Vacinação contra a Covid-19 de idosos em BH acontece em postos de saúde e pontos de drive-thru. — Foto: PBH / Divulgação
O Ministério da Saúde anunciou em agosto que o Brasil começaria a aplicar a dose de reforço da vacina contra a Covid-19. Segundo a pasta, a aplicação da vacina será feita em todos os idosos acima de 60 anos, imunossuprimidos e profissionais da saúde.
Veja quem pode tomar a dose de reforço:
- idosos com mais de 60 anos que completaram o esquema vacinal há mais de seis meses
- pessoas com baixa imunidade (imunossuprimidos) que tomaram a segunda dose há ao menos 28 dias
- médicos, enfermeiros e outros profissionais da área que completaram o esquema vacinal há mais de seis meses
Vacinas a serem usadas:
- preferencialmente Pfizer, segundo o ministério
- também poderão ser utilizadas as vacinas da AstraZeneca e Janssen
Entenda quem são os imunossuprimidos
As pessoas com baixa imunidade são chamadas de imunossuprimidas ou imunocomprometidas.
Esse grupo considera, por exemplo, pessoas com câncer, pessoas vivendo com HIV, transplantados e outros com o sistema imune fragilizado, o que deixa o paciente mais suscetíveis a infecções.
O Ministério não divulgou uma lista com os grupos que são considerados imunossuprimidos. Na primeira etapa da vacinação pelo país, estavam entre os imunossuprimidos:
- Pessoas transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea;
- Pessoas com HIV e CD4 <350 células/mm3;
- Pessoas com doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida;
- Pessoas em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias;
- Pessoas com neoplasias hematológicas;
- Pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses.
A recomendação do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), do Ministério da Saúde, afirma que os pacientes imunossuprimidos devem ser vacinados, preferencialmente, quando a doença estiver controlada ou em remissão, como também em baixo grau de imunossupressão ou sem imunossupressão.
Contudo, a pasta esclarece que a decisão sobre a vacinação em pacientes com essas condições deve ser individualizada, levando em consideração a faixa etária, a doença de base, os graus de atividade e imunossupressão, além das comorbidades, e que seja feita preferencialmente sob orientação de médico especialista.
"No entanto, de maneira geral, recomenda-se que esses indivíduos sejam vacinados, salvo situações de contraindicações específicas", afirma o Ministério da Saúde por meio do PNO.
Não há relação direta entre pessoas com comorbidades (que tinham doenças prévias como hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares) e imunossuprimidos, embora as duas condições possam ocorrer em um mesmo paciente.