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  • Motos: o que esperar de 2016?


    Apesar do mergulho das vendas nos últimos quatro anos - dos mais de 2 milhões de motos comercializadas em 2011 passamos a 1,2 milhão em 2015 – o Brasil continua sendo um fenomenal mercado para a motocicleta.

    Qualquer analista minimamente informado sabe que, diante das condições econômicas atuais, a simples repetição dos números obtidos no ano passado já será um bom resultado neste 2016 prestes a começar.

    Esperar um crescimento nas vendas no ano novinho em folha, que começa capenga, com bolsos mais vazios do que nos anos anteriores, é pura ilusão. O que teremos, com sorte, é um pouco mais do mesmo visto em 2015: alguns segmentos mostrando algum vigor, especialmente o das motos acima de 500cc e os scooters, e os restantes marcando o passo.

    É um cenário pouco alentador mas que não desanima as marcas mais estruturadas, que continuarão a propor modelos atualizados e até mesmo 100% novos, buscando não apenas qualificar o mercado das motos com versões mais sofisticadas – a crise afeta menos os mais abonados! – como também renovando seu catálogo.

    2016 MAIS LIMPO
    Uma forte “lição de casa” teve de ser concluída em 2015 para atender a segunda fase do PROMOT 4, que vigorará a partir do primeiro mês do ano novo. A exigência não foi a de diminuir ainda mais a emissões de gases poluentes pelo escapamento, mas sim caprichar na contenção da poluição “silenciosa”, mas nem por isso menos nociva, que emana dos tanques de combustível e reservatórios de óleo. Deste modo, os modelos 2016 poderão ser reconhecidos facilmente pelo tipo de tampa do tanque, que agora não mais poderão deixar escapar gases fruto da natural evaporação do combustível ou lubrificante na atmosfera.

    O processo para tornar nossas motos menos vilãs do meio ambiente fez vítimas durante 2015: a líder Honda literalmente “matou” alguns motores, tirando-os de linha. Entre eles o robusto 100 cc da Pop e os festejados 150 cc das CG e Bros. Eles deram lugar aos novos 110 e 160 cc, mais “limpos”, que enveredaram por um caminho de qualificação ambiental que não tem volta. Empresas que não adequaram seus modelos às atuais exigências terão de se contentar em vender o que tem no estoque e aposentar o produto.

    SCOOTERS
    O segmento das motocicletas mais básicas não deve ser protagonista de grandes lançamentos em 2016 mas no âmbito dos scooters há fortes indícios de que o setor pegará fogo: o Honda SH 300 apresentado no Salão das Duas Rodas em outubro passado aterrisará nas revendas em breve com a missão de repetir o sucesso de seus irmãos Lead 110 e PCX 150. Honda SH 300
    Não será exatamente fácil já que o grande rival e rei inconteste desta faixa de mercado, o Dafra Citycom 300i, continuará tendo um forte apelo de vendas além de sua fama de robustez mecânica, que é o preço mais baixo. 

    Pode até ser que a Honda se decida por um improvávellucro zero na venda do SH 300, mas a previsão mais concreta é que o Dafra custe bem menos que a novidade da Honda. Assim, será interessante assistir o embate entre o poder do nome Honda e as vantagens de ter uma enorme rede de concessionárias contra o preço menor do Citycom 300i. Yamaha NMax

    Outra chegada importante entre os scooters é o Yamaha Nmax 160 que mira nos clientes do mais vendido da categoria no Brasil, o PCX 150, enquanto o Sym Fiddle III 125, proposto pela Dafra, é outra estreia confirmada que chegará para agradar quem busca um scooterzinho de look mais clássico e porte menor, como a ala feminina.

    MÉDIAS EM ALTA

    A CB Twister certamente se aproveitará do fator novidade (e da marca Honda estampada no tanque) para continuar dominando o segmento das 250-300cc, mas há sinais de guerra no horizonte. Uma Yamaha Fazer 250 renovada seria bem vinda mas o que mais salta à vista é o upgrade do segmento, que parece uma tendência irreversível.

    Motocicletas que custam até 50% mais do que a dupla Twister-Fazer estão em alta, e são inegavelmente mais atraentes. A pioneira Kawasaki Ninja 300 se juntaram em 2015 sua irmã naked, a Z300, as apimentadas KTM Duke 200 e 390 e a Yamaha R3.


    Para 2016 a chegada da naked Yamaha MT-03 é quase certa, e certas também são as exclusivas Ducati Scrambler Sixty2 e BMW G 310 R, que serão montadas em Manaus. Todas as citadas farão sombra tanto para a dupla do “andar de baixo”, Twister-Fazer de 13-15 mil reais, quanto para as do “andar de cima”, as 500-600 que vão dos 23 mil reais (Honda CB 500F) aos 28 mil (Yamaha MT-07). Ou seja, em 2016 teremos um paradoxo: as médias (grandes ou pequenas!!!) vão ferver….

