Parque Arqueológico do Solstício, no município de Calçoene, no Norte do Amapá — Foto: Rafael Aleixo/Arquivo Pessoal
No dia 21 de dezembro o fenômeno do solstício de inverno, que acontece duas vezes no ano, poderá ser visto no sítio construído há mais de mil anos para observações astronômicas no Amapá, localizado no município de Calçoene.
A visita será guiada no Rêgo Grande 1 ou Parque do Solstício, que possui um alinhamento de pedras que vão funcionar como o observatório. Já os blocos graníticos que se localizam no topo de uma colina, indicam o nascer e pôr do sol.
Sítio Rego Grande 1 – sítio arqueológico em Calçoene, no Amapá — Foto: Rafael Aleixo/g1
No dia do fenômeno, um destes blocos fica completamente sem sombra após o alinhamento simétrico com o sol. O processo acontece quando o sol atinge a posição mais alta ou mais baixa em relação ao equador, podendo causar maior ou menor duração em um dia, desta vez, acontece a marcação do dia mais curto.
O fenômeno do solstício de inverno acontece entre os dias 21 e 23 de dezembro e o de verão ocorre nos dias 21 e 23 de junho. Os dois podem ser observados pelas sombras que são projetadas nas rochas.
A palavra solstício tem origem no latim e significa sol parado. A nomenclatura foi escolhida após astrônomos notarem que o sol parava ao atingir um ponto máximo no céu duas vezes ao ano.
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Veja no mapa a localização do sítio — Foto: NuParq
Os visitantes serão guiados pela equipe do Núcleo de Pesquisa Arqueológica (NuPArq), do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (IEPA), que vai estar na Base de Pesquisa para registro. A visita pode ser agendada através do telefone (96) 98100-8940.
Sítio Arqueológico
Parque Arqueológico do Solstício, no município de Calçoene, no Norte do Amapá — Foto: Rafael Aleixo/Arquivo Pessoal
O projeto para a criação de um parque para receber turistas e expor o histórico do local foi aprovado no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.
O Stonehenge da Amazônia, de acordo com pesquisas realizadas desde 2005, foi construído por indígenas e além de observatório, funcionava como local para cerimônias religiosas e funerais. A equipe de arqueologia disse ainda que a posição de cada rocha não se repete.
Durante a visita, as equipes do Iepa vão explicar sobre o fenômeno de alinhamento com solstício e equinócio, além da construção do sítio.
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