Por Brenda Ortiz, g1 DF


  • O curso de técnicas de bordado do projeto Bordando Brasília, realizado pelo Núcleo de Arte do Centro-Oeste (Naco), no Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC), foi encerrado com o lançamento da coleção Origens de Brasília.

  • A formação de técnicas de bordado começou em setembro, com a participação de 32 alunas.

  • A sala de aula foi comandada pela mestre em artesanato Maria de Fátima Lima, bordadeira há mais de 20 anos.

  • Foi a partir da arquitetura, urbanismo, escalas e cores, que se destacam no horizonte da capital federal, que o grupo de bordadeiras concebeu as peças decorativas com estampas exclusivas.

Colchas e almofadas da coleção Bordando Brasília, inspirada na arquitetura da capital federal — Foto: Humberto Araújo

Brasília serviu de inspiração para um curso de técnicas de bordado e, a partir deste sábado (14), o trabalho das bordadeiras está à venda, gerando renda para 32 mulheres (saiba mais abaixo). A formação das bordadeiras começou em setembro.

A sala de aula foi comandada pela mestre em artesanato Maria de Fátima Lima, bordadeira há mais de 20 anos. A partir da arquitetura, do urbanismo, das escalas e cores que se destacam no horizonte da capital federal, o grupo concebeu as peças decorativas com estampas exclusivas.

"Nós desenvolvemos a coleção Bordando Brasília, que são os traços de Brasília no tecido, da caneta para a agulha, para a linha. Foi um projeto muito bonito e que me encantou", diz Maria de Fátima.

Geração de trabalho, renda e novas amizades 🪡

Almofadas da coleção Bordando Brasília, inspirada na arquitetura da capital — Foto: Humberto Araújo

O "Bordando Brasília" foi realizado pelo Núcleo de Arte do Centro-Oeste (Naco), no Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC). A coleção Origens de Brasília é vendida na loja Mãos Criativas, no Liberty Mall, na Asa Norte.

Segundo a artesã Luciana Oliveira de Almeida, as novas habilidades aprendidas no curso vão impulsionar o trabalho que ela faz com patchwork, técnica que usa retalhos para criar artigos de vestuário e decoração.

"No patchwork, podemos agregar bordados, pontos de cruz e até pintura. Vou agregar o bordado nas peças, que era algo que eu já sabia fazer e aperfeiçoei aqui", diz Luciana.

Quem também gostou da prática foi a aposentada Marina Lúcia Oliveira. "Sabia muito pouco de bordado e, rapidinho, peguei a técnica do ponto corrente, do ponto cheio e do ponto escama. É um curso muito bom para aprender e para trabalhar a cabeça, fazer novas amizades", afirma.

Algumas alunas nunca tinham bordado

Bordadeiras e designers que ajudaram a criar coleção — Foto: Humberto Araújo

De acordo com a mestre bordadeira Maria de Fátima, a coleção foi um desafio. "Tinha algumas alunas que nunca tinham bordado. Foram 10 mulheres que não sabiam bordar.

Maria de Fátima conta que em uma semana, essas mulheres já tinham aprendido a técnica e estavam prontas para ajudar a desenvolver a coleção. "Foi legal isso porque elas não sabiam nada, saíram do zero e começaram a fazer a coleção também".

"Fico muito feliz em poder passar o meu saber para outras pessoas. Muitas chegaram iniciantes, sem bordar nada, e se desenvolveram muito. Com os pontos que elas aprenderam, podem seguir e deslanchar a carreira, porque o bordado, além de ser uma terapia, é uma renda", diz a mestre bordadeira.

LEIA TAMBÉM

VÍDEO: conheça bordadeiras que criaram uniformes que a delegação brasileira usou nas Olimpíadas de Paris

Bordadeiras do RN criam uniformes que a delegação brasileira vai usar nas Olimpíadas de Paris

Bordadeiras do RN criam uniformes que a delegação brasileira vai usar nas Olimpíadas de Paris

Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!