    MT-07 DEVE MANTER SUCESSO EM 2016. ASSISTA AO VÍDEO:


    TRAILS COM GÁS
    Quer fazer uma aposta e ganhar? Coloque suas fichas nas trails. Das menores às maiores, as fascinantes maxitrails, este é um segmento que irá continuar em franca evolução em 2016. Elas são uma moda e também uma necessidade, ajudadas nisso pelo descaso com a pavimentação, marca registrada de todos nossos governantes atuais.

    A tendência aventureira está presente em todo canto, dos carros, às roupas e nos esportes mais seguidos. Nesse ambiente a Honda parece ser a mais ativa, e já está certa a chegada de sua novíssima maxitrail, a grande CRF 1000L Africa Twin. Porém, a primeira motocicleta que chegará desta nova safra será a revista Honda XRE 300, com novo cabeçote e retoques no visual. Honda CRF 1000L Africa Twin


    É logico pensar que a Yamaha, com este movimento, esteja trabalhando em versões modernizadas de suas 250Lander e Ténéré, ou até mesmo em ousar trazendo a interessante WR 250R. O que espanta é perceber que marcas com tradição em motos off-on road como Suzuki e Kawasaki não sejam fortes neste segmento das trail de entrada no Brasil. E o que dizer da KTM? A Freeride 350 cairia bem por aqui, não?

    CINQUENTINHAS & CIA.
    As cinquentinhas eram um segmento “submerso” em nosso mercado, com pouca visibilidade fora da região nordeste do país, atualmente o maior mercado do país em quantidade. Em 2016 a exigência do licenciamento, decidida no final deste ano, poderá travar o crescimento das 50 cc assim como a eventual exigência da CNH ou documento equivalente para sua condução. Barata para comprar mas cara para colocar na rua e restrita a maiores de 18 anos, a 50 cc poderá dar lugar as motonetas: Honda Pop 110i e a Biz assim como as Yamaha Crypton poderão herdar esses clientes.

    VONTADE DE MOTO
    Independentemente do ânimo das marcas, dependentes do andamento de nossa economia, a vontade de ter uma motocicleta continua forte no Brasil. Seja por necessidade – o transporte público aqui é precário e a facilidade em transformar a moto em ferramenta de trabalho atrai –, ou para simples uso por prazer e lazer, motocicletas e brasileiros vivem um romance que não parece ter ainda chegado a sua completa realização.
    Qual o potencial do mercado nacional se os ventos fossem favoráveis? Há quem diga 3 milhões de motos/ano, e há os otimistas que especulam que o teto poderia ser de 5 milhões. Certeza, agora, só uma: que 2016 com sorte será um ano igual ao já nada bom 2015 em vendas, má realidade que poderá ser compensada por lançamentos interesantes que buscarão a mencionada qualificação do mercado e bolsos que ainda tenham algum para gastar.

  • Cavalos sacrificados, mas por justa causa



    Perdemos, mas ganhamos! Esta paradoxal afirmação serve para explicar o que vem acontecendo com nossas motocicletas, mais específicamente com a potência de seus motores. Para exemplificar, nada melhor do que números.

    A mais vendida das 125 de vinte anos atrás era, como ainde é hoje, a Honda CG. Na ficha técnica declarada pelo fabricante naquela época a potência era de 12,5 cavalos. Já a CG 125 atual tem 11,6 cavalos declarados. Redução semelhante ocorreu com a CB 500. A bicilíndrica fabricada no final dos anos 1990 tinha 54 cavalos, a atual, 50. Em duas décadas, cerca de 7% de redução em potência pura. Qual a razão? A resposta é simples: emporcalhar menos a atmosfera.

    Gases emitidos por motores a combustão interna são um inimigo a ser derrotado. Quanto menos poluentes um motor emite, melhor para a saúde do planeta e de seus habitantes. Programas de redução de gases nocivos são uma realidade consolidada em praticamente todos os países do mundo que tenham uma grande frota de veículos.

    O nosso é o PROMOT – Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares, que desde 2002 estabeleceu metas para motores mais limpos. Na contrapartida mais evidente, essas metas acarretam a assinalada perda de potência.

    Honda CG 125 Fan - Catalisador
    Um motor menos malvado com o meio ambiente se obtém trabalhando basicamente em duas frentes: otimizar a alimentação para que a queima do combustível aconteça de maneira eficiente e no tratamento dos gases resultantes desta combustão.

    Tecnicamente isso acontece com a troca dos anacrônicos carburadores por sistemas de injeção eletrônica, bem mais modernos e precisos, e filtrando o que é expelido pelo escapamento por meio de catalisadores.

    Dosar com precisão o combustível enviado à câmara de combustão é a principal vantagem da injeção eletrônica sobre os carburadores. Quanto menor for a quantidade de combustível queimado, menor a quantidade de gases expelida mas… menor também será a energia gerada.

