Projeto vencedor do concurso do Boulevard Comercial — Foto: Divulgação
O consórcio Arena BSB, responsável pela gestão do complexo esportivo em volta do Estádio Nacional Mané Garrincha anunciou, nesta sexta-feira (13), o projeto arquitetônico escolhido para a área de lazer que será construída no local.
A proposta selecionada, que é de uma empresa brasiliense, pretende valorizar a vegetação local e uni-la às características da cidade. Com mais de 800 mil metros quadrados de área, o espaço recebeu o nome de Boulevard Monumental e vai ficar entre o Mané Garrincha e o Autódromo de Brasília.
Entre as atrações previstas estão:
- Cinema
- Aquário
- Teatro
- Casa noturna
- Restaurantes
- Academia
- Quadras esportivas
- Lojas
- Clínicas
- Escritórios
Projeto vencedor do concurso do Boulevard Comercial — Foto: Divulgação
A proposta
O projeto foi escolhido por meio de um concurso, sendo que os finalistas foram divulgados no mês passado. Nas últimas semanas, representantes do consórcio que administra a área e do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-DF) selecionaram a proposta vencedora.
Segundo a coordenação do concurso, o projeto escolhido foi capaz de integrar o paisagismo com o urbanismo da cidade, e o respeito às escalas que configuraram a capital, conforme o projeto de Lúcio Costa. A previsão que a construção comece em 2020 e seja concluída até 2024.
A proposta prevê a criação de um mirante em área lateral do Mané Garrincha com visão para a cidade, de onde será possível ver o Lago Paranoá. A análise técnica destaca o paisagismo de vegetação rasteira - baixa - que visa enfatizar o Estádio Mané Garrincha como monumento aos visitantes.
Para Eder Rodrigues de Alencar, da ARQBR, empresa que ganhou o concurso, esse projeto foi uma oportunidade de discutir questões que envolvem a cidade, o patrimônio e a paisagem da cidade. “A gente quis valorizar o cerrado e o céu de Brasília, que é muito querido por quem mora aqui”, afirma Eder.
Segundo o diretor-presidente do Arena BSB, Richard Dubois, a expectativa é de que o complexo traga uma série de investimentos para a capital.
“Estamos falando em injetar R$ 600 milhões em investimento no GDF, além de 4 mil empregos, a partir do segundo semestre de 2020”, afirma.
Projeto vencedor do concurso do Boulevard Comercial — Foto: Divulgação
Elefante branco
Após quase cinco anos de discussões e entraves burocráticos, o Governo do Distrito Federal assinou, em 26 de julho, o contrato de concessão para a gestão do Arenaplex – complexo que inclui o Estádio Nacional Mané Garrincha, o Ginásio Nilson Nelson e o centro aquático Cláudio Coutinho.
O documento estabelece que a empresa Arena BSB fique com administração do espaço pelos próximos 35 anos. Ao longo desse tempo, ela deverá repassar ao GDF R$ 5,05 milhões por ano, além de 5% do faturamento do complexo.
Entorno do estádio Mané Garrincha — Foto: Marcela Lemgruber/G1
Considerando um grande elefante branco e construído a um custo estimado entre R$ 1,4 bilhão e R$ 1,9 bilhão, o Mané Garrincha deixou aos cofres públicos um legado perverso: baixa rentabilidade, alto custo de operação e um rastro de corrupção evidenciado pelas delações da Odebrecht.
Com esse contrato, o Palácio do Buriti "se livrou" da operação da estrutura que, hoje, gera mais custo que receita. Segundo a Secretaria de Esportes, o espaço custa R$ 700 mil por mês aos cofres públicos.
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