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  • Honda SH 300i e Dafra Citycom 300i: preço é a grande diferença



     

    O preço divulgado pela Honda para uma de suas grandes novidades deste ano no Brasil, o scooter SH 300i, foi recebido com surpresa, na verdade com forte indignação. O valor sugerido, R$ 23.590, é um número “forte”, especialmente tendo em vista que o concorrente único, o já veterano – desde 2010 em nosso mercado –, Dafra Citycom 300i sai da loja por bem menos, R$ 17.890 (ou R$ 18.490 se a versão for o Citycom S 300i, mais potente).

     

    Uma passeada pelos comentários do leitores na reportagem sobre o lançamento da novidade Honda que foi publicada aqui mesmo dias atrás revela que praticamente 100% dos que se manifestaram o fizeram um tanto enfurecidos. Faz sentido pensar que entre o bem conceituado Dafra e o ainda desconhecido para o público geral Honda a diferença a pagar é um exagero, da ordem de R$ 5.100 (ou R$ 5.700 para o Citycom S). Com a quantia pedida pelo SH 300i dá para sair da revenda Dafra montado no Citycom e ainda passar na Honda e levar uma Pop 110i mas…  é isso mesmo o que conta?

     

    Pelo lado da razão, é claro que sim. Os scooters de 300cc alvo deste meu blablablá se equivalem em linhas gerais e servem ao mesmo propósito: levar do ponto A ao B preferencialmente em ambiente urbano, mas sem arregar se houver um teco de rodovia a percorrer. Ambos tem rodas de 16 polegadas, boas engolidoras das irregularidades que não faltam em nossas vias, espaço generoso sob o banco e a nada indiferente proteção contra as intempéries oferecida pela dupla parabrisa-escudo, que deixam peito e pernas bem  limpinhos e sequinhos durante a maior parte do tempo. Mas um custa X, e outro X acrescido de quase 30%… Honda SH 300i
    “Ah, mas é Honda, né?” Isso se ouve frequentemente e na alma desta frase está, em poucas palavras, o que fez da marca a líder mundial quando o assunto é veículo de duas rodas motorizado (tecnologia, robustez, pós-venda, valor de revenda…). Mas há também a conotação pejorativa, a irritação que dá à marca da asa uma fama de malvada, de pesar a mão excessivamente praticando uma política de preços cruel já que na cabeça de muitos existem veículos tão bons quanto os da Honda custando menos e oferecendo praticamente o mesmo.

     

    Sem entrar neste delicado mérito,que certamente tem tons de um Fla-Flu motociclístico, será este o caso destes dois scooters? Um é tão melhor assim do que o outro? Ainda é cedo para dizer. Os testes comparativos ainda não foram realizados pelas revistas especializadas. Elas esmiuçarão igualdades e diferenças, vantagens e desvantagens, e haverá também o veredito do usuário que virá cm o tempo e com os quilômetros, que decretará julgamento sobre durabilidade, custo de manutenção e, na hora da vender, sobre a depreciação.

     

    SH é líder na Itália
    O que dá para dizer agorinha é que na Itália, maior mercado europeu para scooters, a família Honda SH formada pelo 300i e versões de 150 e 125 cc é a campeã nas vendas, líder disparada do segmento em 2015 ocupando os três primeiros lugares no ranking de vendas assim dispostos: 1º lugar para o SH 150 (8.450 unidades vendidas), 2º para o SH 125 (6.849) e, finalmente, o SH 300 em 3º (6.802).  

     

    E o Citycom 300i? Sim, também é vendido por lá mas não agrada tanto, foi o 66º no ranking 2015, com 258 unidades vendidas. Importante registrar que também lá o SH 300 custa mais: o valor em euros que o consumidor italiano paga, 5.190, equivale a R$ 20.973 ao câmbio da segunda semana de março. Já pelo Citycom S 300i a pedida é de 3.860, ou seja R$ 15.600. A diferença regula com a daqui, os mesmos R$ 5 mil e alguma coisa…

     

    O que define o preço?
    Ao contrário do que a irritada maioria pensa, preço de produto industrializado não depende tanto do humor do chefe na hora da definição, mas sim de uma infinidade de fatores. Custo de produção certamente tem peso grande, mas incide também o posicionamento dentro de segmento que se pretende e neste quesito, a Honda brasileira não se fez de morta e nem de fingida, admitindo que, sim, quer colocar a novidade SH 300i em um patamar “premium”, capturar um público alvo para o qual dinheiro nesta magnitude, R$ 20 mil, não é um grande problema.