    E quanto mais “estrangulada” for a saída dos gases queimados pelo escape, menor a capacidade do motor girar e “jorrar” potência. Ou seja, um problema de solução complexa no qual obter maior economia, aproveitamento energético e mímimas emissões de poluentes não poderiam resultar em motores decepcionantes e inseguros. Deste modo chegou-se a uma solução de compromisso e alguns cavalinhos foram sacrificados.

    Honda CB500 Anos 90


    Perdemos e basta, então? Não é bem assim. Potência, normalmente expressa em cavalos ou cv (cavalo-vapor) é uma medida importante para avaliar a competência de um motor em cumprir bem sua tarefa de empurrar um veículo, mas perder alguns cavalos (potência) em nome do meio ambiente resultou em uma contrapartida interessante, um ganho de força, o torque.

    Certamente você já ouviu falar nele, o torque. Medido em Nm (Newton metro) ou kgf.m (quilograma força metro) é algo fácil de endenter na prática, mas difícil de explicar com palavras. Em síntese, torque é a força que você aplica quando usa uma chave de fenda para tentar afrouxar um parafuso. Ele pode girar ou não, mas a força está presente. Já a potência seria a força empregada quando o parafuso girar, e quanto mais rapidamente for este movimento, maior potência está sendo empregada.

    Em uma motocicleta, um motor de bom torque, bem distribuído no arco de rotações, garante retomadas de velocidade imediatas e vigorosas. Um motor muito potente consegue levar a motocicleta a velocidades elevadas. Um com muito torque, a vencer a inércia com maior facilidade.

    Honda CB500R 2014

    É o equilíbrio entre estes dois “parceiros”, potência e torque, que determina o caráter de uma moto: superesportivas devem ser obrigatóriamente potentes e sua faixa de torque máximo fica em rotação elevada. Já motos para o uso no dia a dia, seja em cidade, estrada ou uso misto, tendem a ser mais agradáveis quando o torque é elevado desde as mais baixas rotações, e assim permanece, bem distribuído, em todas as faixas de giro do motor.

    Enfim, em nome de um planeta mais limpo, motores mudaram, a potência máxima diminuiu mas no lugar dela ocorreu uma saudável mudança que se percebe nitidamente: nas motos atuais é preciso girar menos o acelerador para tirá-las da imobilidade e ganhar velocidade.

    Abrimos mão de uma velocidade máxima mais elevada, mas esta, convenhamos, está cada vez mais difícil de ser alcançada sem desrespeito às leis. É a vitória do politicamente e ambientalmente correto sobre os excessos de outras épocas, sejam eles de consumo, fumaça ou quilômetros por hora.

    Honda CG 125 1989

  • Sons do motor ajudam a vender motos: escute os 'barulhos'


    O ruído produzido por um motor de motocicleta pode ser um forte motivador de vendas? Considerando que muitas vezes a compra de uma moto é uma atitude predominantemente emocional, a resposta é um enfático sim. Um bom e recente exemplo desta sedução auditiva é a para muitos a saudosa CB 600F Hornet, cujo som emanado pelo escapamento sempre esteve entre os melhores “garotos propaganda” do modelo. Equipada com um motor quatro cilindros em linha, a Hornet exalava pura esportividade pela ponteira de escape, um som agressivo, que das notas graves em baixa rotação passava às mais agudas em piscar de olhos.

    Tal característica, totalmente oposta a das Honda CB 500 – tanto faz quais delas, se as atuais ou a pioneira vendida de 1998 até 2007 – pode explicar a menor empolgação dos clientes ante a estas eficazes bicilíndricas. Todos sabem que seja os modelos antigos quanto os novos são motocicletas eficientes, de desempenho razoável mas… o som  do espace nem de longe se compara ao da Hornet, e não adianta inventar moda, substituindo a ponteira de escape original por uma do mercado paralelo, em geral mais permissivas em termos de decibéis liberados, pois a “música” não muda. Aumenta o barulho, mas a empolgação e agressividade não aparece. Honda CB 600F Hornet
    Como explicar essa diferença? A resposta já foi dada linhas acima, e é bem simples: o fracionamento do motor, ou seja, na quantidade de cilindros. Verdadeiro divisor de águas nesse curioso mais importante aspecto que tanto pode atrair clientes como afugentá-los, é a primeira motocicleta de quatro cilindros que alcançou relevante sucesso, a Honda CB 750 Four.

    Surgida no final dos anos 1960, a “Four” tinha quatro escapes, um para cada cilindro. Tal motocicleta era um produto surpeendente, à frente de seu tempo, época onde motos grandes eram bicilíndricas ou, no máximo, tricilíndricas. Mas o quatro em linha da Honda mudou o padrão, e para melhor, um som de motor maravilhoso que até hoje é uma referência. Enfim, desconbriu se que a quantidade de cilindros poderia ser não apenas um método de conseguir maior potência como conquistar clientes pelo som do motor.

