Até o final de abril deste ano o Ministério da Saúde apontou que 535 pessoas foram hospitalizadas com síndrome respiratória aguda causada pelo vírus Influenza — Foto: Pixabay
“Todo ano é a mesma coisa”. Muita gente pensa isso quando começa novamente a receber e ler alertas sobre a gripe e a importância de vacinar todos, principalmente os que estão nos grupos de maior risco.
A sensação que dá é que a gripe do outono-inverno caiu na rotina da vida de todos e, por isso, não há com o que se preocupar. Mas a verdade é que ainda bem que todo ano é a mesma coisa no que se refere às campanhas de vacina e aos alertas para que as pessoas se protejam.
A gripe pode, sim, matar. Para que se tenha uma ideia, até o final de abril deste ano o Ministério da Saúde apontou que 535 pessoas foram hospitalizadas com síndrome respiratória aguda causada pelo vírus Influenza e, destas, 99 faleceram sendo 90% do grupo de risco.
Importante saber que ninguém está livre de adoecer seriamente com estes vírus. Se você não está no grupo de risco, saiba que pode contaminar alguma pessoa querida perto de você.
Por isso – de novo – ainda bem que todo ano é a mesma coisa, ou seja, a mesma chamada para que as pessoas nos grupos indicados compareçam aos postos de saúde para receber sua dose de proteção.
Esclarecimentos sempre necessários:
- Grupos de risco: crianças de 6 meses até 6 anos incompletos, idosos (mais de 60 anos), gestantes, puérperas de até 45 dias, portadores de doenças crônicas, professores das redes pública e privada, profissionais de saúde, pessoas privadas de liberdade, funcionários do sistema prisional e adolescentes de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas.
- Vacina da gripe NÃO dá gripe. Impossível isso acontecer. A vacina é feita com “pedaços” dos vírus H1N1, H3N2 e Influenza B. O mais comumente recuperado atualmente é o H1N1, que dá a conhecida “gripe suína”.
- Sinais de alerta. Independentemente do fato de você estar ou não no grupo de risco, procure sempre um atendimento médico se estiver com um dos seguintes sinais ou sintomas:
- Febre alta, difícil de ceder totalmente. Cuidado especial com febre – alta ou baixa – persistente, que tenha duração maior que três dias.
- Falta de ar. Isso pode ser um sinal de comprometimento pulmonar, que deve ser necessariamente avaliado pelo médico, principalmente se junto com a falta de ar aparecer um “chiado” no peito.
- Dores pelo corpo. Muitas outras doenças infecciosas podem, no início, ter sintomas parecidos com os da gripe. Dengue, por exemplo, que é outra doença que está dando muito em nosso país, deve ser descartada em pacientes com febre, mal-estar e dores pelo corpo.
- Dor de cabeça e/ou vômitos. Muitas viroses podem evoluir com quadros de meningite. Por isso, se você estiver sentindo muita dor de cabeça, deve procurar um médico para que ele possa avaliar melhor seu estado de saúde.
Em tempo: a campanha de vacina nos postos de saúde vai até dia 31/05. Quem não estiver no grupo de risco pode receber a vacina nas clínicas privadas.