     

    Comprova esta política “para poucos e bons” a quantidade de SH 300i que pretende vender este ano, apenas 1.000, e a distribuição fortemente orientada para suas concessionárias localizadas nos grandes centros, especialmente o sudeste do Brasil, tática que certamente está deixando muitos de seus mais de mil concessionários malucos de raiva pois não haverá SH 300i para todos. Dafra Citycom 300i S 2017

    Levando em conta que a Dafra vendeu 2.250 Citycom 300i em 2015 o que a Honda alega pretender em termos de venda não parece nem sub nem superestimado. Essa leva inicial a meu ver sumirá das revendas, na sequência haverá ajustes, de quantidade e de preço, claro. E o mesmo vale para a Dafra, grande introdutora deste segmento e que merece palmas tanto pela aposta certeira quanto pela escolha de ter a taiwanesa SYM como fornecedora de seu best-seller Citycom, cuja qualidade, eficiência e solidez fizeram dele uma referência de mercado. Antes ele estava só no segmento e agora tem um rival peso-mais-do-que-pesado. Para enfrentar a chegada do scooter Honda a Dafra mexeu no motor, cavou cavalos e manteve o preço razoável. Seus clientes terão motivos para lhe serem fiéis.

     

    A chegada do Honda SH 300i, portanto, pode ser interpretada mais com uma expansão do segmento do que um ataque frontal. Ainda mais com este desnível de preço. Talvez uma análise apurada determine que haja algo a mais do que o mais evidente “degrau” tecnológico que separa o SH 300i do Citycom S 300i, que não justifica toda a diferença de preço, mas ajuda a montar uma parte do quebra-cabeça: os freios ABS. Isso, sabemos, é um equipamento que não é exatamente barato.

     

    Será curioso daqui um ano olhar o que aconteceu. Apesar da queda geral nas vendas de motos o segmento dos scooters parace imune ao mau momento de nossa economia. A oferta de uma novidade importante pelo dono do mercado vai alterar a cena? Em março de 2017 teremos a resposta, tanto de como andará o mercado como sobre o preção da novidade. Afetou ou não? A quem, à Dafra ou ao consumidor. Ou ambos?  

     

    Antes de fechar, um causo: em 1986 a Honda decidiu importar um lote de uma supermoto. Naquela época a maior máquina disponível no Brasil era a Honda CB 450 e, para “apavorar” a clientela (e a concorrência!) trouxeram 700 unidades da CBX 750F, que foram disputadas a tapa, vendidas pelo triplo do preço sugerido. Certamente isso não irá ocorrer com o SH 300i. Os tempos são outros e também o fator de atração é diferente. Mas brasileiro, sabemos, adora novidades e por causa disso o preço – ora o preço! – às vezes conta bem pouco.

    FOTOS: DIVULGAÇÃO

  • Viajar de moto no final de semana: os 6 passos para o sucesso

    Dicas de motos viagem de final de semana - Yamaha Ténéré 660
    Sábado e domingo chegando, a moto na garagem e uma ideia na cabeça: viajar! Para o plano dar certo e você poder matar de inveja seus colegas no trabalho, contando a bola dentro que foi seu passeio, vale dar uma repassada nos pontos mais importantes que, se respeitados, vão tornar tudo uma maravilha. Vamos lá!

    DESTINO - Exagerar jamais. Escolha um destino próximo e fácil, levando em consideração duas capacidades fundamentais. A sua e a de sua montaria. Motos pequenas, as de 125 até 160 cc, sofrem e fazem sofrer em viagens de mais de 150 km o que significará pelo menos duas horas de guidão ou mais.

    Se o plano é fazer da viagem um momento de relaxamento, remédio contra o estresse do dia a dia, não passe da medida. Lembre-se que é melhor escolher um lugar próximo e, chegando lá, explorá-lo devidamente realizando passeios curtinhos entremeados de descanso do que escolher uma meta distante e chegar lá um trapo, sem condições de aproveitar as atrações (natureza, balada ou o que seja) do lugar.

    Se sua motos for média ou uma verdadeira comedora de quilômetros, estilo bigtrail ou verdadeira touring à la Goldwing, distâncias de até 300 km são admissíveis tendo em vista o conforto oferecido. Mas, mesmo assim, vale a observação: viagem de fim de semana de moto tem de ser bem pensada, na medida certa de sua disposição, para que não se torne um sacrifício. E isso vale mais ainda se alguém estiver ocupando a garupa.



    PREPARAÇÃO - Viagem curta não obrigatoriamente precisa ser desinteressante. Deste modo, prepare seu roteiro estabelecendo um objetivo claro. Se é simplesmente curtir a moto e desfrutar do enorme prazer que é pilotar, evite rodovias sem curvas. Afinal de contas, se o barato é sentir a moto, que graça tem se plantar em uma longa reta em velocidade constante?

    Já em uma estradinha que serpenteia entre vales e montanhas, cada curva revela um novo panorama, cada curva determina a prazerosa ação de frear, escolher a marcha certa e determinar a trajetória perfeita. Uma vez, duas vezes, mil vezes: não conheço motociclista que não goste de “trabalhar o braço”, caprichando na tocada em uma viagem.

    Outro componente do prazer é deixar a moto OK para encarar a diversão. Nos dias que antecedem a viagem rememore a situação: pneus ok e calibrados? Óleo? E os freios, aguentarão a quilometragem sem ferrar seu disco ou tambor por um imprevisível componente desgastado demais? E o sistema de iluminação, vai bem, obrigado?