    Como se não bastasse, alguém também descobriu que o que era bom podia ficar ótimo, trocando os quatro escapes individuais desta histórica Honda por um escapamento tipo “quatro-em-um”, no qual como o próprio nome diz, os quatro canos de escapamento convergiam para uma única saída e… haja ouvido! O som era rasgado, inesquecível, adorável para qualquer fã não só de motos, mas de tudo que se movia impulsionado por um motor a combustão interna, e muito similar ao som produzido pelo motor da comentada Hornet que, como sua bisavó Honda CB 750 Four, tem motor tetracilíndrico e vinha de fábrica com escape 4x1.

    ESCUTE SOM DO MOTOR DE 3 CILINDROS DA TRIUMPH TIGER 800XC:


    MODA DE ÉPOCA
    Com toda certeza em um projeto para um novo modelo de motocicleta, o quesito “voz do escape” é muito considerado hoje em dia. Quando se trata de motos utilitárias, o foco é manter baixa a emissão de ruídos por serem tais motos ferramentas de trabalho que em geral são usadas por horas e horas a fio. Um escapamento barulhento nestes modelos seria desconfortável. Em geral os motores monocilíndricos não são bons “cantores”, qualquer que seja seu tamanho. Idem, como já comentado, os bicilíndricos. Sons bacanas, agressivos, começam nos tricilíndros e especialmente nos “tetra”, mas nem sempre foi assim.

    Hoje o som do escape das motocicletas é mais contido inclusive por lei, pois há limites precisos a serem cumpridos. Medidos em decibéis de acordo com um padrão exato, uma moto que supere o limite de ruído estabelecido pela lei simplesmente não pode ser vendida, Outro aspecto que reduz o “vozeirão” dos motores é a necessidade de limitar as emissões de poluentes, o que sempre implica na presença de filtros como  catalisadores, verdadeiras mordaças dos motores.

    No passado, quando poluir por ruído ou por gases nocivos era algo que preocupava menos os fabricantes e usuários, os escapamentos das motos explusavam notas bem mais altas, e diferentes também. Era a época em que muitas motocicletas eram dotadas de motores de ciclo 2 tempos, hoje praticamente banidos da produção mundial. Por conta de suas características de funcionamento, tais motores literalmente gritavam, produzindo sons mais agudos para darem o melhor em termos de desempenho.Os ouvidos sofriam, mas o coração se alegrava: um motor dois tempos de pequena cilindrada ou não, monocilíndrico ou os excitantes tricilíndricos, causavam emoções não indiferentes.

    ESCUTE DE UMA ROYAL ENFIELD DE 1952:


    Exemplos? As Suzuki GT 750, 550 e 380 venderam bem no Brasil, muitos por conta da àspera voz, embaralhada em baixa, nas lancinante quando a agulha do contagiros lambia a faixa vermelha. Mais raras entre nós mas ainda mais gritadoras eras as Kawasaki H1 Mach 3, tricilíndricas de 500cc. Fecha a listinha as bicilíndricas Yamaha, da qual a mais conhecida foi a RD 350. Seja a importada, refrigerada a ar (a viúva negra…) ou a LC, Liquid Cooled made in Manaus, elas urravam uma espécie de hino à paixãoa por motos esportivas.

    Hoje, apesar das restrições comentadas,”vozes” sedutoras não faltam no mundo da moto. Para os fãs das americanas Harley-Davidson a compassada batida do V2 norte-americano é inigualável, e o charme é a rotação baixa, pulsante. No extremo oposto está o poderoso zumbido do motor seis cilindros em linha que equipa as BMW K 1600. Porquê zumbido? Pela necessidade por se tratarem de motos para o turismo, verdadeiros transatlânticos das estradas. O motor é uma usina inesgotável de força cujo poderio não pode ser explicitado no volume, o que causaria desconforto, mas sim na singularidade do som emanado pelos escapes seis-em-dois, cada um com três orifícios… HONDA CB 750
    Já nas superesportivas, a fórmula de sucesso da CB 750 Four de quase 50 anos de idade perdura. Os motores quatro cilindros em linha são em geral dotados do lendário escape 4x1, que espertamente libera o justo ruído exigido por lei na rotação especificada para o teste homologatório, mas que urram alucinadamente quando levados a rotações mais altas, verdadeiro marketing auditivo de grande efeito. E para os insaciáveis “audiófilos” do mundo da motocicleta, o mercado de acessórios oferece uma infinidade de sistemas de escapes onde a busca pela performance se confunde como a pela mais bela e agressiva “voz” do motor que, como dissemos, é e continuará sendo um eficiente motivador de vendas.

