Por G1


O primeiro caso confirmado de coronavírus no Brasil assustou muita gente, mas especialistas consultados pelo G1 dizem que não há motivo para pânico e que a chegada da doença ao país era esperada.

"Com essas viagens aéreas que em poucas horas você está em qualquer lugar, o fluxo internacional continua, e não dá para simplesmente fechar os aeroportos", afirma Wladimir Queiroz, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, e especialista em doenças infecciosas e parasitárias.

De acordo com Rosana Richtmann, também infectologista do Emílio Ribas e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), o pânico não ajuda em nada e só atrapalha no combate eficaz ao vírus — que, por ser transmitido por vias respiratórias, é difícil de controlar.

"Temos de encarar, ter responsabilidade e seguir as orientações. Vai haver recomendações, provavelmente novas, sobre isso. O próximo passo é evitar a disseminação", explica ela.

Para os especialistas, o importante é focar nos cuidados, principalmente higiene. De acordo com Richtmann, caso uma pessoa esteja doente, é importante ficar em casa para evitar contato e contaminação de outras pessoas.

"Se você estiver doente, não saia de casa. Isso, eu acho, é o mais importante, e é mais difícil em nosso país, que não tem essa cultura de quarentena domiciliar", a médica.

Segundo ela, apesar disso, o Brasil tem poucos casos, ainda é preciso que as pessoas procurem um médico caso estejam vindo de um país com alta circulação de pessoas com sintomas. Isso permite o diagnóstico correto da doença.

Veja outras perguntas e respostas sobre o coronavírus:

Ciclo do novo coronavírus — Foto: Arte/G1

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