    BAGAGEM - Menos é mais, sempre. Nada mais chato do que uma bagagem volumosa e/ou excessiva. E isso vale mesmo para motos equipadas de bolsas laterais, baú ou ambos. Mesmo se bem acondicionada dentro destes compartimentos, muita coisa sempre é sinônimo de mais peso, o que sempre prejudica a agilidade, uma das qualidades mais relevantes de qualquer motocicleta.

    E, lembre-se também que excesso de quilos causará maior desgaste e potencializará problemas de toda ordem, principalmente o maior deles se sua moto não tem as citadas malas: a fixação da desgraçada! Ô coisa chata amarrar a bagagem e, poucos quilômetros depois, ter de parar pois “o monumento” está despencando, ou coisa pior como aquele elástico que enrosca entre a corôa e a balança de suspensão (arghhh!). Enfim, leve pouco peso e pouco volume, o curto espaço de tempo de um fim de semana não pode ser desperdiçado com chatices.




    PREVISÃO - A do tempo é a primeira. Fuja do mau tempo que sempre aumenta os riscos. Você até pode ser um excelente piloto na chuva, e gostar do desafio da tocada com baixa condição de aderência e visibilidade mas isso promove estresse, aumenta a chance de problemas, até mesmo aqueles que nada tem a ver com sua moto ou seu talento.

    Exemplo: enchentes, deslizamentos de terra, estradas interditadas… Existem várias maneiras de se informar sobre a meteorologia, TV, sites dedicados e etc, e assim não há desculpa ao optar por um fim de semana onde os céus não estavam sorrindo para motociclistas. Outra aspecto importante é o equipamento, sua indumentária. Passar frio ao guidão é péssimo, idem excesso de calor. O traje exato é fundamental.


    ATITUDE - Maneirar na expectativa é sagrado. Se você vai a um lugar conhecido, considere que tudo pode ter mudado, e aquela maravilhosa viagem de “X” tempo atrás hoje pode ter se transformado em uma total decepção. Controle os nervos, respire fundo e tente fazer do limão uma limonada, lembrando que nem tudo sai como a gente quer. E no caso de a viagem ser para um lugar desconhecido que se revelou um “megamico”, vale o mesmo. Fique frio! Não desconte frustrações na moto e nem na orelha dos eventuais companheiros de viagem.

    COMPANHIA - Ah, os companheiros! Eles são fundamentais para tornar qualquer viagenzinha mais divertida mas… às vezes acontece o contrário. Um cara que parecia legal pode virar um “nóia” ao primeiro contratempo. A amiga tão simpática e bonitinha pode ser incompatível com o que se espera de uma parceira para encarar a estrada. Premissa básica: viajar de moto é mais seguro quando feito em companhia por óbvias razões. Assim, não seja antissocial, mas escolha bem e seja feliz. 


  • A 'gigante' Honda acordou: moto mais vendida da história vira elétrica

    Honda EV-CUB e Super Cub Concept
    Em 2018, a Honda colocará no mercado uma versão elétrica de sua motoneta “galinha dos ovos de ouro”, a Cub. Tal notícia pôs fim a um gigantesco ponto de interrogação da indústria motociclística mundial. A questão era quase constrangedora: por qual razão o maior fabricante mundial de motocicletas não cedia de vez ao apelo, sustentável, “eco friendly”, dos veículos elétricos de duas rodas?

    Takahiro Hachigo, presidente da empresa há pouco mais de seis meses, se encarregou de enterrar esta suposta timidez na conferência de imprensa realizada em Tóquio no fim de fevereiro. Sucinto, mas definitivo nas palavras, o CEO da empresa definiu que, sim, o caminho já trilhado por concorrentes de peso como Suzuki, Yamaha, BMW e outros menos musculosos, de entrar no mercado das elétricas, também interessa à Honda.

    E demorou por quê?
    Dona de um soberbo currículo de inovação tecnológicas em áreas múltiplas, era no mínimo estranho ver a Honda envolvida em robótica de alto nível – o Asimo é o maior exemplo –, aviões, carros empurrados por motores híbridos e uma série de meios de locomoção inovadores, mas ver que quando o assunto é propulsão elétrica seu catálogo trazia apenas as bicicletas “Kushi”, nada hi-tech, cujo mercado prioritário é a China.

    Há mais de uma década – mais exatamente desde 2004 – a Honda vem apresentando protótipos movidos a motores elétrico. Em 2010 começou a oferecer um scooter batizado de EV Neo a operadores profissionais (empresas de entrega), vendas de baixo volume, longe de causar impacto e comprovar a viabilidade de expansão da propulsão elétrica. Mas, pelo jeito, tal ensaio deu a capacitação para projetos mais ousados.Honda EV-NEO


    Assim, agora o leão entrou no picadeiro, ou seja, está prometida para daqui dois anos nada menos do que a versão elétrica do veículo movido a motor mais vendido da face da terra, a galinha dos ovos de ouro da Honda, a motoneta Cub.

