• Scrambler, Bonneville, R nineT e Forty-Eight: moda retrô pega nas motos

    A chegada ao mercado brasileiro da Ducati Scrambler, da Harley-Davidson Forty Eight atualizada e das inéditas Triumph Bonneville reforça um segmento que mostra grande vigor em todo mundo. Aqui, ao que parece, não está sendo diferente.

    Tais motos se caracterizam por ter um visual mais essencial, antiguinho até, mas que trazem tecnologia alinhada às mais modernas máquinas da atualidade. Moda passageira ou não, o fato é que este gênero de motos está cada vez mais na “wish list “ de um variado rol de motociclistas.

    Importante alertar que estas motos citadas assim como a BMW R nineT, disponível no Brasil há mais de um ano, e a Royal Enfield Continental GT que deverá pisar no Brasil ainda em 2016, não são exatas réplicas de modelos do passado. Em alguns casos, Ducati Scrambler e Triumph Bonneville, são reinterpretações atualizadas de motos de mesmo nome fabricadas no passado. H-D Forty-Eight, BMW R nineT e Royal Enfield Continental GT são criações atuais em esquema saudosista. 

    DUCATI SCRAMBLERDucati Scrambler Sixty2
    Curioso lembrar que quase 50 anos atrás, quando chegou ao mercado, a Ducati Scrambler original não chamou grande atenção e tampouco representou um “case” de sucesso. Na verdade foi o tempo que se encarregou de dar à ela um status de “cult bike” e ser perseguida por colecionadores. A atual “sede” pelo estilo Scrambler – nome que determina motocicletas que podem rodar tanto no asfalto quanto em estradas ruins – e por tudo que pareça vintage estimulou o renascimento da novidade reinterpretada.


    Será difícil errar se dissermos que ela será um sucesso entre nós como está sendo no resto do planeta, inclusive porque é a linha mais acessível da marca italiana. Além da Scrambler 800, o país vai receber a versão de menor cilindrada, chamada de Sixty2, e que fez estreia no Salão de MIlão.

    TRIUMPH BONNEVILLE
    Outra motocicleta que segue esta mesma vertente para conquistar clientes – cara de antiga com alma moderna – são as Triumph Bonneville, que no entanto são mais fiéis às origens, mas nem tanto…. A Ducati Scrambler original dos anos 1960 tinha um motor de um cilindro com 450cc. Triumph Bonneville T120

    A atual recebeu um moderníssimo bicilíndro em V de 802 cc e a versão menor um bicilindrico de 399 cc. Na Triumph os ingleses optaram por mais tradicionalismo e assim as Bonneville atuais também são empurradas por um motor de dois cilindros paralelo como a velha “Bonnie" do fim dos anos 1950. O que mudou foi o tamanho: agora ha motores de 900 e 1.200 cc contra os parcos 650cc da primeira destas Triumph de 1959.

    BMW R NINET
    BMW R nineT Scrambler
    Alemães também se renderam ao gosto do mercado com uma interpretação bem particular da tendência, mas em vez de reproduzir uma de suas clássicas motos da série R, fabricadas com mínimas alterações estéticas dos anos 1920 até praticamente 1950-1960, a BMW preferiu um caminho mais parecido com o da Ducati.


    A R nineT é uma roadster no melhor estilo Café Racer, essencial e atraente justamente por isso: farol, guidão, tanque banco e motor se apoiam a uma esturura mínima valorizando o motorzão (1.170cc), o mais moderno dos boxer refrigerados a ar, arquitetura idêntica à das mais tradicionais BMW. Porém, nunca hove nada nem sequer parecido na linha da marca alemã no passado. E sua linha acabou de crescer com a chegada da R nineT Scrambler, lançada no Salão de Milão.

    HARLEY-DAVIDSON FORTY-EIGHT
    Tradicionais por excelência, todas as Harley-Davidson poderiam ser encaixadas em maior ou menor grau neste gosto por motos novas com ar antigo. Mas uma delas em particular se destaca neste ambiente, a Forty-Eight, cujo design limpo lembra as motos do imediato pós-guerra, as H-D do exército norte-americano que vendidas a preço de banana eram depenadas de todo o aparato supérfluo, Tais máquinas resultaram no estilo Bobbers. Mais caprichada no quesito suspensões na versão para 2016, a Forty-Eight é outra moto que, como todas acima, tem sabor de velhos tempos.Harley-Davidson Forty-Eight
    Curiosidade: ela se chama Forty-Eight, quarenta e oito em inglês, em alusão à introdução do tanque estilo “peanut” na linha da marca norte-americana. 

    ROYAL ENFIELD CONTINENTAL GT
    Prestes a chegar – melhor dizendo voltar – é a quinta e última marca de motos modernas/antigas de nossa listinha, a lendária Royal Enfield, uma das mais emblemáticas marcad na épca em que os ingleses davam as cartas na indústria da moto. As Royal Enfield já foram vendidas no Brasil por um curto período, via importador independente, há poucos anos atrás. Contudo, estas clássicas motocicletas estão prestes a serem recolocadas no mercado pela própria Royal Enfield, atualmente uma empresa de capital indiano.