    ESCUTE O MOTOR DA HONDA XRE 300:



  • Honda Bros 160 supera CG 160 em vendas: entenda o motivo

    Honda Bros 160
    Qual é a moto mais vendida do Brasil? Quem falou Honda CG talvez não tenha acertado 100%. Analisar os números de vendas no atacado (o das fábricas para as concessionárias…) deste ano mostra que a moto mais vendida do momento é a Honda NXR 160 Bros.

    O brasileiro mudou de gosto depois de décadas? Hummm, não é bem assim. Não há dúvida que a NXR 160 Bros e sua antecessora, ainda a venda (por pouco tempo) a NXR 150 Bros, são motos muito bem sucedidas, que caíram no gosto do brasileiro desde que surgiram, mas daí a superar a lendária CG o espaço é grande.

    Todavia, enquanto a NXR 160 Bros é praticamente uma moto só, as estradeiras batizadas de CG são um montão. Querem ver: 125 Cargo, 125 Fan, 150 Cargo, 150 Fan, 150 Start, 150 Titan e, porfim, as últimas a chegar, as 160 Fan e 160 Titan. Tudo isso é CG!

    Se você entrar em uma concessionária da marca e disser para o vendedor “quero comprar uma CG” ele vai perguntar qual, pois atualmente elas são oito. É uma situação transitória pois o motor 150 dirá adeus à linha da Honda no final deste ano e assim restarão apenas as 160 e as 125. Mesmo assim, é interessante notar como a preferência do brasileiro está, cada vez mais, orientada para modelos estilo trail e entre elas a NXR 160 Bros é a campeã.

    Somando todas as CG vendidas em 2015 até setembro, o resultado dá 271.063 unidades. Essa a mesma conta com as NXR Bros (são apenas três: NXR 125 Bros, NXR 150 Bros e NXR 160 Bros) resulta em 164.239 unidades. Longe? Sim, mas chegando cada vez mais perto.

    Na coluna publicada 27 de maio passado já mostramos o quanto as trail estão caindo no gosto do brasileiro, cuja participacão no bolo subiu dos 11,1% em 2008 para 19,5% em 2014.  As razões: múltiplas. Suspensões de maior curso para encarar a crescente buraqueira, o estilo aventureiro cada vez mais em voga e, claro, o contínuo amadurecimento do motociclista brasileiro que percebe que elas são mais versáteis, pois fazem tudo que uma estradeira faz no asfalto e, quando aparece uma estrada sem pavimentação, mostra superioridade indiscutível. Detalhe: de acordo com o DNIT –  Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte – 80,3% das estradas nacionais não são pavimentadas.

    G1 AVALIOU A HONDA 160 BROS. ASSISTA:



    O QUE VEM POR AÍ
    O lançamento da Honda CB Twister, substituta da CB 300R está dando o que falar: é uma moto 100% nova e seu motor 250 cc, inédito, promete maior economia e dá à Twister um desempenho igual ao da CB 300R, apesar dos 50cc a menos no motor. O segredo está na maior leveza do conjunto, que faz sua majestade a relação peso-potência favorável à 250.

    Somando 1+1, muitos preveem que a próxima moto a ser lançada pela Honda é a subsitituta da XRE 300, que compartilhava o mesmo motor com a extinta CB 300R. Porém, esta lógica não parece ter fundamento: fontes bem informadas insistem que a XRE 300 continuará em produção.Yamaha XTZ Crosser 150

    A Honda não quer “largar o osso” desta categoria “plus” nas trail e assim o que teremos é uma nova XRE 300 atualizada, com um novo cabeçote tanto para ajudar o motor a cumprir sua missão de adequar-se aos restritivos testes do programa PROMOT4, expelindo menos sujeira na atmosfera, quanto conquistar aquela robustez que segundo muitos não é o forte destas Honda de 300cc.

    Se este atualização/aperfeiçoamento da XRE se confirmar, não é difícil prever que a fatia das motos com pneus de cravos e suspensões longas, como a citada XRE, a NXR 160 Bros ou as representantes da Yamaha, a Crosser 150 e as 250 Lander ou Ténéré, cresca ainda mais. Evidentemente a NXR 160 Bros foi uma resposta a moderna Crosser, e uma nova XRE 300 vai estimular a uma atualização das 250 Yamaha.

    Seja como for, uma coisa é certa: a moto mais vendida do Brasil neste 2014, individualmente, não é mais uma CG e sim a NXR 160 Bros…

    FOTOS: CAIO KENJI / DIVULGAÇÃO

  • Scrambler, Bonneville, R nineT e Forty-Eight: moda retrô pega nas motos

    A chegada ao mercado brasileiro da Ducati Scrambler, da Harley-Davidson Forty Eight atualizada e das inéditas Triumph Bonneville reforça um segmento que mostra grande vigor em todo mundo. Aqui, ao que parece, não está sendo diferente.

