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Por João Borges

Comentarista da GloboNews. Trabalhou em 'O Estado de S. Paulo', 'O Globo' e Banco Central


O Banco Central costuma ser muito conservador nas projeções sobre o crescimento da economia. Normalmente a previsão de crescimento do BC vem abaixo daquela projetada pelos agentes financeiros. No relatório de inflação divulgado nesta quinta-feira (26) foi diferente: o Banco Central reviu para cima a projeção para o crescimento da economia este ano, de 0,8 para 0,9%.

Na última pesquisa Focus, realizada com agentes financeiros do setor privado e divulgada na segunda (23), a projeção para este ano ficou em 0,87%.

São diferenças muito pequenas, mas que tem muito significado neste momento em que há muita dúvida sobre a velocidade de retomada da economia.

Ao revisar para cima a projeção no relatório, o Banco Central já leva em conta dados que lhe asseguram que o terceiro trimestre, que se encerra no dia 30, vai fechar com ligeiro crescimento. Mais do que isso: está percebendo uma reação mais clara no quarto trimestre do ano.

Mas o Banco Central não está sozinho na avaliação da atividade econômica para este final de 2019. Algumas consultorias e bancos também estão enxergando um desempenho melhor. Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do Banco Central, que administra o fundo Mauá Sekular, acha que o quarto trimestre terá crescimento anualizado de 2% e que o ano pode fechar em 1%.

A velocidade de retomada da economia no final do ano é importante na construção do resultado para 2020. Se o ano terminar com nível mais alto da atividade econômica, isso ajuda não só a recompor os níveis de confiança de consumidores e empresários. Haverá também um efeito estatístico positivo no cálculo do PIB do ano que vem.

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