    Desde os anos 1950 a gigantesca Índia contava com as Royal Enfield, fabricadas localmente por uma subsidiária para abastecer principalmente a polícia e o exército indiano. A fábrica inglesa fechou em 1971 mas a marca sobreviveu na Índia. Recentemente uma injeção de capital levou à atualização dos modelos em termos técnicos, mas o estilo e arquitetura tradicionais foram mantidos. Royal Enfield Continental GT
    Entre todas Royal-Enfield o modelo mais elegante é a Continental GT, uma café racer pura, com motor monocilíndrico de 535cc. O visual não deixa dúvidas quanto o respeito às origens, porém, signo dos novos tempos é a alimentação do motor por injeção eletrônica Keihin em respeito às normas antiemissões e – ainda bem – a garantia de apertar o botão de partida e ouvir o motor acordar, coisa que nos parece óbvia atualmente, mas que não era algo tão comum assim de acontecer nas Ducati Scrambler, Triumph Bonneville, antigas H-D, Royal Enfield ou BMW alimentadas por mal-humorados carburadores dos modelos originais. O gosto pelo antigo está, felizmente, limitado ao estilo e não ao funcionamento problemático do passado.

    FOTOS: DIVULGAÇÃO / EICMA

  • Salão de Milão: a moda e as motos


    Ah, Milão! Chique, elegante, apressada e especialmente cinzenta nestes dias de outono. A São Paulo italiana, centro financeiro e industrial do país, amanhece encapada por uma espessa neblina que não consegue de jeito nenhum esconder sua conhecida vocação. A de ditadora de tendências do mundo da moda. Mas a moda, no caso, não é a vista no quadrilátero formado por Via della Spiga, Manzoni, Montenapoleone e Corso Venezia. Em vez dos pretinhos nada básicos, de estampas elaboradas, cortes arrojados ou tecidos preciosos, nesta semana são as motocicletas que usam Milão como rampa de lançamento de tendências.

    No Eicma, nome oficial do Salão de Milão – principal mostra da indústria da moto mundial – os estandes das principais marcas do planeta imitam as vitrines chiques do centro. Como sempre, boa apresentação é meio caminho andado, e o pavilhão de exposições de arquitetura futurista projetado por Massimilano Fuksas é embalagem mais do que apropriada  para a exposição da “moda-moto 2016”.

    Os principais lançamentos? Você já sabe quais foram: o G1 vem mostrando desde segunda, véspera da abertura do salão, fotos e vídeos das novidades mais fortes (veja a cobertura completa). Agora cabe analisar cada uma das tendências vistas nesta importante mostra.

    Palavra da moda: Scrambler
    Se você ainda não ouviu esta palavra, está por fora. Milão 2016 sacramentou que aplicar o nome Scrambler em uma moto produz efeito. Ele remete a modelos do passado, motos com pegada multiuso, boas para asfalto e para escapadinhas na terra.

    BMW Scrambler R Nine T

    O resgate começou com a Ducati, no ano passado, Um mês atrás veio a Triumph, com sua Bonneville com kit "Scrambler" opcional. Agora, é a vez da BMW mostrar sua receita de Scrambler, usando para tal sua já charmosa R nineT. Escape? Alto, sobre pneus bem esculpidos. Guidão largo, ar de simplicidade completam a "fórmula". São motos essenciais, mas nada simplificadas. Juntam tecnologia moderna com visual conservador, ou quase isso. É uma tendência de longo prazo.

    Atitude da moda: agressividade
    O que dizer da MT-10, a Yamaha R1 travestida de naked (sem carenagens), que parece ter fugido de uma história em quadrinhos estilo Mangá? Que ela chegou tarde, mas muito bem: lembrem-se que há bons anos a Kawasaki, com suas Z750 (depois Z800, depois Z1000), mostrou o “caminho das pedras”.

    Yamaha MT-10

    São motos para serem domadas, cujo fãs não querem saber de frescuras como carenagem, bolha parabrisa, mas sim sentir a fúria do vento chicoteando o corpo em acelerações insanas. Moto para macho, mesmo. Neste mesmo tom, a italiana MV Agusta trouxe sua renovada Brutale 800, mas não há dúvidas de que, na categoria, a maior das motos da família MT da Yamaha foi a mais admirada.

    Moda para 'copiar': maxitrail
    Todos querem o trono da BMW R 1200 GS. A maxitrail alemã é unanimidade: moto mais vendida do catálogo da marca de Munique e inalcançável pelas concorrentes. Marcas gigantescas, como a líder mundial Honda, ou “premium”, como a italiana Ducati, tentam, em Milão, mais um ataque à rainha.

    Honda Africa Twin

    A Honda desencavou o nome Africa Twin e fez ver a definitiva versão de sua maxitrail para tentar desbancar a R 1200 GS. Tecnologia nipônica contra a sisuda tradição bávara: com um motor de desenho exótico, o bicilindro boxer, esconde um "know-how" atualíssimo e eficaz. Conseguirá esta nova Africa Twin, ao trocar o antigo motor V2 dos anos 1990 por um bicilindro paralelo, incomodar a alemã? Veremos.