    Aqui no Brasil este segmento teve a Honda C 100 Dream como pioneira,vendida no começo dos anos 1990 e cuja evolução é a popularíssima Honda Biz, nada mais do que uma Dream modernizada na aparência mas que mantém a essência mecânica das Cub originais.

    Ponto importante do anúncio da Honda é o fato de ter sido com uma motoneta e não foi através de um scooter que a líder mundial entra de sola no setor elétrico, ao contrário dos concorrentes que citamos linhas acima. Esta sutil mas emblemática diferença vem atrelada ao volume de vendas.

    A 1ª elétrica da Honda destinada a produção em massa pretenderá isso mesmo, massificar o produto, vender muito, alcançar cifras que as atuais elétricas estão longe de conseguir tanto pelas naturais limitações do segmento scooter como pela conhecida economia de escala: as elétricas custam caro pois vendem pouco, e vice-versa.

    Assim, em 2018 começará a “invasão” dos watts da marca da asa, que segundo o presidente terá início pelo mercado interno e logo em seguida se espalhará pela chamada ASEAN (Indonésia, Vietnã, Malásia, Camboja, Tailândia e Filipinas, entre outros). E dali… para o resto do planeta!BMW C-Evolution


    Custo elevado
    É possível imaginar hipóteses que tenham levado a Honda a adotar atitude mais tímida neste âmbito dos veículos de duas rodas elétricos. De fato, ainda há entraves para considerá-los meios de locomoção eficazes e bem resolvidos. A baixa autonomia e custo elevado de produção das baterias e também aspectos relacionados a durabilidade das baterias e ao descarte quando a vida útil se extingue, além do peso.

    Por outro lado, podemos pensar que o anúncio da entrada no setor elétrico pode estar relacionado a algum fator tecnológico que eventualmente tenha dado à companhia japonesa a certeza de poder, mesmo atrasada, entrar pela porta da frente? Talvez. Uma eventual carta na manga técnica não está excluída, recurso técnico que tanto poderá ser aplicado a meios de transporte como uma motoneta como à uma superesportiva, que aliás já teve o protótipo mostrado no Tokyo Motor Show de 2011, a belíssima RC-E Concept.Honda RC-E


    Diante de todo este movimento, uma coisa é certa: o gigante acordou, e certamente daqui dois anos veremos sair das linhas de montagem uma legião de modernas Cub, que poderão se tornar as novas “galinhas dos ovos de ouro” da empresa. Yamaha E-Vino
    IMAGENS: Honda / BMW / Yamaha / Divulgação

  • Moto de Marc Márquez pode ser sua, mas custa mais de R$ 1,8 milhão

    Honda RC 213V-S
    Quanto custa um sonho sobre duas rodas? Se você sonha alto (bem alto!) e é um fã da motovelocidade, colocar a Honda RC213 V-S na sua garagem, a réplica da moto que Marc Márquez e Daniel Pedrosa usam na MotoGP, exigiria teóricos 200 mil euros. Ah, não esqueça de somar a esta cifra os impostos, taxas e demais custos, que aqui no Brasil geralmente duplicam o valor de um bem importado. Continha (modo de dizer…) rápida: no final você pagará 400 mil euros, ou seja, quase 1,8 milhão de reais.

    Loucura? Para alguns sim. Mas para cerca 250 felizardos, comprar esta moto foi a oportunidade não só de realizar um desejo como também fazer um bom negócio. Fabricada sob encomenda, em série limitadíssima de exemplares (+/-250 motos), esta maravilha da tecnologia sobre duas rodas já era, se esgotou pouco depois de anunciada em meados do ano passado. Detalhe: apenas uma foi entregue porque a produção começou agora. Assim sendo, se você quer mesmo ter esta preciosidade, prepare-se para desembolsar o tal 1,8 milhão de reais acrescido de mais algum, cifra que permita convencer um dos felizardos a encomendá-la a se desfazer dela.

    Como você leu aqui na semana passada, réplicas de motos de corrida são objetos do desejo de muitos e há pelo menos trinta anos são desovadas com parcimônia pelos fabricantes. Os três modelos dos anos 1980 da coluna passada, todos fabricados nos anos 1980, são hoje peças de coleção preciosas.

    Tal tipo de moto segue a regrinha “tostines”: fabricam se poucas porque custam caro, e custam caro porque fabricam-se poucas. Embutem o que há de melhor em termos de tecnologia, são plenas de simbolismo esportivo e, de quebra, trazem performance que justifica a aparente loucura que é comprá-las.

