Por Ana Vinhote, Joca Magalhães, Lavínia Bento, TV Globo


  • O corpo de uma mulher foi encontrado ao lado de um carro incendiado, na noite desta sexta-feira (22), em Ceilândia. Segundo a Polícia Civil, a vítima é Bertha Victoria Kalva Soares, de 27 anos. O caso é investigado como feminicídio.

  • O suspeito do crime, Edilson de Sousa Nascimento, de 35 anos, conhecia a vítima há 3 dias. Ele foi preso na manhã deste sábado (23), também em Ceilândia.

  • Após simular uma amizade, o suspeito saiu com a vítima no carro dela e praticou o crime de feminicídio. Depois ele ateou fogo no veículo. "Consta no banco de dados da PCDF que o autor possui antecedente criminal anterior por homicídio e estupro", diz a polícia.

Corpo de mulher é encontrado ao lado de carro incendiado no DF

Corpo de mulher é encontrado ao lado de carro incendiado no DF

O corpo de uma mulher foi encontrado ao lado de um carro incendiado, na noite desta sexta-feira (22), em Ceilândia, no Distrito Federal. Segundo a Polícia Civil, a vítima é Bertha Victoria Kalva Soares, de 27 anos. O caso é investigado como feminicídio.

O suspeito do crime, Edilson de Sousa Nascimento, de 35 anos, foi preso na manhã deste sábado (23), também em Ceilândia. De acordo com a Polícia Civil, trocas de mensagens e depoimento de testemunhas indicam que o suspeito e a vítima se conheciam há 3 dias.

Após simular uma amizade, o suspeito saiu com a vítima no carro dela e praticou o crime de feminicídio. Após matar Bertha Victoria Kalva Soares, o suspeito ateou fogo no veículo, próximo ao local onde o corpo foi encontrado. "Consta no banco de dados da PCDF que o autor possui antecedente criminal anterior por homicídio e estupro", diz a polícia.

Suspeito do crime, Edilson de Sousa Nascimento, de 35 anos, foi preso em Ceilândia. — Foto: reprodução

Corpo encontrado próximo ao veículo

Segundo o Corpo de Bombeiros, por volta das 23h de sexta-feira (22), a corporação foi acionada para apagar o incêndio em um carro às margens da DF 180. Em seguida, a corporação foi acionada novamente. Dessa vez, testemunhas encontraram um corpo próximo ao veículo que pegou fogo mais cedo. Ao atenderem a ocorrência, a equipe constatou que a vítima já não tinha mais sinais vitais.

Ainda segundo os bombeiros, a proprietária do veículo estava no local e acompanhou o trabalho dos militares. No entanto, a Polícia Civil aponta que o carro era da vítima e que o autor do feminicídio ateou fogo no veículo após cometer o crime.

Vídeo mostra como ficou carro incendiado.

Vídeo mostra como ficou carro incendiado.

Feminicídios no DF

Esse é o 21º caso de feminicídio registrado no DF em 2024:

  1. 10/01: Tainara Kellen, no Gama;
  2. 15/01: Diana Faria, em Ceilândia;
  3. 17/01: Antônia Maria da Silva Carvalho, no Recanto das Emas;
  4. 25/01: Milena Rodrigues, em Santa Maria; caso, inicialmente, foi registrado como homicídio;
  5. 05/02: Erica Maria de Jesus, no Paranoá;
  6. 13/05: Simone Santos Ribeiro, no Itapoã;
  7. 25/05: Daniella Di Lorena Pelaes, no Jardim Botânico;
  8. 31/05: Zely Alves Curvos, de 94 anos, em Águas Claras;
  9. 15/06: Jania Delfina de Assis, na Estrutural;
  10. 17/07: Fernanda dos Santos Pereira, em São Sebastião;
  11. 06/08: Rosemeire Campos, no Gama;
  12. 12/08: mulher de identidade ainda não confirmada morre carbonizada na Estrutural; caso, inicialmente, foi registrado como homicídio;
  13. 20/08: Juliana Barboza Soares, no Gama;
  14. 25/08: Daíra dos Santos Rodrigues, no Itapoã;
  15. 28/08: Thaynara Iorrana da Silva Matheus, em Ceilândia;
  16. 30/09: Paloma Jenifer Santos Ferreira, em Vicente Pires;
  17. 20/10: Fabiane Araújo, em Taguatinga;
  18. 27/10: Jucelia dos Santos da Silva, no Sol Nascente;
  19. 11/11: Denise Rodrigues de Oliveira, em Vicente Pires;
  20. 14/11: Maria Maianara, em Samambaia;
  21. 22/11: Bertha Victoria Kalva Soares, em Ceilândia.

Onde buscar ajuda

A Secretaria de Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) tem canais de atendimento que funcionam 24h. As denúncias e registros de ocorrências podem ser feitos pelos seguintes meios:

O DF tem duas delegacias especializadas no atendimento à mulher (Deam), na Asa Sul e em Ceilândia, mas os casos podem ser denunciados em qualquer delegacia.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) também recebe denúncias e acompanha os inquéritos policiais, auxiliando no pedido de medida protetiva na Justiça.

Em casos de flagrante, qualquer pessoa pode pedir o socorro da polícia, seja testemunha ou vítima.

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