    Tais motos se caracterizam por ter um visual mais essencial, antiguinho até, mas que trazem tecnologia alinhada às mais modernas máquinas da atualidade. Moda passageira ou não, o fato é que este gênero de motos está cada vez mais na “wish list “ de um variado rol de motociclistas.

    Importante alertar que estas motos citadas assim como a BMW R nineT, disponível no Brasil há mais de um ano, e a Royal Enfield Continental GT que deverá pisar no Brasil ainda em 2016, não são exatas réplicas de modelos do passado. Em alguns casos, Ducati Scrambler e Triumph Bonneville, são reinterpretações atualizadas de motos de mesmo nome fabricadas no passado. H-D Forty-Eight, BMW R nineT e Royal Enfield Continental GT são criações atuais em esquema saudosista. 

    DUCATI SCRAMBLERDucati Scrambler Sixty2
    Curioso lembrar que quase 50 anos atrás, quando chegou ao mercado, a Ducati Scrambler original não chamou grande atenção e tampouco representou um “case” de sucesso. Na verdade foi o tempo que se encarregou de dar à ela um status de “cult bike” e ser perseguida por colecionadores. A atual “sede” pelo estilo Scrambler – nome que determina motocicletas que podem rodar tanto no asfalto quanto em estradas ruins – e por tudo que pareça vintage estimulou o renascimento da novidade reinterpretada.


    Será difícil errar se dissermos que ela será um sucesso entre nós como está sendo no resto do planeta, inclusive porque é a linha mais acessível da marca italiana. Além da Scrambler 800, o país vai receber a versão de menor cilindrada, chamada de Sixty2, e que fez estreia no Salão de MIlão.

    TRIUMPH BONNEVILLE
    Outra motocicleta que segue esta mesma vertente para conquistar clientes – cara de antiga com alma moderna – são as Triumph Bonneville, que no entanto são mais fiéis às origens, mas nem tanto…. A Ducati Scrambler original dos anos 1960 tinha um motor de um cilindro com 450cc. Triumph Bonneville T120

    A atual recebeu um moderníssimo bicilíndro em V de 802 cc e a versão menor um bicilindrico de 399 cc. Na Triumph os ingleses optaram por mais tradicionalismo e assim as Bonneville atuais também são empurradas por um motor de dois cilindros paralelo como a velha “Bonnie" do fim dos anos 1950. O que mudou foi o tamanho: agora ha motores de 900 e 1.200 cc contra os parcos 650cc da primeira destas Triumph de 1959.

    BMW R NINET
    BMW R nineT Scrambler
    Alemães também se renderam ao gosto do mercado com uma interpretação bem particular da tendência, mas em vez de reproduzir uma de suas clássicas motos da série R, fabricadas com mínimas alterações estéticas dos anos 1920 até praticamente 1950-1960, a BMW preferiu um caminho mais parecido com o da Ducati.


    A R nineT é uma roadster no melhor estilo Café Racer, essencial e atraente justamente por isso: farol, guidão, tanque banco e motor se apoiam a uma esturura mínima valorizando o motorzão (1.170cc), o mais moderno dos boxer refrigerados a ar, arquitetura idêntica à das mais tradicionais BMW. Porém, nunca hove nada nem sequer parecido na linha da marca alemã no passado. E sua linha acabou de crescer com a chegada da R nineT Scrambler, lançada no Salão de Milão.

    HARLEY-DAVIDSON FORTY-EIGHT
    Tradicionais por excelência, todas as Harley-Davidson poderiam ser encaixadas em maior ou menor grau neste gosto por motos novas com ar antigo. Mas uma delas em particular se destaca neste ambiente, a Forty-Eight, cujo design limpo lembra as motos do imediato pós-guerra, as H-D do exército norte-americano que vendidas a preço de banana eram depenadas de todo o aparato supérfluo, Tais máquinas resultaram no estilo Bobbers. Mais caprichada no quesito suspensões na versão para 2016, a Forty-Eight é outra moto que, como todas acima, tem sabor de velhos tempos.Harley-Davidson Forty-Eight
    Curiosidade: ela se chama Forty-Eight, quarenta e oito em inglês, em alusão à introdução do tanque estilo “peanut” na linha da marca norte-americana. 

    ROYAL ENFIELD CONTINENTAL GT
    Prestes a chegar – melhor dizendo voltar – é a quinta e última marca de motos modernas/antigas de nossa listinha, a lendária Royal Enfield, uma das mais emblemáticas marcad na épca em que os ingleses davam as cartas na indústria da moto. As Royal Enfield já foram vendidas no Brasil por um curto período, via importador independente, há poucos anos atrás. Contudo, estas clássicas motocicletas estão prestes a serem recolocadas no mercado pela própria Royal Enfield, atualmente uma empresa de capital indiano.

