Por g1


Faturamento da soja, carne bovina, açúcar, carne de frango, café, celulose e suco de laranja. — Foto: Arte/g1

Soja, carne bovina, açúcar, carne de frango, café, celulose e suco de laranja. Esses são os sete produtos em que o Brasil é líder em exportação no mundo.

Em 2022, a venda dessas mercadorias a outros países chegou a render US$ 98 bilhões aos produtores rurais, valor que, em reais, representa mais de R$ 460 bilhões, mostram dados do Ministério da Agricultura e Pecuária.

Em 2023, o Brasil deve se tornar ainda o principal exportador de farelo de soja, ultrapassando a Argentina, e o maior fornecedor de milho, superando os Estados Unidos, segundo projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Seca na Argentina diminuiu produção de farelo. Brasil teve grande excedente de milho na safra passada. — Foto: Arte/g1

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Por que Brasil ganha liderança?

A esperada liderança do Brasil nas vendas de farelo de soja este ano é explicada por uma redução da produção da Argentina, que teve as suas lavouras prejudicadas por uma grande seca na região.

O Brasil foi o último maior fornecedor mundial de farelo de soja há mais de 20 anos, na safra 1997/98, segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP).

No caso do milho, o Brasil colheu uma boa quantidade do grão na safra passada, o que fez o país entrar em 2023 com um grande excedente de produção.

Ao passo que, nos Estados Unidos, condições climáticas desfavoráveis e aumento de custos provocaram uma diminuição na colheita. Além disso, houve uma alta na demanda interna.

Caso a previsão se concretize, seria a primeira vez que o Brasil se tornaria o principal exportador global de milho, desde 2013, segundo a série história da USDA.

Brasil terá safra recorde de grãos

O volume da produção brasileira de grãos deve atingir 317,6 milhões de toneladas na safra 2022/2023, um crescimento de 16,5% ou de 44,9 milhões de toneladas em relação a 2021/22.

Os dados constam no 10º levantamento de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estatal do Ministério da Agricultura e Pecuária que gere políticas de abastecimento interno.

Além disso, a previsão de julho é 0,6% maior do que a estimativa passada. Isso porque houve um melhor desempenho das lavouras de milho segunda safra, além de crescimento da área semeada com o trigo.

A soja deve atingir uma produção recorde, estimada em 154,6 milhões de toneladas, 23,1% ou 29 milhões de toneladas acima da ocorrida no ciclo passado.

para o milho, a previsão é de 127,8 milhões de toneladas, incluindo as três safras, chegando a 12,9% ou 14,6 milhões de toneladas acima da cultivada em 2021/22.

“Observamos um avanço mais lento na área colhida do milho segunda safra, que já era esperado, devido ao atraso no plantio e colheita da soja em diversas regiões, e à diminuição das temperaturas durante a maturação dos grãos”, explicou o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos.

“Mesmo assim, o cenário continua extremamente positivo para a produção do cereal”.

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