Por g1 BA


Justiça mantém preso empresário investigado por comprar imagens de pornografia infantil em Salvador — Foto: Reprodução/Redes Sociais

O empresário Marcelo Araújo Pinto, de 58 anos, preso por suspeita de comprar imagens de pornografia infantil, fingia ser policial federal (PF). A informação foi confirmada pela PF nesta sexta-feira (24).

Segundo as investigações, o homem exibia o símbolo da corporação no perfil de uma rede social. A PF alegou não ter mais detalhes pois o caso é tramitado pela Polícia Civil. O g1 procurou a Polícia Civil, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.

Marcelo passou por audiência de custódia na quinta-feira (23) e a Justiça decidiu manter a prisão. O investigado foi preso durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra Crianças e Adolescentes (Dercca).

Além do armazenamento e compartilhamento de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes, Marcelo também responderá pelo crime de estupro de vulnerável por meio virtual. Os crimes foram cometidos entre os estados da Bahia e o Paraná.

De acordo com a Polícia Civil, as investigações começaram em fevereiro deste ano, quando a vítima, de 13 anos, foi estuprada, e as imagens do crime foram registradas e transmitidas pela mãe – que participou do abuso sexual e vendeu as imagens. Ela também foi presa.

Em entrevista a TV Bahia, o advogado do empresário, Josias Oliveira, falou sobre o caso.

"Não há confissão. A defesa vai trabalhar, como eu disse anteriormente, vai trabalhar de forma célere, buscando a elucidação, ja que é uma acusação conjunta do estado do Paraná e do estado da Bahia, e de certa forma, provar e esclarecer já que foi um fato notório tanto na Bahia quanto no Brasil. Os altos no processo vocês podem acompanhar", disse.

Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), em Salvador — Foto: Itana Alencar/G1BA

No dia da prisão de Marcelo, a titular da Dercca, delegada Simone Moutinho, informou que Marcelo pagava valores pela exposição da vítima.

"A mãe explorava sexualmente, inclusive praticando estupro contra a filha, e, mediante pagamento, exibia as imagens contracenando em cenas de sexo com a vítima. Ela está presa e, a partir desta prisão, estamos cumprindo o mandado hoje", afirmou a delegada.

Com o material apreendido, a Dercca vai analisar se existem outros coautores dos crimes de pornografia infantil em Salvador, outras regiões da Bahia e estados. Os dispositivos eletrônicos apreendidos serão encaminhados para perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT).

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