    Desde os anos 1950 a gigantesca Índia contava com as Royal Enfield, fabricadas localmente por uma subsidiária para abastecer principalmente a polícia e o exército indiano. A fábrica inglesa fechou em 1971 mas a marca sobreviveu na Índia. Recentemente uma injeção de capital levou à atualização dos modelos em termos técnicos, mas o estilo e arquitetura tradicionais foram mantidos. Royal Enfield Continental GT
    Entre todas Royal-Enfield o modelo mais elegante é a Continental GT, uma café racer pura, com motor monocilíndrico de 535cc. O visual não deixa dúvidas quanto o respeito às origens, porém, signo dos novos tempos é a alimentação do motor por injeção eletrônica Keihin em respeito às normas antiemissões e – ainda bem – a garantia de apertar o botão de partida e ouvir o motor acordar, coisa que nos parece óbvia atualmente, mas que não era algo tão comum assim de acontecer nas Ducati Scrambler, Triumph Bonneville, antigas H-D, Royal Enfield ou BMW alimentadas por mal-humorados carburadores dos modelos originais. O gosto pelo antigo está, felizmente, limitado ao estilo e não ao funcionamento problemático do passado.

    FOTOS: DIVULGAÇÃO / EICMA

  • Salão de Milão: a moda e as motos


    Ah, Milão! Chique, elegante, apressada e especialmente cinzenta nestes dias de outono. A São Paulo italiana, centro financeiro e industrial do país, amanhece encapada por uma espessa neblina que não consegue de jeito nenhum esconder sua conhecida vocação. A de ditadora de tendências do mundo da moda. Mas a moda, no caso, não é a vista no quadrilátero formado por Via della Spiga, Manzoni, Montenapoleone e Corso Venezia. Em vez dos pretinhos nada básicos, de estampas elaboradas, cortes arrojados ou tecidos preciosos, nesta semana são as motocicletas que usam Milão como rampa de lançamento de tendências.

    No Eicma, nome oficial do Salão de Milão – principal mostra da indústria da moto mundial – os estandes das principais marcas do planeta imitam as vitrines chiques do centro. Como sempre, boa apresentação é meio caminho andado, e o pavilhão de exposições de arquitetura futurista projetado por Massimilano Fuksas é embalagem mais do que apropriada  para a exposição da “moda-moto 2016”.

    Os principais lançamentos? Você já sabe quais foram: o G1 vem mostrando desde segunda, véspera da abertura do salão, fotos e vídeos das novidades mais fortes (veja a cobertura completa). Agora cabe analisar cada uma das tendências vistas nesta importante mostra.

    Palavra da moda: Scrambler
    Se você ainda não ouviu esta palavra, está por fora. Milão 2016 sacramentou que aplicar o nome Scrambler em uma moto produz efeito. Ele remete a modelos do passado, motos com pegada multiuso, boas para asfalto e para escapadinhas na terra.

    BMW Scrambler R Nine T

    O resgate começou com a Ducati, no ano passado, Um mês atrás veio a Triumph, com sua Bonneville com kit "Scrambler" opcional. Agora, é a vez da BMW mostrar sua receita de Scrambler, usando para tal sua já charmosa R nineT. Escape? Alto, sobre pneus bem esculpidos. Guidão largo, ar de simplicidade completam a "fórmula". São motos essenciais, mas nada simplificadas. Juntam tecnologia moderna com visual conservador, ou quase isso. É uma tendência de longo prazo.

    Atitude da moda: agressividade
    O que dizer da MT-10, a Yamaha R1 travestida de naked (sem carenagens), que parece ter fugido de uma história em quadrinhos estilo Mangá? Que ela chegou tarde, mas muito bem: lembrem-se que há bons anos a Kawasaki, com suas Z750 (depois Z800, depois Z1000), mostrou o “caminho das pedras”.

    Yamaha MT-10

    São motos para serem domadas, cujo fãs não querem saber de frescuras como carenagem, bolha parabrisa, mas sim sentir a fúria do vento chicoteando o corpo em acelerações insanas. Moto para macho, mesmo. Neste mesmo tom, a italiana MV Agusta trouxe sua renovada Brutale 800, mas não há dúvidas de que, na categoria, a maior das motos da família MT da Yamaha foi a mais admirada.

    Moda para 'copiar': maxitrail
    Todos querem o trono da BMW R 1200 GS. A maxitrail alemã é unanimidade: moto mais vendida do catálogo da marca de Munique e inalcançável pelas concorrentes. Marcas gigantescas, como a líder mundial Honda, ou “premium”, como a italiana Ducati, tentam, em Milão, mais um ataque à rainha.

    Honda Africa Twin

    A Honda desencavou o nome Africa Twin e fez ver a definitiva versão de sua maxitrail para tentar desbancar a R 1200 GS. Tecnologia nipônica contra a sisuda tradição bávara: com um motor de desenho exótico, o bicilindro boxer, esconde um "know-how" atualíssimo e eficaz. Conseguirá esta nova Africa Twin, ao trocar o antigo motor V2 dos anos 1990 por um bicilindro paralelo, incomodar a alemã? Veremos.