    A atual Honda RC213 V-S tem, segundo a Honda, 80% de componentes em comum com a exclusiva máquina que compete atualmente na MotoGP. Não é uma réplica só na aparência mas também nas entranhas. Sem cair ao nível do detalhe, que mereceria um livro e não uma coluna, basta dizer que ela não só tem um motor com a mesma configuração (V4 a 90 graus) e parte ciclística – chassi, suspensões, rodas e freios – que seguem as mais do que espetaculares especificações necessárias para vencer no campeonato mais exigente do motociclismo atual.Honda RC 213V-S


    Assim, não se engane, pensando que é apenas na aparência que a RC213 V-S segue as pegadas da moto de Márquez e Pedrosa: materiais nobres como titânio, fibra de carbono e etc. são usados como se fossem arame e papelão, resultando em uma máquina de 1.000 cc que pesa 171 kg a seco, apenas 20 quilinhos mais que a moto de pista. Achou muito? Pois não é, considerando que a RC213 V-S está homolgada para uso rodoviário, ou seja, tem farol, lanterna, piscas, suporte de placa, espelhos retrovisores e tudo mais que permitiria  a você estacionar na frente da balada e… bem. Talvez esse não fosse o melhor uso para ela, especialmente no Brasil, mas poder, poderia!

    Quando a Honda finalmente anunciou as especificações completas desta moto alguns se decepcionaram com a potência, “apenas 157 cv”, cifra menor do que a de muitas superesportivas de normal venda como a própria irmã CBR 1000RR Fireblade. Porém, este preço de 200 mil euros da RC213 V-S inclui um kit (opcional, 14 mil euros, vai querer?) que traz magiquinhas que elevam a potência a 212 cv, ou seja, bem perto dos alegados 250 cv que a real moto de corrida.Marc Marquez



    Os que andaram nela – e foram bem poucos, acreditem –, em um evento de aperesentação realizado na pista de Valência, na Espanha ficaram maravilhados. Alguns destes premiados jornalistas (nenhum brasileiro…) tinham já rodado com verdadeiras máquinas da MotoGP e destacaram a total similaridade de comportamento.

    Outro fez um comentário curioso: munido de um imã, não conseguiu que ele “grudasse” em nada, a não ser nos discos de freio que, ao contrário da MotoGP, não são de fibra de carbono mas sim de aço. A razão é que discos de carbono não funcionam em baixas temperaturas. Mas não se ofenda, pois os discos de aço da RC213 V-S são os mesmo que a moto de pista usa na chuva. Ah, bom…

    Ducati DesmosediciDucati Desmosedici RR

    Esta magnífica Honda sucede, a uma distância de oito anos, outra verdadeira race-replica da categoria MotoGP, a Ducati Desmosedici RR. Apesar de também ser uma preciosidade em termos de performance e materiais empregados, e trazer elementos praticamente idênticos à da Ducati usada à época, ela custava menos que a atual Honda.

    Anunciada na metade de 2007, a venda de tal moto foi anabolizada pelo domínio de Casey Stoner na temporada da MotoGP daquele ano, o que fez os 1.500 exemplares serem encomendados em um piscar de olhos. Um pouco por conta disso, o número de unidades ser bem maior do que o da Honda RC213 V-S, é que o preço desta Ducati não foi estabelecido em um patamar tão elevado, “apenas” 55 mil euros, cerca de 250 mil reais, o que se transformaria  (naquela continha de guardanapo de padaria) algo como meio milhão de reais para importá-la para o Brasil.
    Ducati Desmosedici RR

    Como na Honda, esta Ducati incorporava a mesma “persona” da moto de Stoner. Motor V4, pouco peso, muita cavalaria e um comportamento muito parecido ao da verdadeira racer. Rigidíssima, geniosa e exclusiva. Só mesmo um piloto com P maiúsculo para levá-la ao limite.

    Pertencentes a um mundo onde alta tecnologia, materiais preciosos e história esportiva pontilhada de conquistas se fundem, estas duas motos podem ser consideradas como as Mona Lisa da indústria da motos, obras primas dignas de museu que é, aliás, o lugar onde você as poderá ver de fato pois duvido muito que você dê de cara com uma estacionada na rua de sua casa aqui no Brasil.  

  • Troca de óleo do motor da moto: veja os 12 mandamentos


    Trocar o óleo do motor é barato, já o conserto de um motor danificado por descuidos com óleo dói muito no bolso. Esta é uma grande verdade, que vale para qualquer tipo de motor, principalmente os motores das motos.

    Por que “principalmente os motores de motos”? Várias são as razões. Se sua moto tem um motor refrigerado a ar, geralmente as monocilíndro de 100 a 300 cc, saiba você que isso não é totalmente verdade. Não é só o vento “lambendo” a superfície do cilindro ou (quando houver) “soprando” no radiador de óleo que se encarregará de manter temperatura ideal de exercício. Nestes motores o óleo tem um papel fundamental não só para minimizar atritos internos como também em espantar a “febre”, o calor excessivo que quase sempre leva a quebras ou desgastes precoces.

    Já nos motores com sistema de refrigeração líquida, geralmente maiores e/ou mais sofisticados, o óleo tem um papel levemente menor na tarefa de conter calor em excesso. Porém, tanto em um tipo de motor quanto em outras trocas frequentes, respeito à recomendação do fabricante quanto ao tipo de lubrificante e verificação constante do nível são atitudes fundamentais. Troca de óleo moto

    PARA E ANDA FATAL
    Um motor cuja vida seja feita de pequenos percursos intercalados por períodos extensos de parada sofre muito, quase tanto como um cujo dono acelera à fundo com ele frio. Mesmo se o óleo for novo e de excelente qualidade, é necessário não só fazer o motor funcionar em marcha lenta até que o lubrificante circule e alcance todas as partes e atingir uma temperatura razoável.

    O ideal é que o motor funcione sem grandes oscilações de temperatura mas… no dia-a-dia, especialmente em uso urbano, isso é bem difícil. Como não há termômetro de óleo na grande maioria das motos, vale usar o bom senso: as rotações devem ser o mais contidas possível nos primeiros três-cinco minutos de funcionamento de um motor que ficou parado por mais de duas horas. E em dias frios, este tempo deve ser estendido a até dez minutos antes de acelerar para valer. Caso seus trajetos sejam sempre curtos, capriche no aquecimento antes de partir. 

    A razão desses cuidados com a temperatura tem a ver com a viscosidade do óleo: quando frio ele é mais denso (ou viscoso, dá no mesmo), e portanto circula com maior dificuldades pelas entranhas do motor deixando partes desprotegidas. Já quando a temperatura é alta demais, acontece o oposto. A perda de viscosidade deixa o óleo “fino” demais e assim ele é incapaz de formar uma película lubrificante conveniente entre as partes metálicas em movimento, e não cumpre sua função de limitar atrito e consequente desgaste.

    Importante: oscilações muito frequentes e radicais de temperatura são responsáveis por uma deterioração progressiva na estrutura química do lubrificante e provoca a perda progressiva da eficácia. Isso exige prestar atenção não só na quilometragem, que é o dado mais comumente usado para determinar o momento certo de trocar o óleo, mas também no seu padrão de uso da motocicleta. O citado para e anda maltrata óleo e motor, e portanto demanda trocas mais frequentes. Outro problema vem da falta de uso, motos que ficam muito tempo paradas e cujo óleo perde as características ideais não pelos extremos de temperatura, mas sim pela oxidação natural que o contato com a atmosfera ocasiona.

    MANUAL DO PROPRIETÁRIO, SEU GURU
    De quanto em quanto você deve trocar o óleo do seu motor? Se você não se enquadra no caso dos cruéis utilizadores da moto fria em trajetos curtos ou na turma que a usa de vez em nunca, vale seguir o que o manual do fabricante indica.

    Os técnicos que projetaram seu motor trabalharam duro para garantir o emprego, fizeram o melhor possível e não iriam de jeito nenhum errar na recomendação de prazo. Outro aspecto é não inventar moda: siga EXATAMENTE o que o manual do proprietário recomenda para seu motor com relação a especificação numérica (5 W 40, por exemplo) e quanto às letrinhas que seguem tal numeração. Sem cair ao nível do detalhe, basta dizer que os números se referem à viscosidade em temperatura baixa (número menor) e temperatura alta (número maior), e as letras indicam a aditivação.

    Óleos designados para uso em motores motociclísticos levam em consideração que na maior parte deles a embreagem é do tipo “em banho de óleo”, e desta maneira a formulação dos aditivos prevê tal aspecto técnico. O uso de um óleo com viscosidade igual a recomendada no manual mas com aditivação diferente (um óleo para motores de automóveis por exemplo) pode causar problemas sérios no funcionamento da embreagem.

    Por ser uma ação simples, trocar de óleo não exige grandes conhecimentos mecânicos/técnicos, mas apenas atenção. Abaixo as regrinhas básicas para tal operação que, por ser frequente, pode ser feita por você mesmo:

    1. Verifique se você tem a ferramenta de medida adequada para soltar o chamado “bujão”, nome dado ao parafuso (geralmente de cabeça sextavada) que está na parte inferior do cárter do motor. Normalmente tal ferramenta comparece no kit de ferramentas que integra a maioria dos modelos.

    2. Informe-se da necessidade ou não de substituir a cada troca a arruela do referido bujão. Este dado deve constar do manual do proprietário.

    3. Solte o bujão tendo o cuidado de colocar sob o cárter um recipiente destinado a armazenar o óleo usado.

    4. Aqueça o motor antes da operação começar. Óleo quente, menos denso, sairá mais fácil do cárter do motor.

    5. Deixe escorrer o óleo por ao menos cinco-dez minutos, lembrando de retirar a tampa superior por onde entrará o óleo novo. Sem tampa o óleo escorrerá mais rapidamente.

    6. Feche o bujão sem apertá-lo demasiadamente: no manual haverá a indicação do torque necessário, mas como torquímetro nem todos tem, basta usar bom senso e não exagerar no aperto, e tampouco deixar o bujão frouxo demais.

    7. Evite meleca munindo-se de um funil para colocar o óleo novo não sem antes se certificar da quantidade exata, outro dado que constará no manual.

    8. Verifique o nível antes de completar a operação. Atualmente há motos com visores transparentes com marcas do nível máximo e mínimo. Outras motos tem vareta em cuja ponta há o mesmo. Neste segundo caso o nível se mede em geral com a vareta desparafusada.

    9. O óleo novo deve sempre alcançar o nível máximo mas nunca superá-lo. Óleo demais é tão nocivo quanto de menos.

    10. Após concluir a operação, feche a tampa de abastecimento do óleo e ligue o motor. Verifique se não há vazamento visível pelo bujão e, se puder, deixe uma folha de papel debaixo do cárter durante algumas horas.  Se o motor vazar, nem quem seja um pingo, o papel vai te avisar.

    11. Informe-se sobre a frequência da troca ou necessidade de limpeza do filtro de óleo. Algumas motos tem filtros tipo cartucho de papel, que em geral devem ser substituídos de maneira alternada, troca sim, troca não. Em outras o filtro é metálico, que demanda limpeza e não substituição. Mais uma vez, consulte sua majestade, o manual.

    12. Habitue-se a verificar o nível. Seja pelo visor, seja pela vareta, esse é um “vício” que todo motociclista deve ter. O mesmo vale para dar um destino sustentável ao óleo usado: leve-o a um posto de combustíveis, onde sempre há tambores para o descarte.Troca de óleo moto

    Como dito no início, óleo é relativamente barato, consertar motor bem mais caro. Trocas frequentes, atenção ao nível e à qualidade e especificação do óleo são o segredo de um motor saudável, lembrando que é natural que durante o arco de utilização o nível baixe. Motores novos tendem a consumir mais óleo por conta dos maiores atritos normais em um motor mais “justinho,” coisa que tende a se reduzir quando a quilometragem aumentar, se encarregando de tornar as folgas maiores. Motores muito rodados também tendem a consumir mais óleo mas por razão opostas, pois folga demais tende promove queima do óleo, sintoma facilmente reconhecível pela fumaça branca saindo do escapamento. Seja como for, pense sempre no óleo como um amigo: você não pode jamais descuidar dele!     

    MECÂNICA: VEJA COMO O QUE MEXER NA MOTO EM CASA


  • Sua moto fica muito tempo parada? Veja como evitar problemas


    Em casa de ferreiro, o espeto é de pau. Este modo de dizer serve bem para mim, que paguei pecados por um erro que alguém às voltas como motores há muitas décadas como eu não poderia jamais ter cometido. O que fiz? Larguei minha pequena Honda Pop 100 sem uso durante meses, sem tomar as devidas providências.

    Em minha defesa, afirmo: eu sabia de tudo de ruim que aconteceria, mas não havia como contornar, e deu no que deu… Sem entrar nos detalhes da burrada, foco no ponto crucial que é como evitar problemas em uma moto parada por muito tempo.

    Primeiro de tudo, definir “muito tempo”? Uma semana pode ser muito, se sua moto estiver com uma bateria cansada. Se você usa sua moto regularmente – pelo menos umas 3 vezes por semana e por períodos acima de meia hora – sua bateria deverá suportar tranquilamente uma inatividade de ao menos uma semana-10 dias. Tal verdade se aplica a baterias de no máximo 2 anos de vida que é, hoje em dia, a média de vida útil deste componente. No passado, especialmente por conta dos materiais usados, baterias costumavam durar mais. Hoje baterias livres de manutenção (nas quais não é possível completar o nível da água destilada) têm vida útil menor. Conforme-se.

    Sugadora de volts
    Mas, então, o que fazer? Regra básica nº 1 é evitar descargas de energia excessivas no período imediatamente anterior ao de “hibernação”, no qual sua moto ficará muito tempo sem uso. Isso quer dizer, em termos práticos, evitar absolutamente o uso de buzina, um dispositivo sugador de volts. Se acaso sua moto tiver partida elétrica, evite também partidas prolongadas ou uso intenso no período imediatamente anterior ao da imobilização.

    Um truque que pode ajudar (e depende muito da facilidade de acesso da bateria) é desligar o pólo negativo, o cabo preto, tomando cuidado para isolá-lo de qualquer contato. No entanto, este expediente pode ser contraindicado em caso de motos com eletrônica mais sofisticada, as motos maiores, que podem sofrer uma desprogramação do sistema eletrônico. O melhor é consultar o seu mecânico sobre o tema, ou então deixar a bateria plugada a um pequeno carregador, que, mais do que carregar, evita que ela se descarregue.

    Nas motos pequenas, a bateria não é a maior fonte dos problemas pois, mesmo se 100% descarregadas (o que não fará muito bem à bateria…), geralmente elas não afetam o funcionamento do motor. A partida elétrica, óbvio, não funcionará, mas, como no caso de minha Pop 100, ali estará o salvador da pátria, o pedalzinho de partida, que sempre dá conta de "acordar" o motor, caso o mais cruel dos problemas das motos paradas por muito tempo não tenha se instalado, com todos seus malefícios: a gasolina velha.

    Combustível 'gagá'
    Gasolina velha pode prejudicar a moto

    Nada pior do que um sistema de alimentação impregnado de combustível deteriorado. No caso disso ter acontecido, você estará – como eu – ferradão, e haja tempo e mão de obra para recolocar as coisas seu devido lugar, fazer a correta assepsia do sistema para que tudo volta a funcionar.

    Qualquer gasolina tem prazo de validade. A nossa, de um modo geral, não prima pela qualidade. Técnicos no assunto estabelecem 6 meses como prazo máximo antes do combustível se tornar inadequado. Isso se ele for mantido em armazenamento ideal, que não é o caso do seu tanque.

    Pergunta: no posto onde você abastece te informam o prazo de validade do combustível? Claro que não! Por isso, é prudente considerar a metade deste prazo, 3 meses, como a validade real desde que alguns prodedimentos sejam respeitados desde o momento que você a adquire até o uso.

    Os sintomas
    Antes de falar como manter sua gasolina "jovem" por mais tempo, vou citar os sintomas que a gasolina ruim/velha causa em sua moto. Em casos extremos, o motor simplesmente não “pega” ou, quando funciona, o faz de maneira iregular, falhando, respondendo de maneira estranha ao comando do acelerador.

    Em caso de gasolina velha em motos mais simples ou antigas, equipadas com carburador, é preciso desmontar e limpar o sistema

    No caso de motos mais simples ou antigas, equipadas com carburador, a cura para isso implica na desmontagem e limpeza do sistema, pois a gasolina vencida se deteriora, formando depósitos, uma espécie de goma que adere às pequenas passagens dos giclês, nome dado a tubinhos com furinhos mínimos cujo papel é participar ativamente da elaboração da mistura ar+combustível, responsável pelo funcionamento de qualquer motor à combustão interna.

    Motores mais modernos, dotados de sistemas de injeção eletrônica de combustível também sofrem com a gasolina deteriorada, mas menos: geralmente o motor funciona, mas muito mal, dando clara mostra de não estar gostando nada da bebida que lhe está sendo servida.

    Gasolina velha retirada do tanque da moto

    Como resolver
    Procedimento padrão em ambos casos é se livrar do líquido deteriorado, com o cuidado de não empestear o meio ambiente, ou seja, jamais jogar gasolina (ou óleo) em um ralo ou em qualquer outro local que não seja um distribuidor de combustíveis. Isso mesmo: o lugar onde você adquire combustível é o ideal para se livrar dele. Em todo posto devem existir tambores destinados a receber óleo queimado e gasolina velha, que será transportada até um lugar onde tais líquidos serão devidamente reciclados.

    Desmontar um carburador e limpá-lo não é algo complexo, mas tal atividade é e será sempre melhor se deixada para profissionais.

    Como evitar
    Assim, se o mal já foi feito, melhor explicar o que fazer para evitar que tudo se repita da próxima vez, caso sua moto vá ficar parada por mais de duas semanas.

    1ª Sempre deixe o tanque cheio até a boca: quanto menos ar houver no reservatório, menor será a evaporação do combustível e sua consequente oxidação, que é a maior responsável pelo envelhecimento e surgimento da tal goma maldita.

    2ª Prefira gasolina aditivada ou do tipo premium, que à diferença da gasolina comum, conta com aditivos antioxidantes, que retardam o envelhecimento.

    3ª Se o período sem uso for maior do que 2 ou 3 meses, antes de ressucitar sua moto, simplesmente retire a gasolina velha do tanque e a substitua por uma nova.

    4ª Caso sua motocicleta tenha torneira de combustível, antes de deixar a moto descansar pelo período que for, coloque-a na posição fechada e deixe o motor funcionar até “apagar”. Isso fará com que o carburador praticamente seque. Quer caprichar neste item? Após o motor morrer sozinho, esvazie a cuba, nome dado ao reservatório situado na parte inferior do carburador, onde sempre há um parafuso e um dreno, mangueirinha destinada exatamente para esta finalidade. Não esqueça de apertar parafuso novamente, após o pouco de gasolina restante ter parado de escorrer.

    5ª Evite deixar sua moto exposta ao sol ou calor excessivo, fatores que aumentam a prejudicial evaporação do combustível.

    6ª Outra dica importante se refere aos pneus: se possível, deixe sua moto estacionada no cavalete central, se houver. Em caso negativo, infle-os com pressão maior do que a recomendada, cerca de 20%-25% a mais. O objetivo é duplo: tanto o de minimizar eventuais deformações dos pneus quanto encontrar a moto com condições de encarar o trajeto até o calibrador mais próximo.

Autores

  • Roberto Agresti

    Roberto Agresti pilota e escreve sobre motocicletas há três décadas.

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