordo com uma das cinco alternativas: branca; preta; amarela; parda; ou indígena.
No mapa a seguir, veja a população total da sua cidade e a divisão por cor ou raça, idade e entre homens e mulheres:
Outros dados do Censo 2022
Os dados do Censo 2022 começaram a ser divulgados em junho deste ano. Desde então, foi possível saber que o Brasil tem 203 milhões de habitantes, um número menor do que era estimado pelas projeções.
O país segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022). Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso. Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros.
Pela primeira vez na história, o Censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar quilombolas. O Brasil tem 1,3 milhão de pessoas que se identificam como quilombolas – pessoas que têm laços históricos e ancestrais de resistência com a comunidade e com a terra em que vivem. Isso corresponde a 0,65% da população total do país.
Já o número de 1,7 milhão de indígenas foi 89% maior que o observado no Censo de 2010. Isso pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas.