Por Guilherme Mazui, g1


  • Professores e servidores técnicos se reuniram, na manhã desta quinta-feira (17), em Brasília, para uma nova manifestação, em frente ao Palácio da Alvorada (veja vídeo acima).

  • Ao menos 51 universidades e 79 institutos federais estão em greve no Brasil por reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e revogação de normas aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro, segundo levantamento feito pelo g1.

  • Procurado pelo g1, o Ministério da Gestão disse que a reestruturação de carreiras na área da educação é um "compromisso prioritário" da pasta e que vai apresentar uma proposta até sexta-feira (19).

Servidores de universidades federais fazem manifestação próximo ao Palácio da Alvorada

Servidores de universidades federais fazem manifestação próximo ao Palácio da Alvorada

Professores e servidores técnicos de universidades federais se reuniram, na manhã desta quinta-feira (18), em Brasília, para uma nova manifestação, no acesso ao Palácio da Alvorada (veja vídeo acima). Na quarta-feira (17), as categorias fizeram uma marcha na Esplanada dos Ministérios.

Na sexta-feira (19), os servidores vão se reunir em uma mesa de negociação com o governo federal. A informação foi confirmada pelo diretor do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Mário Mariano.

Procurado pelo g1, o Ministério da Gestão disse que a reestruturação de carreiras na área da educação é um "compromisso prioritário" da pasta e que vai apresentar uma proposta até sexta-feira (veja íntegra mais abaixo).

Greve na UnB

Professores da UnB votam pela greve na universidade — Foto: Fernanda Bastos/g1

Os docentes da Universidade de Brasília (UnB) estão em greve desde segunda-feira (15), por tempo indeterminado (veja detalhes abaixo). Os servidores técnico-administrativos da universidade estão paralisados desde o dia 11 de março.

O início da greve dos professores da UnB foi aprovado por 257 votos a favor e 213 contra em Assembleia Geral Extraordinária convocada pela Associação de Docentes da UnB (Adunb) no dia 8 de abril. A ação é motivada pela falta de reajustes salariais e nos auxílios alimentação, saúde e creche.

Segundo o MEC, no ano passado, o governo federal promoveu reajuste de 9% para todos os servidores. "Equipes da pasta vêm participando da mesa nacional de negociação e das mesas específicas de técnicos e docentes instituídas pelo MGI, e da mesa setorial que trata de condições de trabalho", diz a pasta.

Reivindicações dos professores

Professores fazem manifestação próximo ao Palácio da Alvorada, em Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução

Os professores da UnB pedem recomposição salarial com reajuste de 22,71%, divididos em três parcelas:

  • 2024: 7,06%
  • 2025: 7,06%
  • 2026: 7,06%

O governo federal, por meio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), propôs um reajuste de 9% dividido em duas parcelas:

  • 2024: sem reajuste
  • 2025: 4,5%
  • 2026: 4,5%

O governo também apresentou uma proposta de reajuste dos auxílios alimentação, saúde e creche que não contempla aposentados e pensionistas. O texto que o governo colocou na mesa reajusta já a partir de maio deste ano:

  • o auxílio alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil (alta de 51,9%)
  • a assistência à saúde complementar per capita média (auxílio saúde) de R$ 144 para R$ 215
  • a assistência pré-escolar (auxílio creche) de R$ 321 para R$ 484,90

O que diz o Ministério da Gestão

"A reestruturação de carreiras na área de Educação é um compromisso prioritário do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Na sexta-feira (19/5) o governo apresentará uma proposta convergente com o relatório do Grupo de Trabalho formado por representantes dos Ministérios da Educação e da Gestão, das universidades e instituições de ensino, além de entidades sindicais representantes dos servidores do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE). O Ministério da Gestão segue aberto ao diálogo com os servidores da área de educação e de todas as outras áreas."

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