O g1 reuniu quatro momentos icônicos que prometem entrar para a história. Confira!

Nesta reportagem você vai relembrar:

• Beyoncé aparece de surpresa em Salvador
• Viola Davis, Angela Bassett e a força do Festival Liberatum
• Victoria Monét e estrelas nacionais participam do Afropunk
• Lula nomeia Vera Lúcia como ministra substituta do TSE
• Lançamento de O Pai Ó 2
• Reabertura do Muncab

Ninguém podia imaginar que na reta final do ano Salvador receberia uma visita tão ilustre. Com uma roupa brilhante e enrolada com a bandeira da Bahia, Beyoncé subiu ao palco do Centro de Convenções, em Salvador, na noite de quinta-feira (21), durante a pré-estreia do filme "Renaissance: a film by Beyoncé".

• Beyoncé publica fotos de ruas de Salvador

A passagem meteórica da Queen Bee incluiu um breve pronunciamento de cerca de três minutos e uma série de fotos nas redes sociais, tanto da artistas como de celebridades que aproveitaram o momento, como Ludmilla.

"É muito importante para mim estar aqui na Bahia. Queria que vocês fizessem parte da turnê, porque vocês são a turnê. Renaissance é sobre liberdade, beleza, tudo que vocês são. Obrigada por todo o apoio em todos esses anos. Vocês são únicos, Bahia", disse.

Em novembro, o Festival Internacional Liberatum foi realizado em Salvador e trouxe uma lista robusta de personalidades negras. Um destaque foi Viola Davis, atriz mundialmente conhecida e premiada. Sua palestra foi a mais concorrida do evento

"Nós precisamos fazer o que Steve Biko disse em relação à consciência: 'nós temos que ter o poder, a autoridade, a bravura para contar histórias de quem somos, sem pedir desculpas'", disse Viola.

• Liberatum debate diversidade e políticas públicas

Em sua passagem por Salvador, Viola optou por poucas aparições públicas e ausência de registros nas redes sociais. Um dos momentos de destaque foi o encontro com João Jorge Rodrigues, presidente da Fundação Palmares, braço do Ministério da Cultura.

Outro nome esperado do evento foi Angela Basset, que aproveitou a visita à capital baiana para conhecer a sede do Ilê Aiyê, no bairro do Curuzu, em uma comitiva com as atrizes Taís Araújo e Luana Xavier, a cantora Majur, o influencer Hugo Gloss e outros convidados.

Com uma line-up repleta de artistas nacionais renomados, como Gaby Amarantos, Majur, Carlinhos Brown, Iza e Alcione, o Afropunk trouxe pela primeira vez a popstar Victoria Monét, que apresentou seu trabalho com referências ao pop, R&B, dancehall e disco music.

De acordo com os organizadores do evento, o Afropunk reuniu cerca de 50 mil pessoas em dois dias e pode ser classificado como um espaço de resgate à ancestralidade e a celebração da cultura preta.

Este ano o evento trouxe um manifesto que reforça o poder da negritude.

“Do Brooklyn à Bahia, celebraremos nossa comunidade em suas diferentes configurações com o mesmo sentimento: resgatar as trocas e a afetividade que nos foram roubadas”.

No âmbito do Judiciário, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva indicou Vera Lúcia Araújo como ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ato foi publicado no sábado (23) no Diário Oficial da União (DOU).

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Aos 18 anos, Vera Lúcia Santana Araújo deixou a pequena cidade de Livramento de Nossa Senhora, no sudoeste da Bahia, para seguir os passos da irmã mais velha, que vivia em Brasília. Hoje, aos 63 anos, é uma advogada eleitoral respeitada e será a segunda mulher negra a integrar a Corte.

"Não sendo uma pessoa que a família tem história no mundo jurídico, tive uma carreira solitária, mas com muita sorte. Tive muita gente que me apoiou, nos saberes, na ética, no compromisso com as instituições democráticas", disse, em entrevista ao g1 Bahia, em maio de 2022.

A nova ministra irá ocupar o lugar da ministra Maria Claudia Bucchianeri Pinheiro, que deixa a corte devido ao término do seu mandato

O nome de Vera Lúcia foi escolhido pelo presidente Lula (PT), após o Supremo Tribunal Federal (STF) referendar uma lista tríplice com indicações para o cargo.

Nos cinemas, 2023 fica marcado como o ano do reencontro do público com ‘Ó pai, Ó'. Mais de uma década depois de Roque, Dona Joana, Neuzão e companhia mostrarem ao mundo as dores e as alegrias da baianidade pelas ruas de Salvador, a sequência trouxe novas gargalhadas, gírias e reflexões.

Principal estrela da trama, Lázaro Ramos disse que o filme aborda assuntos que fazem parte do dia a dia das pessoas, como a violência contra a juventude negra. Além disso, a saga marcou seu reencontro como Bando de Teatro Olodum.

“Todas as vezes que eu volto para encontrar com o bando de teatro Olodum e para fazer o Ó pai, Ó, eu me sinto em casa, me sinto bem, acho que é o que melhor me define como artista, inclusive porque é um pedaço da Bahia que eu acho que conquistou coisas muito importantes”, disse, em entrevista ao g1.

Fechado desde o período da pandemia, o Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), no Centro Histórico de Salvador, foi reaberto este ano e voltou a fazer parte da programação cultural de Salvador.

• Veja imagens da mostra que reconta o livro 'Um defeito de cor'

O espaço voltou a receber o público com a exposição ‘Um defeito de cor’, nome da premiada obra da literatura brasileira de autoria de Ana Maria Gonçalves.

O museu foi aberto em 2010 com um acervo permanente composto por mais de 400 peças, dividido em cinco andares. Entre as obras abrigadas destacam-se "Iwin Igbo (Espírito da Floresta)", do Mestre Didi, e "Eyen Lawá (Pássaro Ancestral, A Grande Mãe)";

Além disso, o Muncab conta com a presença da arte sacra, representada por imagens de Santa Efigênia, Nossa Senhora e Santo Antônio de Categeró.

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