    Quanto à Ducati, a receita não foi inovar, mas aproximar. Sua Multistrada ganha uma versão com Enduro no nome, e agora tem roda aro 19 na dianteira, como as R 1200 GS, motor mais longe do solo e pegada um tiquinho mais off-road. Ainda tem cara de Ducati, com DNA “rosso corse”, mas está mais pertinho das areias do Atacama do que do asfalto das subidinhas de montanha lisas como tapete. Ou seja, uma Multistrada mais Adventure, com as R 1200 GS casca-grossa.

    Ducati Multistrada 1200 Enduro

    Moda para 'todos': as 300 de grife
    Semana passada o mundo viu a versão definitiva da BMW G 310 R. Monocilíndrica, mas nada chocha. Moderna, mas não exagerada. Básica, mas não pobre. É a entrada da marca alemã em um segmento no qual, como comentei na coluna anterior, se destina a fazer números pesados, e crescer em 50% as vendas.

    Quem veio atrás deste mesmo cliente? Ora, vejam vocês, a Ducati (leia-se Audi, dona da marca), com sua Scrambler 62, uma 390 cc que apesar de bicilindrica mira um cliente semelhante e, claro, angariar mais clientes. E mais jovens.

    BMW G 310 R

    Como as BMW, as Ducati eram motos fora do alcance para jovens duros ou semiduros, gente que não pode se permitir grandes motos, pois mesada e salário de primeiro emprego não têm gordura. Quem sabe com estas 300 o sonho de uns – clientes – e de outros – fabricantes – se concretize?

    Ducati Scrambler Sixty2

    Para a democratização da moto de grife acontecer, de fato, elas não podem custar mais de R$ 20 mil quando chegarem ao Brasil - como prometido.

    Versalidade da moda: scooters
    A Honda mostrou o pau, mas não matou a cobra: seu scooter-conceito ADV, com pneus mistos e pegada de trail pode vir a ser fabricado muito em breve. Lembrando, um ano atrás a marca apresentou a Africa Twin como “conceito”, aqui mesmo em Milão e, agora, trouxe a versão definitiva. 

    Este scooter-conceito quase que certamente repetirá este processo, pois tem cara de produto em fase de industrialização, e não de estudo.

    Honda City Adventure

    Um scooter para andar em estradas ruins é algo inédito? Não. Lembra do Yamaha BW, um cinquentinha (ou 90 cc, em alguns mercados) que tinha pneus balão e mandava bem quando o asfalto sumia? O que a Honda propõe agora é, claro, algo de bem mais elaborado. Motorzão, dois freios a disco na dianteira mas, convenhamos, o “conceito” é dar um scooter a quem não quer escolher muito os caminhos, e capturar quem pretende unir a praticidade do scooters a versatilidade das trail. Outras marcas seguirão estas pegadas.

    Fora de moda: motos elétricas
    Onde estão as motos elétricas dos grandes fabricantes? Em Milão, ninguém pôs pilha no segmento, literalmente. A única marca realmente poderosa a investir em fonte de energia elétrica em duas rodas ainda é a BMW, com seu scooter C Evolution. Lançado em meados de 2014, ele ainda não tem nenhum rival.

    Honda e Yamaha, donas da fatia mais grossa do mercado mundial, não parecem crer que baterias podem ocupar o lugar de tanques de combustível, ainda. Culpa de quem? Do custo de produção elevado, e do consequente preço salgado, fora a baixa autonomia. Acabou a carga? Espere… 

    Há ainda certa insensibilidade de governantes que não dão o devido valor à "zero emissão" (de poluentes), deixando de isentar esses veículos e impostos, taxas ou o que for. Se, nos carros, o elétrico parece ser algo viável e os híbridos – mescla de motores a combustão interna com elétricos – são realidade, no mundo das motos esta moda ainda não pegou de fato, por impossibilidade técnica (dos híbridos) ou inviabilidade comercial pelo malvado binômio alto preço/baixas vendas do interesante BMW C Evolution. Sozinho no mercado como um como um papagaio na Islândia.

    Conclusão
    À exceção de elétricas, a “moda-moto 2016” traz um pouco de tudo. Grandes, pequenas, largas e baixas, simples e complicadas. As "custom", tão em voga em anos anteriores, parecem ter atingido seu patamar de estabilização e nada de efetivamente poderoso foi visto neste salão. E, então, de tudo isso que Milão mostrou, o que você achou mais “a sua cara?”. Qual a tendência que mais agrada você? Conte tudo…

    Fotos: Rafael Miotto/G1

  • BMW quer crescer 50% com moto de baixa cilindrada e 'peitar' a KTM


    BMW, três letras que colocadas juntinho, significam muito. Principalmente dinheiro: tanto motos como carros desta marca ocupam o mais alto posto entre os objetos do desejo de quem quer se locomover sobre rodas (o colunista viajou à Alemanha pela Revista da Moto! e a convite da BMW). São máquinas exclusivas que custam caro, e custam caro porque são máquinas exclusivas. Como queiram.

    A BMW é um camaleão industrial, mudando conforme o momento. Quando nasceu, no começo do século 20, fabricava motores aeronáuticos. Do movimento das hélices passou ao movimento de rodas. O primeiro veículo com logotipo BMW foi uma motocicleta, a R 32 de 1923. À partir dos anos 1950, carros viraram o negócio principal mas em Munique nunca deram as costas a sua primeira “paixão”, as duas rodas. Apesar de ingleses e italianos, antigos donos da indústria da moto mundial, e dos japoneses de agora, motos BMW, em qualquer época, sempre foram respeitados ícones.

