A Honda apresentou na noite desta quarta-feira (16), nos Estados Unidos, o novoCivic. A marca não informou quando as vendas da décima geração começam por lá. Procurada, a Honda do Brasil confirmou a chegada do sedã para o segundo semestre do ano que vem.
Muitas novidades
Com uma plataforma completamente nova, o Civic ficou maior. São 5 cm a mais na largura e 3 cm no entre-eixos. Na altura, ele está 2,5 cm mais baixo. E no porta-malas, o volume aumentou quase 74 litros. Com as medidas, o espaço interno também aumento, e a posição de dirigir ficou mais baixa.
Nos Estados Unidos, o modelo ganhou terá duas novas motorizações, sendo uma 1.5 de quatro cilindros com turbo e injeção direta de combustível, e outra um 2.0, também de quatro cilindros, com tecnologia iVTEC. Não foram divulgadas as potências, porém, a montadora afirma que são os motores mais eficientes que um Civic americano já recebeu.
Serão quatro versões, com duas opções de câmbio. A básica, LX, só receberá motor 2.0 e câmbio manual de seis marchas. Já a EX, também equipada com o 2.0, pode ter transmissão CVT. A mesma caixa equipará as versões EX-T e EX-L, que contam com motor 1.5 turbo.
Pela primeira vez, uma geração do sedã foi desenvolvida nos Estados Unidos (veja cada geração do Civic na linha do tempo).
Em termos de conectividade, a Honda anunciou que o Civic terá as tecnologias Android Auto e Apple CarPlay.
A família do Civic também cresceu. Além do sedã, cupê e hatch de cinco portas. A marca também confirmou uma versão Type-R nos Estados Unidos pela primeira vez.
Ousadia
A troca de gerações do Civic foi ousada, e segue a tradição da marca, de alternar mudanças radicais e promover apenas atualizações. Desta vez, o modelo ganhou ares de fastback, com uma queda prolongada da teto na traseira.
Na dianteira, há faróis e luzes diurnas em LED. Já a grade se espalha até as extremidades do para-lamas. No centro, em destaque, o logotipo da Honda projetado. A traseira leva lanternas em formato de bumerangue, e também possui lâmpadas de LED.
No interior, o Civic abandonou o painel em "dois andares". Agora, o quadro de instrumentos tem uma tela configurável em TFT, enquanto no centro do console, há uma tela de 7 polegadas.
Antes desta, a maior revolução no sedã havia sido em 2006. As mudanças foram baseadas no Civic Concept, apresentado este ano no Salão de Nova York, em março.
VEJA VÍDEO DA APRESENTAÇÃO MUNDIAL (EM INGLÊS):
Mais leve e refinado
A Honda afirma que o a rigidez torcional melhorou em 25%. Isso pode ser creditado ao maior uso de aços de alta e ultra resistência, de 12%, contra 11% da geração anterior. Outra consequência é uma redução no peso, de quase 31 kg, apesar de o sedã ter ficado maior.
CIVIC x COROLLA NAS VENDAS | ||
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ANO | COROLLA | CIVIC |
2010 | 55.018 (1º) | 31.225 (2º) |
2011 | 53.144 (1º) | 22.962 (2º) |
2012 | 56.364 (1º) | 50.487 (2º) |
2013 | 54.102 (2º) | 60.966 (1º) |
2014 | 63.290 (1º) | 52.254 (2º) |
2015 | 43.817 (1º) | 23.258 (2º) |
Fonte: Fenabrave |
Briga nipônica
Com uma nova e moderna geração, o Civic se "arma" para um duelo particular com outro concorrente nipônico, o Toyota Corolla.
Com ciclos de atualizações alternados, os dois se revezam na liderança entre os sedãs médios no Brasil.
Quando um está mais envelhecido, o outro aproveita e assume a ponta.
É o caso do Corolla atualmente: a 11ª geração do sedã foi lançada no país ano passado e está fazendo o Civic, ainda com linhas antigas, amargar o segundo lugar com quase metade das vendas do rival.
Veja no quadro as vendas anuais de Corolla e Civic desde 2010.
Os dados são da Fenabrave, a associação das concessionárias.
COMPARE A GERAÇÃO ATUAL DO CIVIC COM A NOVIDADE: