Coronavírus

Por G1


Posto de testagem de Covid-19 na França — Foto: REUTERS/Gonzalo Fuentes

A França e o Reino Unido tiveram uma terça-feira de preocupação no combate ao novo coronavírus. Ambos registraram aumento no número de mortes nas últimas 24 horas. Em contrapartida, a Itália e a China tiveram uma dia de alento, com diminuição no número de óbitos.

A França ultrapassou a marca de 10 mil mortes relacionadas à Covid-19. Nas últimas 24 horas, 1.417 mortes em hospitais e casas de enfermagem foram registradas. O país é o terceiro mais afetado da Europa em número de vítimas fatais, atrás de Itália e Espanha.

Com medidas severas de isolamento prorrogadas até o dia 15 de abril, Paris sofrerá mais uma sanção: a prática de esportes ao ar livre será proibida das 10h às 19h (horário local) a partir de quarta. A medida vem à tona depois das ruas seguirem com movimento pela prática esportiva. A orientação é para que as pessoas fiquem em casa o máximo de tempo possível. O diretor geral de saúde, Jérôme Salomon, afirmou que o país "ainda não está" no pico da pandemia da doença.

O Reino Unido, por sua vez, registrou novas 786 mortes, elevando o total para 6.159, informou o departamento de saúde e cuidado social, é um recorde diário. Foram realizados 213.181 testes e 55.242 pessoas estão infectadas com o novo coronavírus. Foram registrados 3.634 novos casos nas últimas 24 horas.

O primeiro-ministro, Boris Johnson, permanece internado em um hospital de Londres. Na noite de segunda (6), ele foi transferido para um leito de UTI, onde passou a madrugada, depois de receber "um pouco" de oxigênio. Johnson não precisou usar respirador.

Michael Gove, ministro do gabinete britânico, está em auto-isolamento depois que um membro de sua família apresentou sintomas de Covid-19. Ele continua trabalhando, mas à distância. São dele as informações a respeito da saúde de Johnson. Já o ministro da saúde, Matt Hancock já voltou ao trabalho, após testar positivo.

Ministro do exterior do Reino Unido é designado a tocar responsabilidades de Boris Johnson

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A Itália teve seu menor número de novos casos de coronavírus desde 13 de março, e também registrou pelo segundo dia seguido uma redução no número de mortes. As mortes foram 604, menos do que as 636 da véspera.

A China não registrou morte por Covid-19 nas últimas 24 horas, algo inédito desde o início da publicação de estatísticas sobre a epidemia do coronavírus em janeiro, informaram as autoridades de saúde do país.

Em Wuhan, o confinamento que serviu como modelo para países que combatem a Covid-19 no mundo acabou depois de 11 semanas: as autoridades da China passaram a permitir, nesta terça-feira (7) que os moradores possam sair e entrar na cidade pela primeira vez desde o início da pandemia.

China registra primeiro dia sem mortes desde o início da crise do coronavírus, em janeiro

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O levantamento da universidade norte-americana Johns Hopkings, em atualização das 20h10 (de Brasília), apontou que o novo coronavírus já atingiu mais de 1,4 milhão de pessoas ao redor do mundo e já matou mais de 81 mil. Mais de 300 mil pessoas se recuperaram da doença.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um documento com orientações sobre o uso de máscaras durante a pandemia do novo coronavírus. A organização orienta que as máscaras médicas sejam reservadas para profissionais da área da saúde. Segundo a OMS, o uso irrestrito das máscaras profissionais pode "criar uma falsa sensação de segurança, com negligência de outras medidas essenciais". A organização também cita que o suprimento desses insumos ainda é baixo no mundo.

As últimas notícias desta terça-feira:

Na Espanha

A Espanha registrou novas 743 mortes em 24 horas, uma alta após quatro dias de redução do número, o que elevou a cifra global de vítimas fatais no país desde o início da pandemia a 13.798, de acordo com o balanço divulgado pelo Ministério da Saúde.

O número de casos notificados também registrou uma leve alta e alcançou 140.510. O país é o segundo mais afetado no planeta pela Covid-19 em número de mortos, atrás apenas da Itália.

Com 743 mortes, Espanha vê nº de mortes subir após 4 dias de queda — Foto: Emilio Morenatti/AP

Nos Estados Unidos

Ao menos 3.202 pessoas morreram em decorrência de complicações relacionadas à Covid-19 na cidade de Nova York, de acordo com oficiais de saúde da região. O estado de NY é o mais atingido nos Estados Unidos pelo novo coronavírus e já registrou mais de 3,4 mil mortes.