    VEJA COMO É A G 310 R E ESCUTE O MOTOR:

    No passado as BMW eram lembradas principalmente pela robustez, hoje pela tecnologia e… pelo preço elevado, o que não impede que sejam líderes do segmento acima de 500 cc em 26 países, tendo vendido um total de 121.622  motos até este outubro, superando em 11,5% o período anterior.

    E no Brasil, como é? Se considerarmos apenas as marcas tidas como “premium”, ela é a nº1. Bate por pouco a americana Harley-Davidson, vende o dobro que a Triumph e deixa à Ducati a lanterninha em um lucrativo mas estreito bolo de pouco mais de 16 mil unidades vendidas em 2015, até outubro inclusive, onde a parte que cabe à BMW é de 6,4 mil unidades.

    Se essa conta do mercado nacional considerar as motos “acima de 500 cc”, as BMW abocanham algo como 13% do bolo, ocupando um instigante 3º lugar atrás de Honda e Yamaha com suas bem mais populares (e baratas) CB 500, XJ6 e MT-07.
    BMW G 310 R

    Porém, pelo que ouvi em Munique na última quarta-feira (11), tal panorama poderá mudar. Como o lançamento de sua interessante G 310 R, uma roadster moderninha, a BMW quer bem mais clientes do que tem hoje, e clientes diferentes.

    Segundo os chefões alemães não se trata de uma popularização da marca, mas sim de conceder a quem quer ou precisa de motos menores a oportunidade de entrar no mundo BMW. Para isso a BMW conta conosco, brasileiros, e também com asiáticos da Indonésia, Malásia e Vietnã por exemplo, sempre sedentos por duas rodas. E enfie neste balaio também os indianos, que não apenas vão contribuir com numerosos clientes mas também com a fabricação da novidade.

    Uma BMW made in Índia choca? Não há porquê: a BMW estabeleceu uma parceria com a TVS (lembram da Apache, da Dafra? Pois é, é uma TVS!) com o intuito de construir com qualidade mas a preço acessível. Projetada na Europa, a G 310 R será fabricada na terra de Gandhi. No Brasil será montada em Manaus e chegará as revendas ainda em 2016, segundo trimestre.

    VEJA COMO ANDA A KTM 390 DUKE, RIVAL DA G 310 R:


    O plano todo visa fazer a BMW Motorrad, como é chamada a divisão de motos da empresa alemã, incrementar suas vendas em nada menos que 50% até o ano de 2.020. Para isso, não só contará com a G 310 R mas também como scooters menores que os atuais C 650 Sport e C 650 GT, além de elevar em termos globais o número de suas revendas das atuais 1.100 para 1.500.

    Não é a primeira vez que a BMW fabrica uma moto de pequena/média cilindrada. A R 39 de 1925, segundo modelo da marca, era empurrada por um motor monocilíndro de 247 cc. 90 anos atrás assim como é a G 310 R hoje, era uma vitrine de tecnologia alemã. BMW R39 de 1925
    A estratégia expansionista da BMW anunciada ontem tem, também, ingredientes ocultos, menos idealistas do que conceder a mais gente a “oportunidade de entrar no mundo BMW “, ou mercantilistas, crescer 50% em cinco anos. KTM 390 Duke

    Como se sabe, o inimigo frequentemente mora ao lado e os austríacos de Mattighofen, leia-se KTM, estão bem pertinho dos alemães da BMW não só geograficamente: fazem motos aventureiras com as da linha GS da BMW, fazem superesportivas como a BMW S 1000 RR e, principalmente, fazem as interessantes KTM 390 Duke e 200 Duke, atraentes e não a toa parecidíssimas com esta BMW G 310 R.

    No fim das contas, a luta é sempre será por mais clientes, por maior fatia de mercado, mas a BMW sabe, como eu sei e você também, que os jovens de hoje estão menos interessados por motos do que estiveram no passado. E certamente um modo de atraí-los é com produtos marcantes e que custem menos dinheiro como esta nova roadster. O tempo mostrará se a estratégia vai dar certo…

    FOTOS: Roberto Agresti / G1 / Divulgação

  • CB Twister chega para briga com a Fazer 250, 'pedra no sapato' da Honda

    Yamaha Fazer 250 e Honda CB Twister
    Uma das mais promissoras novidades para o ano de 2015 é a Honda CB Twister, que chega para ocupar a vaga da conhecida CB 300. Apesar do nome repetido – a Honda já teve uma CB 250 Twister em sua linha de 2001 a 2008 – esta nova moto é 100% inédita.

    Apresentada ao público no Salão das Duas Rodas, realizado há menos de um mês atrás em São Paulo, a missão desta reinventada Twister é não apenas substituir a CB 300 mas também enfrentar de maneira mais consistente uma rival incômoda, a Yamaha YS 250 Fazer.

    Incômoda? Sim: nenhum outro modelo da Yamaha consegue ser tão competitivo face a uma concorrente direta feita pela Honda no mercado nacional. Como é notório, a marca da asa é dona de mais de 83% do bolo nas vendas de motocicletas no Brasil enquanto a Yamaha, histórica 2ª colocada, tem pouco mais de 10%. Todavia, comparando as vendas das rivais diretas Yamaha YS 250 Fazer e Honda CB 300, a proporção diminui fortemente, e passa a 65,5% para a Honda e 34,5% para a Yamaha.

    O sucesso da Fazer 250 não é gratuito. Ela é reconhecidamente uma boa moto, “redondinha”, que concilia boa performance com economia e robustez, além de ser confortável e ter um design que parace não envelhecer. A CB 300 não é ruim, todavia desde seu lançamento, em final de 2008, sofre críticas cá e lá.Honda CB Twister

    A mais suave diz respeito a ser volumosa, pesada, rígida demais. A mais grave denuncia que seu motor não segue o proverbial padrão de durabilidade das Honda. Em seus 7 anos de mercado conquistou muitos fãs mas também um séquito de detratores, e daí a Fazer 250 se dar tão bem, estimulando a Honda a trabalhar em uma moto 100% nova para esta briga importante.

    TENDÊNCIA É CRESCER
    As estradeiras desta faixa são consideradas o 2º ou 3º degrau da vida do motociclista brasileiro, que começa em motonetas como a Biz ou Crypton, passa para as 125-150 e, podendo ou precisando, busca algo mais em termos de potência, conforto e segurança.

    Somando as vendas de todas as competidores do segmento descobre-se que as 250-300 estradeiras são responsáveis por meros 4% do volume de vendas total no país. Parece pouco, mas esta pequena cifra representou mais de 57 mil motocicletas vendidas em 2014.

    Apesar da crise, e do mais do que provável declínio das vendas neste 2015 face ao ano passado (que já não foi nada bom…), investir em modelos mais qualificados, de maior valor e principalmente com mais tecnologia parece ser uma fórmula boa para enfrentar dias difíceis. Yamaha Fazer 250

    Tecnologia a CB Twister não economiza. Percebe-se isso já a partir do painel, componente vistoso e moderno, totalmente digital. O motor permaneceu um monocilindro refrigerado a ar com quatro válvulas, mas nem um parafuso foi reaproveitado e trata-se de uma estreia mundial, motor que inicia a carreira no Brasil mas que deverá equipar outros modelos Honda mundo afora. Como manda o atual estágio técnico (e as restrições do programa Promot 4 antiemissões…) a alimentação é por injeção eletrônica.

    Na parte ciclística, o novo chassi usa o motor como elemento estrutural e isso contribuiu para a redução do peso em cerca de dez quilos face à CB 300 assim como reduzir as dimensões do modelo. Montar na novidade evidencia a agilidade que a Honda buscou pois a moto não apenas é mais leve como bem menos volumosa. O motor, reduzido de 300 para 250cc de capacidade, fez a potência cair um pouco, mas o menor peso equilibrou o aspecto performance. Cerejinha em cima do bolo foi equipar a CB Twister de pneus radiais, garantia de melhor estabilidade.

    Com esta novidade da Honda o consumidor ganhou uma ótima e moderna opção e a Yamaha uma dor de cabeça. Não é segredo para ninguém que inovações estimulam a saudável concorrência, e com certeza no forno da Yamaha já deve estar “assando” uma deliciosa novidade, resposta à altura da CB Twister. E com isso produtos cada vez mais atualizados e interessantes são colocados a nossa disposição. Maravilha!

    Abaixo, o ranking das vendas no atacado do segmento street de 250 a 300 cc de janeiro a setembro de 2015, que evidencia o domínio da Honda e Yamaha no segmento:

    HONDA CB 300R (todas as versões) - 22.904 (60,10%)
    YAMAHA FAZER 250 (todas as versões) - 12.071 (31,67%)
    KAWASAKI NINJA (todas as versões) - 1.024 (2,68%)
    DAFRA NEXT - 644 (1,69%)
    KAWASAKI Z300 (todas as versões) - 618 (1,62%)
    SUZUKI INAZUMA - 426 (1,11%)
    SHINERAY TSS 250 - 404 (1,06%)
    DAFRA ROADWIN 250 - 16 (0,04%)


    VEJA COMO FOI O LANÇAMENTO DA CB TWISTER NO SALÃO DUAS RODAS 2015:





  • Triumph responde à Ducati Scrambler com nova geração da Bonneville


    Reborn: esta palavra, “renascido” em inglês, está se tornando comum ultimamente. A Harley-Davidson mostrou à imprensa especializada mundial sua linha de motocicletas para 2016 há cerca de dois meses atrás na ensolarada Barcelona, na Espanha, usando este “Reborn” para anunciar a modernização da família Sportster, como você pôde ler aqui.

    Agora, trocamos a luz e o calor do verão na costa catalã pela tradicional garoa e céu cinza chumbo do outono em Londres (o colunista viajou à Inglaterra pela Revista da Moto! e a convite da Triumph). Saem as americanas H-D e entram em cena as novidades da britânica Triumph. “Reborn” apareceu novamente na boca dos marqueteiros mas apesar da repetição, da falta de criatividade, é obrigatório afirmar que a Triumph foi mais longe, bem mais literal que os americanos de Milwaukee neste “renascimento” de suas Bonneville. Triumph Bonneville: nova geração
    A mais lendária família de motos da Triumph verdadeiramente “reborn”. Em vez de um tapa aqui ou acolá, as Bonneville foram 100% atualizadas. Tudo é novo, do motor ao chassi, passando pelas suspensões. Exagerando, podemos dizer que a única coisa em comum com as velhas “Bonnies” é o fato de terem ainda duas rodas, uma na frente da outra.

