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Dor abdominal — Foto: Pixabay/Divulgação

Sabe aquela sensação de incômodo crescente no estômago, que não passa, vai e volta? É assim que a maioria das pessoas percebe a cólica abdominal, como uma dor tipo aperto, que piora e alivia, de intensidade variável. Muitas vezes, é sinal de má digestão, intestino preso ou excesso de gases, mas só um diagnóstico completo pode determinar a causa.

“É importante que se faça o diagnóstico diferencial, isto é, temos que observar a localização da dor, se melhora ou piora com a alimentação, se melhora ou piora com a evacuação, antecedentes do paciente, entre outros fatores”, afirma o gastroenterologista clínico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo Barbuti.

Existem inúmeras causas de dor abdominal, como a cólica. Se for recorrente, mesmo que não intensa, o recomendado é procurar ajuda e investigar o que está acontecendo.

“Alguns tipos de dor abdominal sugerem determinadas origens, mas apenas o médico é capaz de diferenciá-las com segurança”, afirma a gastroenterologista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Paula Novais Zdanowski.

Queimação e pontada

Além das cólicas, outras dores abdominais causam desconforto. Em geral, as dores de estômago podem ser pontada ou queimação.

A pontada é aquela sensação de “facada”, uma dor mais localizada. Como diz o nome, a queimação traz uma lembrança de queima, já a cólica dói, depois melhora, em uma percepção de “vai e volta”.

A pontada e a queimação são diferentes da cólica, que normalmente está relacionada a órgãos que contraem, como intestino e estômago.

“No caso do estômago, o tipo de dor mais comum é a queimação, que sugere doenças como gastrites e úlceras. No entanto, algumas vezes a dor nestas situações também pode se manifestar como cólica, geralmente no andar superior do abdômen, que muitos chamam de ‘boca do estômago’”, explica Paula.

A médica lembra também que, quando existe dor tipo cólica na parte superior do abdômen, é importante pensar em outros diagnósticos como pancreatite e cálculos biliares. “Esses são órgãos muito próximos ao estômago e os sintomas podem confundir o diagnóstico”, observa, reforçando a importância da consulta com um médico sempre que as dores forem recorrentes.

Cuide bem do estômago

Veja alguns hábitos que ajudam a evitar cólicas e outras dores:

  • Procure se alimentar sempre em tempo adequado (de três em três horas). Evite ficar muito tempo sem comer e procure fazer refeições regulares.
  • Evite excesso de alimentos de uma vez só.
  • Procure manter as refeições equilibradas, juntando carboidratos, gorduras e proteínas em quantidades adequadas.
  • Evite esforço físico em excesso após as refeições muito pesadas (aquele clássico “churrasco e futebol” fica melhor quando a pelada ocorre antes do almoço ou jantar).
  • Não fume: o cigarro está diretamente relacionado com aumento de refluxo e úlceras, entre outras doenças.
  • Não exagere na cervejinha: o álcool é um irritante do estômago e do esôfago. Então, deve ser consumido em quantidades modestas

Tipo de alimentação influencia a saúde do estômago

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