Censo

Por g1


Veja como calcular quantas pessoas da sua idade há na sua cidade, no seu estado, no Brasil

Veja como calcular quantas pessoas da sua idade há na sua cidade, no seu estado, no Brasil

Um país mais envelhecido e mais feminino. Esse é o Brasil revelado pelos novos dados do Censo de 2022, divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações se referem à idade e ao sexo dos brasileiros, e revelam como o perfil da população vem mudando ao longo das últimas décadas.

O g1 preparou uma calculadora que permite descobrir quantas pessoas têm a mesma idade que você na sua cidade, no seu estado e no Brasil*.

*Créditos:
Tratamento de dados: Marina Pinhoni
Design: Luisa Rivas
Desenvolvimento: Antonio Filho, Gustavo Neiva e Karla Lencina
Coordenação de Conteúdo: Ricardo Gallo
Coordenação de Design: Guilherme Gomes

Veja os outros destaques do Censo

  • A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos em 2010 para 35 anos em 2022. Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso.
  • Em 2022, o Brasil também teve o maior salto de envelhecimento entre censos desde 1940. Em 2010, a cada 30,7 idosos, o país tinha 100 jovens de até 14 anos. Agora, são 55 idosos para cada 100 jovens.
  • Na prática, isso quer dizer que a tendência do país é ter cada vez menos jovens e cada vez mais idosos. A evolução da pirâmide etária deixa isso claro (ver mais abaixo).
  • O censo ainda aponta que a população feminina está aumentando de forma constante no país nas últimas décadas. Hoje, 51,5% dos brasileiros são mulheres. São cerca de 6 milhões de mulheres a mais do que homens.
  • Em 2010, o país tinha 96 homens para cada 100 mulheres. Agora, em 2022, são 94,2 homens para cada 100 mulheres.

Segundo o IBGE, alguns fatores estão por trás destas tendências demográficas. Os principais são:

  • A diminuição das taxas de fecundidade dos brasileiros nas últimas décadas. O IBGE ainda não divulgou a taxa atual, mas dados de censos anteriores mostram que elas têm caído de forma constante nos últimos anos – passou de 6,16 em 1940 para 2,39 em 2000 e 1,9 em 2010.
  • Entre 2010 e 2022, inclusive, o país passou por dois períodos com redução de nascimentos, segundo o instituto: a onda de infecções do zika vírus em 2016 e o período da pandemia do coronavírus. Estes períodos em conjunto com a queda de fecundidade constante no país estão por trás do aumento da idade mediana dos brasileiros e do salto dos índices de envelhecimento.
  • Já a maior quantidade de mulheres é explicada historicamente por conta das maiores taxas de mortalidade entre os homens, segundo o IBGE. Como as mulheres morrem menos, a tendência é que a população continue ficando, de fato, cada vez mais feminina.
  • Até os 24 anos, os homens são maioria entre a população brasileiro. A partir deste momento, as mulheres passam a ser maioria. Como dito acima, isso acontece por conta da sobremortalidade masculina, mais intensa na juventude devido às mortes por causas externas (como as violentas, segundo o IBGE).

Censo mostra Brasil mais envelhecido do que nunca; mulheres são maioria — Foto: Luiz Franco/g1

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