    VEJA COMO FOI O LANÇAMENTO DA DUCATI SCRAMBLER NO SALÃO DUAS RODAS:


    Começando pela alma, o motor: o bicilindro refrigerado a ar de 865cc foi aposentado definitivamente. No seu lugar entraram dois novos propulsores, um de 900cc e outro de 1.200cc. Como manda a tradição são também bicilíndros, mas os novos tempos os fizeram ganhar a refrigeração líquida para ajudar a conter vibrações e emissões de poluentes.

    Manter o visual clássico exigiu disfarçar o sistema, e para notar o radiador, encaixadinho entre as duas traves descendentes do chassi tubular de aço, foi preciso olhar com muita atenção. Fora isso, os cilindros são vistosamente aletados, o que seria desnecessário em um motor refrigerado por água, mas ai o visual de um motor sem aletas não seria adequado a uma verdadeira “Bonnie”. Triumph Street Twin é nova integrante da família Bonneville
    Se na aparência os motores não entregam uma indesejada e imprópria modernidade, a safra 2016 das Bonneville o fará no comportamento. Apesar de não haver test-ride como a Harley-Davidson ofereceu em Barcelona (ponto a menos para os ingleses!), os técnicos da marca inglesa garantiram que no 900cc há 18% a mais de torque máximo (54% nos motores 1.200cc), números que deram coceira: não vejo a hora de poder testar todas as cinco Boneville. Harley-Davidson Forty-Eight

    CINCO?
    No Brasil a Triumph comercializava apenas duas motos desta família, a T100 e a esportivada Thruxton. No fundo, ambas tinham apenas diferenças cosméticas. Agora, segundo Fernando Filié, gerente de marketing da filial brasileira, todas as versões das novas Bonneville deverão estar nas revendas nacionais. A mais simples de todas, a Street Twin, deverá chegar em janeiro. Nas sequência, ao ritmo de uma por mês, vem as T120, T120 Black Edition e as duas Thruxton, a 1200 e a 1200R.

    A Street Twin será a mais acessível do lote – o preço será divulgado só em janeiro –, e segundo a Triumph a máquina ideal para personalizações. Aliás, a própria Triumph disponibilizará três kit de customomização batizados de “Scrambler”, “Bat Tracker” e “Urban”.  E para quem lembrou da Ducati Scrambler lendo estas palavras a resposta é, sim: esta renascida Bonneville em suas variadas versões é uma mirada reação tanto à novidade da Ducati quanto para as citadas Harley-Davidson Sportster e, porque não, à elegante café racer da BMW, a R nineT. Triumph Bonneville T120
    O que une todas estas motos? Modernidade técnica disfaraçada em um lay-out antigo, ou clássico, como queiram. Motos que aceleram, freiam e fazem curvas tão bem quanto qualquer moto moderna, mas cuja aparência remete a tempos mais românticos ou trangressivos do motociclismo. Enfim, por fora mais Marlon Brando e James Dean, por dentro Brad Pitt e Johnny Depp.

    Com esta investida a Triumph não só reforça sua presença no segmentocomo espera ampliá-la. Suas off-road Tiger são sucesso, suas naked Street Triple e Speed Triple idem e o mesmo pode ser dito das superesportivas Daytona. A esta “ala jovem” da marca inglesa se unem estas Bonneville “reborn”, com um apuro técnco poderoso aliado do icônico nome.

    ORIGEM DO NOME
    E para quem ainda não sabe, a explicação: Bonneville alude ao recorde de velocidade batido nos anos 1950 por um míssil empurrado por um motor da marca no homônimo lago salgado em Utah, EUA. E falando em nome icônico, as Bonneville Thruxton – nome de uma pista inglesa onde a Triumph colheu glórias esportivas – agora são duas, e ao contrário da Thruxton anterior exibem bem mais músculos no motor, atitude nas suspensões e visual assim como um kit destinado a apimentar ainda mais a performance.

    Ou seja, nada foi deixado ao acaso: na briga por um cliente amante de um visual mais clássico, a Triumph pretende atender a todos, respondendo com variedade e consistência aos ataques das rivais, literalmente incendiando um segmento que aparentemente tem tudo para crescer, o das motocicletas “modern classics”, um balaio grande onde cabem as Custom, as Café Racers, Scramblers, Bobbers e por aí vai…

  • Twister, Ninja, Ténéré, Vespa, Monster e Tiger: entenda os nomes da motos


    Marieta, Lulu ou Genoveva? Nada disso, vamos falar de Twister, RD 350, Dream, Ninja, Ténéré, Vespa, Monster e Tiger. Hoje o tema não é aquele apelidinho ou nome carinhoso que você aplicou à sua querida motocicleta, mas sim o nome de batismo dado pelo fabricante, surgido sabe-se lá como, se num lampejo ou depois de exaustivas reuniões e pesquisas. De um modo geral nomes de produtos, principalmente de veículos, devem ser fáceis de lembrar, marcantes e principalmente garantidores de boas vendas. Às vezes funcionam, as vezes não… Honda CBX 250 Twister
    É um mundo grandão esse dos nomes de motos e o estímulo para tocar neste assunto foi o recente lançamento da Honda CB Twister, uma 250 cujo nome é um repeteco pois, como todos vocês sabem (sabem?), de 2001 a 2008 existiu uma outra Honda chamada Twister no Brasil, a CBX 250, que pouco ou nada tem a ver com a atual.

