Por Iana Caramori, Maria Ferreira, g1 DF e TV Globo


  • O motorista de um caminhão que transportava eletrônicos e drogas disse ter sido drogado por bandidos durante uma abordagem em Gurupi, no Tocantins, dias antes do veículo ser alvejado por um grupo armado no Distrito Federal, nesta terça-feira (10).

  • O caminhão saiu de Manaus (AM) e tinha como destino Serra (ES). Além do carregamento de televisores, havia 482 kg da droga "skank", versão mais forte da maconha dentro do veículo, segundo a Polícia Civil do DF.

  • Até esta quarta (11), quatro suspeitos foram presos, incluindo o motorista do caminhão.

Criminosos que mataram vigilante tinham como alvo roubo de 400 quilos de droga.

Criminosos que mataram vigilante tinham como alvo roubo de 400 quilos de droga.

O motorista de um caminhão que transportava eletrônicos e entorpecentes disse ter sido drogado por bandidos durante uma abordagem em Gurupi, no Tocantins, dias antes do veículo ser alvejado por um grupo armado no Distrito Federal, na terça-feira (10). Um vigilante que fazia a escola da carga morreu com um tiro na cabeça e outro foi hospitalizado após o ataque em um posto de combustíveis, em Taguatinga.

Nesta quarta-feira (11), a prisão do motorista e de outros três suspeitos foi convertida de flagrante para prisão preventiva – sem prazo determinado (veja detalhes abaixo). O motorista confessou à polícia que sabia que transportava drogas.

O caminhão saiu de Manaus (AM) e tinha como destino Serra (ES). A Polícia Civil do DF encontrou 482 kg de "skank", versão mais forte da maconha, dentro do veículo. A droga seria de uma facção criminosa, segundo a corporação.

No boletim de ocorrência feito pelo motorista no Tocantins, após o suposto primeiro ataque, ele disse que foi levado para um hospital onde precisou ficar em observação por ter "ingerido algum tipo de substância alucinógena". O motorista contou que homens armados o abordaram, entraram no caminhão e o fizeram dirigir até Figueirópolis, também no Tocantins.

De acordo com a PCDF, "em algumas respostas houve divergências, como nas características de pessoa sobre efeito de substâncias alucinógena". Após o registro da ocorrência no Tocantins, a transportadora contratou uma equipe para fazer a escolta do caminhão até o destino final, segundo relato do próprio motorista.

Uma das linhas de investigação da Polícia Civil do DF é que a denúncia do ataque no Tocantins seja falsa. No entanto, ainda não há confirmação. A investigação aponta ainda que o motorista é primo de um dos suspeitos de tentar roubar o caminhão no DF.

Prisões em flagrante convertidas em preventiva

Vigilante morre durante assalto — Foto: TV Globo/Reprodução

Ao todo, quatro pessoas estão presas, incluindo o motorista do caminhão:

  • Cleomar Marcos da Silva, motorista do caminhão
  • Francisco de Assis Bispo de Jesus
  • José Eraldo Dutra Bezerra
  • Sidney Cardosa Passos

O caso é investigado pela Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) da Polícia Civil do DF. A polícia quer saber quem organizou a tentativa de roubo, qual era o destino das drogas e se há outros envolvidos no crime.

No dia do ataque ao caminhão na BR-070, o motorista disse à TV Globo que parou no posto de combustíveis para descansar junto com os vigilantes que faziam a escolta da carga. Segundo ele, durante a madrugada os criminosos apareceram armados com fuzis e mataram o vigilante Ronivon Lima Grolo, de 44 anos.

O outro vigilante que fazia a escolta, Paulo Neres de França, de 41 anos, foi atingido com quatro tiros nas costas e está internado. Os dois são do Tocantins.

Aos policiais, o motorista disse que acredita que os suspeitos seguiram o caminhão desde Manaus, onde foi feito o carregamento dos eletrônicos. No ataque no Distrito Federal, eles não levaram o caminhão.

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