E justamente por ser o estado mais afetado é que Nova York vai receber uma ajuda da Califórnia, uma das regiões menos afetadas pelo novo coronavírus e o primeiro a decretar medidas de quarentena. Mais populoso dos EUA, a Califórnia vai emprestar 500 respiradores. Os EUA têm mais de 380 mil contaminados e mais de 12 mil mortos.

Um tribunal de apelação dos EUA determinou nesta terça-feria que o estado do Texas terá restrições em relação a cirurgias de aborto durante a pandemia de coronavírus.

Estados Unidos devem passar pelo pico do coronavírus nesta semana

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (7) que vai suspender a contribuição de seu país à Organização Mundial da Saúde (OMS), acusando a instituição de mal desempenho na pandemia do novo coronavírus.

"Vamos suspender (o repasse) das quantias destinadas à OMS", disse Trump, sem dar mais detalhes, durante entrevista coletiva, após escrever no Twitter uma mensagem contra a agência.

Pelo mundo

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, declarou nesta terça-feira (7) estado de emergência com duração inicial de um mês para Tóquio e outras seis regiões do país, como forma de combater a aceleração do número de casos de Covid-19.

No Canadá, o primeiro-ministro Justin Trudeau anunciou um plano para produção em massa de respiradores. O país registra até esta terça-feira mais de 17 mil casos confirmados e 344 mortes decorrentes da Covid-19.

O número de mortes relacionadas à Covid-19 na Suíça chegou a 614, informou a agência de saúde pública do país. Na segunda, eram 584 mortes. O número de testes positivos também aumentou para 22.242, com 590 novos casos nas últimas 24 horas.

O número de mortes no Irã, região mais afetada pela doença no Oriente Médio, subiu para 3.872, depois de 133 registradas nas últimas 24 horas, disse Kianush Jahanpur, porta-voz do Ministério da Saúde local. O número de casos aumentou em 2.089, chegando a um total de 65.589 pessoas infectadas. Quase 4 mil estão em estado crítico.

O ministro do interior do Afeganistão anunciou que 1,6 mil soldados irão reforçar o controle do isolamento com "o uso da força" a partir desta quarta-feira em Kabul, capital do país.

O uso de máscara agora é obrigatário nas ruas da Ucrânia. Os cidadãos também estão impedidos de fazerem reuniões ao ar livre em grupos de mais de duas pessoas, exceto com crianças. Os adolescentes menores de 16 anos não podem sair de casa desacompanhados. O isolamento social está em vigor em território ucraniano desde o dia 12 de março e incluir fortes restrições ao uso do transporte público e fechamento de escolas e comércio não essencial. Foram registrados 143 novos casos nas últimas 24 horas, elevando o total para 1.462. São 45 mortes.

Ministro do Transporte da Argentina, Mario Meoni disse que haverá um escalonamento dos horários de trabalho a partir da próxima semana para evitar aglomeração no transporte público do país. A ideia é "ir modificando" os horários de entrada e saída dos trabalhadores, a medida em que sua respectivas funções forem retomadas após o fim da quarentena, evitando formar horários de pico.

Primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg disse à Reuters que o país deve suspender algumas das medidas retristivas impostas para conter o avanço do novo coronavírus, já que a pandemia dá sinais de estar controlada na região. Algumas escolas e pequenas empresas, por exemplo, irão funcionar a partir de 20 de abril. Dinamarca e Áustria também planejam, aos poucos, um relaxamento das medidas e já se preparam para reabrir pequenos comércios e creches a partir de 15 de abril. .

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentará "diretrizes" nesta quarta-feira (8) para garantir um fim coordenado no bloco europeu do período de confinamento, imposto para interromper a propagação do novo coronavírus, anunciou seu porta-voz nesta terça-feira (7).

Segundo as autoridades de saúde, "é apropriado e justificado iniciar uma abertura lenta. Mas com a condição de que todos mantenham distância segura uns dos outros e lavem as mãos", disse Frederiksen em entrevista coletiva.

O prefeito Tiburcio Choque, de Patacamaya, cidade na Bolívia foi preso nesta terça-feira (7) por permitir uma festa religiosa no mês passado que se tornou o foco de contágio da Covid-19, com seis infectados e um morto. Ele foi acusado de ataque à saúde pública, perigo de destruição e quebra de deveres.

Dois pastores evangélicos brasileiros serão expulsos da Guiné Equatorial, acusados de terem celebrado cultos não autorizados em suas congregações de fiéis, que serão dissolvidas, em pleno alerta pelo novo coronavírus no país, informou nesta terça o ministério da Justiça guinéu-equatoriano à AFP.

No Brasil

O número de mortos pela Covid-19 no Brasil aumentou em 114 nesta terça-feira em relação ao balanço anterior. Até às 17h30 (de Brasília), eram 667 mortes no país e 13.717 casos confirmados (aumento de 1.661 casos).

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