    CB TWISTER FOI LANÇADA NO SALÂO DUAS RODAS. ASSISTA:

    Com esse fato na cabeça, em meia horinha me diverti anotando mais de uma centena de nomes de motos (veja a listinha ao final do texto). Muitas delas jamais vi de perto, outras tantas admirei em museus. Felizmente, em 80% delas, tive o prazer de andar e algumas até para moraram na minha garagem.

    Primeira conclusão após terminar a lista é que a Honda, a maior fabricante mundial de motos faz tempo, é também a mais fértil criadora de nomes. Qual a razão? Ser a marca líder significa produzir mais e vender mais, claro, mas só isso não justificaria. A verdade é que a Yamaha, segunda colocada na minha relação em quantidade de nomes, favorece de maneira escancarada as siglas, as letrinhas. Querem ver? A Yamaha superesportivas é aR1. A M1 é a versão MotoGP, a do Valentino; Yamaha RD 350, que nunca teve nome oficial, tem o apelido de “Viúva Negra”. E o que não dizer das DT, TT, WR ou YBR?

    A primeira motocicleta de verdadeiro sucesso da Honda, lançada em 1949, foi oficialmente batizada de Dream (sonho, em inglês) e para quem pensa que foi o fundador da empresa a tê-la batizado assim, o próprio Soichiro Honda explicou certa vez que não: “Naquela época eu vivia falando sobre meu sonho de tornar a Honda o maior produtor mundial de motos, e acho que isso levou alguém da minha equipe sugerir este nome”.

    O nome fez sucesso, deu sorte e assim a Honda manteve a tradição de dar nomes, e até repetí-los como o Twister, que alude a um fenômeno meteorológico, um tornado que, vejam vocês, foi o nome dado à versão trail da CBX 250, batizada de XR 250 Tornado. Sabe como é que é: vento, força, movimento, nomes tudo a ver com motocicleta!

    E o tal Titan? A mais vendida das motos da Honda no Brasil, que evoluiu para CG 160, “veste” este nome desde 1994 e seu significado, extraído da mitologia grega, lembra poder e força, ótimo para uma moto destinada ao trabalho. Antes disso, de 1989 a 1994, a CG se chamou Today (“hoje, em inglês), nome pensado para estimular o óbvio uso no dia a dia.

    SAIBA COMO É A NOVA HONDA CG 160 EM VÍDEO:


    Animais e lugares, além de fenômenos meteorológicos, são um território de caça frequente dos inventores de nomes das indústrias de motos. No passado eles andavam de dicionários na mão, agora passam o dia “googleando” na grande rede. Imaginamos a luta para encontrar algo tão poderoso e marcante quanto o Ninja das Kawasaki, de longe o mais forte nome da indústria da moto. Até mesmo no cinema nunca vimos um desses lutadores orientais apanhando, bom presságio para motos assim batizadas.

    ASSISTA A COMPARATIVO DA NINJA 300 E A CBR 250R:

    E o que dizer do Ténéré da Yamaha? Nome de um deserto da porção da África colonizada pelos franceses, esse sonoro nominho cheinho de acentos (cuja pronuncia certa é “Tenerê”, (acento agudo funciona como o nosso circunflexo em francês) tinha tudo para dar errado: comprido, esquisito mas… pilhou as trails em uma época – começo dos anos 1990 – na qual o rali Paris-Dakar era uma grande novidade, dando à Yamaha a chance de enaltecer suas muitas vitórias nessa competição, e as Ténéré, com acentos, pronúncia errada e tudo, viraram lenda. Yamaha XT 600 Ténéré

    Outra marca que se apoderou do nome de um lugar do planeta onde uma de suas motos fez bonito foi a Triumph. A icônica Bonneville tem este nome para remeter aos recordes de velocidade batidos no Bonneville Salt Flats, no estado de Utah, EUA, onde malucos de todo o planeta vão acelerar em retas quase infinitas, como fez uma gloriosa Triumph no já distante ano de 1955.

    Outro lago americano, o Elsinore, na Califórnia, deu motivo para a Honda usar o nome para batizar uma pouco conhecida mas muito importante motocicleta: sua CRM 250 Elsinore, que pode ser considerada a mãe de todas as motocross de sucesso da marca, tendo vencido várias corridas ao redor do tal lago. E nessa mesma linhagem “lugares” existiram a nossa bem conhecida Honda Sahara, as maxitrail Africa Twin, Varadero (uma praia em Cuba) e Transalp, em cuja carenagem há, inclusive, as coordenadas geográficas de uma estrada nos Alpes franceses, muito boa para – advinhe? – passear de motos.

