Por Isabela Camargo, Michele Mendes, GloboNews e TV Globo


Incêndio no Parque Nacional de Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), anunciou nesta segunda-feira (16) que os bombeiros terão as férias suspensas para combater as queimadas no Distrito Federal. A medida inclui os militares que estão cedidos para a Força Nacional.

"Vamos reforçar a prevenção com bombeiros indo aos locais que costumam ter incêndio e não apenas trabalhar quando o fogo já surgiu. Todos os bombeiros terão as férias suspensas, os bombeiros que estão cedidos, inclusive para a Força Nacional voltarão", diz o governador Ibaneis Rocha.

Um documento assinado pelo comandante-geral, coronel Sandro Gomes Santos da Silva, detalha a determinação:

  • Suspender, durante a vigência da Operação Verde-Vivo/2024, por extrema necessidade do serviço, todas as concessões de férias, abonos anuais, descontos em férias, dispensas recompensas e ainda, as autorizações para afastamentos com o fim de participar em cursos, seminários e outros, tendo em vista a situação dos diversos focos de incêndios florestais no âmbito do Distrito Federal, os quais requerem o emprego de todo o efetivo da corporação.
  • Interromper, todos os afastamentos do item anterior já concedidos e/ou iniciados os seus respectivos usufrutos, por extrema necessidade do serviço, devendo os militares alcançados por este dispositivo apresentar-se no prazo de 24 horas nas respectivas OBMs.

Às 14h32 desta segunda, o Corpo de Bombeiros informou que 32 chamados de incêndios florestais estavam sendo atendidos em diversas regiões do DF. O Parque Nacional de Brasília queima pelo segundo dia consecutivo.

Ibaneis Rocha disse nesta segunda, em rede social, que "há suspeitas que o incêndio [no Parque Nacional] tenha sido criminoso e a Secretaria de Segurança Pública está apurando".

Brasília está tomada pela fumaça. As aulas foram suspensas em 17 escolas da rede pública.

Investigação

A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar as causas do incêndio. A informação foi confirmada pelo diretor de Amazônia e Meio Ambiente da Polícia Federal, Humberto Freire, à repórter Isabela Camargo, da GloboNews.

O presidente do órgão, Mauro Pires, afirmou que o fogo teve início de formal intencional, sinalizando que a causa do incêndio pode ter sido criminosa.

"Fica muito evidente que teve uma intencionalidade ao fazer esse incêndio. As unidades de conservação têm sido objeto de ação criminosa", disse Pires.

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