Nordeste brasileiro gerou energia eólica suficiente para abastecer toda a região em 30 de setembro — Foto: Maxwell Almeida
O Nordeste brasileiro registrou um recorde de geração de energia eólica no fim de setembro, mês em que os ventos na região são mais fortes e frequentes e é chamada de "safra dos ventos" pela indústria do setor. A energia eólica já é a segunda fonte de energia do Brasil, ficando atrás somente das hidrelétricas.
A energia produzida apenas no dia 30 de setembro foi suficiente para atender toda a região e ainda sobrar um pouco.
Segundo o coordenador de energia da Federação das Indústrias do Ceará, Joaquim Rolim, historicamente, o Nordeste sempre foi uma região importadora de energia.
"E como a geração eólica tem crescido ano a ano, o Nordeste passa em vários momentos do dia, do mês, conseguir ser exportador de energia. Então a energia que pro Nordeste é normalmente um insumo, passa a ser um vetor econômico."
Parques eólicos
O Brasil tem 653 parques eólicos, 82% se encontram no Nordeste, onde as condições naturais são mais favoráveis a produção desse tipo de energia.
O Ceará é o terceiro estado maior capacidade para a produção eólica, com 2.179MW. Em primeiro lugar vem o Rio Grande do Norte (4.672 MW), seguido da Bahia (4.372 MW). Fora da Região, vem Rio Grande do Sul, com 1.835 MW, que ocupa a quinta posição no ranking nacional, e Santa Catarina, em 8º.
O crescimento da produção de energia deve continuar nos próximos anos, acredita a presitende da ABEEólica, Elbia Gannoum. "Esse crescimento dos últimos dez anos vai continuar nos próximos dez anos. Então, é a fonte que mais cresce no país, é a fonte mais competitiva e que gera emprego, renda e desenvolvimento econômico," completa.
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