Ciro Gomes reforçou decisão sobre não concorrer mais a eleições após derrota em 2022. — Foto: Thiago Gadelha/SVM
O ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) voltou a reforçar, nesta quinta-feira (22), a decisão de não concorrer em novas eleições, após a derrota pelo cargo presidencial em 2022. O pedetista ficou em quarto lugar nas últimas eleições presidenciais — atrás do atual presidente Lula (PT), do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ministra Simone Tebet. Com isto, decidiu não concorrer a novos cargos.
"Não quero mais me submeter à vulgaridade que virou a política brasileira. Essa faca espetada nas minhas costas está ardendo profundamente porque ela foi espetada por alguém que nunca imaginei que pudesse fazer isso comigo", disse.
"Então, perdi um pouco o encanto pela disputa eleitoral", afirmou Ciro em entrevista ao Sistema Verdes Mares, afiliado da TV Globo no Ceará.
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"Essa eleição, do jeito que aconteceu, parece que tem alguma coisa errada comigo. Não vou dizer que é com o povo. Não quero nunca mais sentir a amargura que senti vendo o Brasil fazer o que fez", destacou.
Entre os “responsáveis pela facada nas costas”, o pedetista citou o próprio irmão, Cid Gomes, e o atual ministro da Educação, Camilo Santana. O ex-governador do Ceará, atual chefe do MEC, apoiou o presidente Lula nas últimas eleições. Hoje, mantém boa relação política com Cid Gomes, o que foge da compreensão de Ciro.
"Quem criou essa coisa de 'Ferreira Gomes' como algo negativo foi justamente Camilo Santana, a quem o Cid apoia. Eu não entendo isso", disse o ex-ministro.
Contudo, Ciro disse que pretende continuar atuando na política, mas na condição de “especialista”, com debates, palestras, lançando livros. "Se depender da minha disposição, não quero mais disputar. Eu não quero ser um cara amargo. A vida pública me deu tão generosas coisas. Eu quero continuar ajudando. Não é fácil porque é o sentido da minha vida", declarou.