    Quanto aos bichos, nossa conhecida Honda Falcon e veloz Superblackbird (passaro preto…) dividem a área zoológica com a conhecidissima Suzuki Hayabusa, velocíssima ave de rapina japonesa. Mas nem só de passáros vive a indústria de motos: a Triumph batizou várias de suas motos com o nome Tiger, e há até inseto na parada: a Aprilia e seu conhecido Scarabeo (escaravelho em Italiano) e a italianíssima Vespa da Piaggio. 

    E já que estamos na Itália,  duas marcas do “bel paese” usam e abusam de nomes.  A Ducati de maior sucesso em vendas chama-se Monster, a mais rápida é a Panigale, bairro da cidade de Bolonha onde fica a fábrica. Mais Ducati? Chama-se Multistrada a moto que anda em qualquer tipo de terreno, enquanto a Hypermotard e a versão que faz isso muito rápido e derrapando, lembrando que Strada quer dizer – ah é? – estrada em italiano. Ducati M900 Monster

    A Honda no Brasil usou esse nome no anos 1980 para batizar sua CBX 200. A MV Agusta, italiana como a Ducati, meio que plagiou a rival: em vez de Monster, Brutale, e para não deixar dúvida sobre o alvo, tem também a Rivale. Esses nomes dispensam tradução para brasileiros, que ainda podem se orgulhar de existir uma Ducati batizada de Senna, especialíssima, como foi o piloto.  

    Nomes poderosos, bélicos, espadas, armas, são queridos também. A Ducati tem a Diavel (diabo no dialeto de bolonha), a Suzuki a Katana, a espada dos samurais, e Gladius, adaga de combatentes romanos. Elas fazem par com a Fireblade (lâmina de fogo, em inglês) da Honda. E falando em fogo, lembramos do Vulcan de muitas Kawasaki, que faz parzinho com o Inazuma (relâmpago, em japonês) da Suzuki.

    O departamento meteorológico ainda conta com a Honda Hurricane (furacão em inglês), e há os nomes inventados ou fusões de dois nomes: os Thundercat e Thunderace das Yamaha de uma década atrás são bons exemplos de mistura. “Ace” significa Ás, “cat” é gato, já Thunder é trovão, tudo na língua de Shakespeare. Se fosse vivo, o bardo torceria a cara para essas palavras novas? Finalizando com nomes “criativos” que não existem em lingua nenhuma há o Versys das Kawasaki (que alude a versatilidade), os Suzuki Burgman (alusão ao homem na cidade, burgo=cidade, man=homem, ou homen ensanduichado no engarrafamento? Vai saber…) ou Crypton (substância que tira a força do Super-Homem? Mistério!).

    Veja abaixo a lista dos mais de 100 que lembrei na tal meia horinha. Faltam muitos nomes, eu sei. Se quiser lembrar de mais alguns outros nomes legais ou importantes, fique à vontade!

    Honda: Turuna, Falcon, Twister, Tornado, Hurricane, Sahara, Today, Titan, Blackbird, Shadow, Biz, Pop, Lead, Start, Bros, Transalp, Goldwing, Africa Twin, Fireblade, Fan, Elsinore, Aero, Varadero, Dream, Hawk, Nighthawk, Interceptor, Magna, Strada.

    Yamaha: Ténéré, Lander, Crypton, Fazer, Midnightstar, Virago, Jog, Majesty, Venture Royale, Factor, Bulldog, Seca, Diversion, Thunderace, Thundercat, Neo, Crosser.

    Suzuki: Intruder, Marauder, Boulevard, Katana, Burgman, Gamma, Hayabusa, Gladius, B-King, Bandit, Inazuma.

    Kawasaki: Vulcan, Eliminator, Ninja, Versys, Concours, Voyager, Zephyr.

    Ducati: Monster, Desmosedici, Panigale, Multistrada, Diavel, Hypermotard, Scrambler, Senna.

    Triumph: Bonneville, Tiger, Daytona, Rocket, Thunderbird, Thruxton.

    MV Agusta: Brutale, Rivale, Dragster.

    Cagiva: Mito, Elefant, Raptor.

    Harley-Davidson: Street, Iron, Fat Boy, Breakout, Electra Glide.

    Indian: Scout, Chief.

    KTM: Duke, Adventure.

    BMW: Scarver, NineT, Sertão, Dakar.

    Aprilia: Tuono, Dorsoduro, Caponord, Scarabeo, Mille.

    Munch: Mammoth

    Norton: Commando, Dominator, Manx.

    Royal-Enfield: Bullet.

    Gilera: Saturno

    Piaggio: Vespa

    NOMES LEMBRADOS PELOS LEITORES:

    Honda Biz - Adélio

    Honda Hornet - José Roberto

    Honda CB 750 Four e 400 - Carlos Vitorino

    Honda NX 650 Dominator - Wilhelm Schubert

    Harley-Davidson Sportster, Rocker, Deluxe, Dyna - Fábio Caetano

    Suzuki V-Strom - Pedro Paiva

    Suzuki Intruder, Marauder e Boulevard - Eduardo

    Yamaha Dragstar - Eduardo

    Yamaha V-Max - François Gnoatto

    Yamaha XJ6 - Mateus Tesche

    Yamaha TT 125 - Carlos Brega

    Yamaha DT 180 - Carlos Brega

    Yamaha Crosser - Fabio Caetano

     

Autores

  • Roberto Agresti

    Roberto Agresti pilota e escreve sobre motocicletas há três décadas.

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