19/10/2014 15h35 - Atualizado em 19/10/2014 15h48

TSE autoriza tropa federal no Ceará no 2º turno após denúncia sobre milícia

Atuação foi requisitada após governador do Ceará citar atuação de milícias.
Pedido 'indica necessidade de atuação de força federal nas localidades'.

Do G1 CE

Número de agentes que vai reforçar a segurança ainda não foi definido (Foto: TRE/Divulgação)Número de agentes que vai reforçar a segurança
ainda não foi definido (Foto: TRE/Divulgação)

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral João Otávio de Noronha, autorizou a presença de tropas federais nos municípios do Ceará Caucaia, Maranguape, Maracanaú, Pacatuba e Fortaleza, no 2º turno das eleições, em 26 de outubro. O número de agentes que devem reforçar o serviço de segurança no Ceará ainda não foi definido.

A decisão foi comunicada ao Tribunal Regional Eleitoral do Ceará neste domingo. O ministro destaca que “o governador do Estado do Ceará concorda com o emprego das forças armadas nos municípios indicados pelo TRE-CE. Ademais, as justificativas apresentadas pelo Ministério Público Eleitoral indicam a necessidade de atuação de força federal naquelas localidades”.

Nesta segunda-feira (20), a presidente do TRE-CE, desembargadora Iracema do Vale, enviará ofício ao Comando da 10ª Região Militar e ao Governo do Estado para tratar dos detalhes da integração do contingente da Força Federal, a ser disponibilizado nos municípios cearenses destacados, com o efetivo de segurança do Estado para atuação no 2º turno das eleições.

O pedido foi feito após o governador Cid Gomes ter apontado a presença de milícias policiais facilitando um esquema de crimes eleitorais.

Após a votação no primeiro turno, em 5 de outubro, o governador do Ceará, Cid Gomes, havia citado uso de uma suposta milícia, comandada por políticos apoiadores de Eunício Oliveira (PMDB). Eunício Oliveira disputa o cargo de governador no segundo turno com Camilo Santana (PT), apoiado por Cid Gomes. Ainda em 5 de outubro, Eunício havia denunciado Cid por suposto uso da máquina pública a favor de Camilo Santana. Os dois negam as acusações de irregularidades.

“Tem-se portanto manifesto temor de que venha a ocorrer o cerceamento ao regular exercício das atividades policiais afetas à Polícia Militar. Bem como que novamente seja posta em prática a esdrúxula medida de fixar as viaturas em pontos base e somente permitir que ingressem em circulação a partir do que for determinado pelos órgãos de segurança pública. Por outro lado, tem-se situação de notório acirramento de ânimos considerando o engajamento em campanha eleitoral do candidato Capitão Wagner, candidato mais votado ao cargo de Deputado Estadual, opositor do grupo político liderado pelo Governador Cid Ferreira Gomes”, registra o procurador Rômulo Conrado.

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