Por Mara Puljiz e Welington Valadão, G1 DF e TV Globo


Necivânia Eugênio Caldas é a 30ª vítima de feminicídio no DF em 2019 — Foto: Reprodução/Facebook

A 30ª vítima de feminicídio no Distrito Federal neste ano, Necivânia Eugênio de Caldas, de 34 anos, era vista frequentemente com marcas da violência que sofria do ex-companheiro. Amigos da vítima relatam que as agressões eram de conhecimento de todos.

"Tudo conturbado. Ela apanhava sempre. Sempre ela vinha para cá [com marca] roxa", conta uma amiga que preferiu não se identificar.

O suspeito, Francisco Dias Borges, de 37 anos, matou Necivânia a facadas na tarde desta quinta-feira (14), na QR 217, em Santa Maria, onde a vítima morava com o pai.

Francisco Dias Borges foi preso pelo 30º feminicídio do ano no DF — Foto: Reprodução/Facebook

Ela foi atacada quando chegava na casa, de moto, no momento em que freou para passar em um quebra-molas. O filho dela, de 9 anos, estava na garupa e correu para pedir ajuda.

Um irmão da vítima, que tentou defendê-la das agressões, também acabou esfaqueado. Adailton Eugênio de Caldas foi socorrido e encaminhado ao Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) por pessoas que estavam no local.

Vizinhos que presenciaram o crime conseguiram segurar Francisco até a chegada da polícia. O suspeito foi agredido por populares antes da chegada dos agentes e preso em flagrante.

Vítima denunciou o agressor

Mulher é morta a facadas pela ex-companheiro no meio da rua em Santa Maria

Mulher é morta a facadas pela ex-companheiro no meio da rua em Santa Maria

Parentes de Necivânia afirmaram à TV Globo que ela denunciou o ex-companheiro no mesmo dia em que foi morta. Ela teria sido atacada ao voltar da delegacia.

A vítima passou a morar com o pai após se separar. Na manhã desta sexta-feira (15) a casa recebia visitas de parentes, que tentavam consolar a família.

Polícia Civil interdita a rua onde Necivânia Eugênio de Caldas foi assassinada, em Santa Maria — Foto: Reprodução/TV Globo

Uma das amigas de Necivânia contou à reportagem que a mulher estava recomeçando a vida. Ela trabalhava como manicure, mas no dia em que foi assassinada comemorava o primeiro dia em um emprego novo, em um hospital de Santa Maria, como técnica de enfermagem.

"É uma dor muito forte ver a minha amiga ali no chão, daquela forma", lamentou.

Necivânia e Francisco viveram juntos por seis anos. Ela tinha uma filha de 4 anos com o agressor e outros três de um relacionamento anterior.

Feminicídios no DF

Com o caso, sobe para 30 o número de feminicídios registrados no Distrito Federal em 2019. O G1 acompanhou os outros crimes. Veja cobertura abaixo:

FEMINICÍDIOS NO DF EM 2019

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