    Quanto à Ducati, a receita não foi inovar, mas aproximar. Sua Multistrada ganha uma versão com Enduro no nome, e agora tem roda aro 19 na dianteira, como as R 1200 GS, motor mais longe do solo e pegada um tiquinho mais off-road. Ainda tem cara de Ducati, com DNA “rosso corse”, mas está mais pertinho das areias do Atacama do que do asfalto das subidinhas de montanha lisas como tapete. Ou seja, uma Multistrada mais Adventure, com as R 1200 GS casca-grossa.

    Ducati Multistrada 1200 Enduro

    Moda para 'todos': as 300 de grife
    Semana passada o mundo viu a versão definitiva da BMW G 310 R. Monocilíndrica, mas nada chocha. Moderna, mas não exagerada. Básica, mas não pobre. É a entrada da marca alemã em um segmento no qual, como comentei na coluna anterior, se destina a fazer números pesados, e crescer em 50% as vendas.

    Quem veio atrás deste mesmo cliente? Ora, vejam vocês, a Ducati (leia-se Audi, dona da marca), com sua Scrambler 62, uma 390 cc que apesar de bicilindrica mira um cliente semelhante e, claro, angariar mais clientes. E mais jovens.

    BMW G 310 R

    Como as BMW, as Ducati eram motos fora do alcance para jovens duros ou semiduros, gente que não pode se permitir grandes motos, pois mesada e salário de primeiro emprego não têm gordura. Quem sabe com estas 300 o sonho de uns – clientes – e de outros – fabricantes – se concretize?

    Ducati Scrambler Sixty2

    Para a democratização da moto de grife acontecer, de fato, elas não podem custar mais de R$ 20 mil quando chegarem ao Brasil - como prometido.

    Versalidade da moda: scooters
    A Honda mostrou o pau, mas não matou a cobra: seu scooter-conceito ADV, com pneus mistos e pegada de trail pode vir a ser fabricado muito em breve. Lembrando, um ano atrás a marca apresentou a Africa Twin como “conceito”, aqui mesmo em Milão e, agora, trouxe a versão definitiva. 

    Este scooter-conceito quase que certamente repetirá este processo, pois tem cara de produto em fase de industrialização, e não de estudo.

    Honda City Adventure

    Um scooter para andar em estradas ruins é algo inédito? Não. Lembra do Yamaha BW, um cinquentinha (ou 90 cc, em alguns mercados) que tinha pneus balão e mandava bem quando o asfalto sumia? O que a Honda propõe agora é, claro, algo de bem mais elaborado. Motorzão, dois freios a disco na dianteira mas, convenhamos, o “conceito” é dar um scooter a quem não quer escolher muito os caminhos, e capturar quem pretende unir a praticidade do scooters a versatilidade das trail. Outras marcas seguirão estas pegadas.

    Fora de moda: motos elétricas
    Onde estão as motos elétricas dos grandes fabricantes? Em Milão, ninguém pôs pilha no segmento, literalmente. A única marca realmente poderosa a investir em fonte de energia elétrica em duas rodas ainda é a BMW, com seu scooter C Evolution. Lançado em meados de 2014, ele ainda não tem nenhum rival.

    Honda e Yamaha, donas da fatia mais grossa do mercado mundial, não parecem crer que baterias podem ocupar o lugar de tanques de combustível, ainda. Culpa de quem? Do custo de produção elevado, e do consequente preço salgado, fora a baixa autonomia. Acabou a carga? Espere… 

    Há ainda certa insensibilidade de governantes que não dão o devido valor à "zero emissão" (de poluentes), deixando de isentar esses veículos e impostos, taxas ou o que for. Se, nos carros, o elétrico parece ser algo viável e os híbridos – mescla de motores a combustão interna com elétricos – são realidade, no mundo das motos esta moda ainda não pegou de fato, por impossibilidade técnica (dos híbridos) ou inviabilidade comercial pelo malvado binômio alto preço/baixas vendas do interesante BMW C Evolution. Sozinho no mercado como um como um papagaio na Islândia.

    Conclusão
    À exceção de elétricas, a “moda-moto 2016” traz um pouco de tudo. Grandes, pequenas, largas e baixas, simples e complicadas. As "custom", tão em voga em anos anteriores, parecem ter atingido seu patamar de estabilização e nada de efetivamente poderoso foi visto neste salão. E, então, de tudo isso que Milão mostrou, o que você achou mais “a sua cara?”. Qual a tendência que mais agrada você? Conte tudo…

    Fotos: Rafael Miotto/G1

Autores

  • Roberto Agresti

    Roberto Agresti pilota e escreve sobre motocicletas há três décadas.

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