Armas apreendidas pela Polícia Civil em caso de roubo de loja de armas no DF — Foto: PCDF/Reprodução
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, nesta quinta-feira (29), duas pessoas suspeitas de vender armas registradas como furtadas pelo dono de uma loja de Ceilândia, em junho deste ano (veja detalhes abaixo). Eles foram presos no Recanto das Emas e em Sapeaçu, na Bahia.
De acordo com as investigações, um dos presos foi responsável por intermediar a venda das armas para uma organização criminosa na Bahia. O outro suspeito, funcionário da loja, transportou o armamento que foi vendido de forma ilícita, afirma a Polícia Civil.
No dia 19 de agosto passado, o dono da loja de armas Tiago Henrique Nunes de Lima passou a ser investigado por comunicação de falso crime e foi preso. Conforme a polícia, ele comunicou um falso roubo de armas da loja, em Ceilândia.
No registro de furto, Tiago contou que ladrões entraram na loja por buracos feitos na parede. Durante as investigações, quatro pessoas foram presas por supostamente arquitetarem a invasão.
Um deles é Thiago Braga Martins, apontado pela polícia como autor intelectual da invasão à loja de Ceilândia. À polícia, Thiago disse que não havia armas dentro do cofre e, por isso, não houve roubo.
O suposto roubo
Polícia prende suspeitos de vender armas de loja do DF
Em junho deste ano, o dono da loja Delta Guns, em Ceilândia, comunicou o roubo de 100 armas, a maioria de grosso calibre. Revólveres, pistolas e carabina estavam entre os objetos furtados.
À época, os suspeitos que alugaram uma loja que divide a mesma parede pelos fundos do comércio eram os principais suspeitos da Polícia Civil. Buracos na parede foram feitos para que eles entrassem na loja e arrombassem a sala-cofre onde estava o arsenal. Foram quebradas duas portas de ferro e um cofre pequeno.
O proprietário do comércio avisou a polícia do furto na segunda-feira, dois dias após o grupo entrar no local. A PM disse que, no dia do crime, não houve registro de chamado de equipes. O crime só foi comunicado após o dono da loja receber uma ligação do dono da imobiliária, que aluga o espaço pra ele.
A loja, segundo o dono, tinha 17 câmeras de monitoramento, alarme, sensor de presença, de vibrações. Na época do crime, os investigadores disseram que as câmeras de segurança do local foram levadas pelos suspeitos. O comércio não tinha compartilhamento em nuvem dos vídeos e nem um sistema de backup, segundo a polícia.
De acordo com o Exército – que é o órgão responsável pela fiscalização e autorização de venda de armamento no Brasil –, a loja tem as licenças necessárias para a comercialização de armas. No começo de junho, o local foi fiscalizado e não foi encontrada nenhuma irregularidade.
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