A combinação entre o aumento do desemprego, a elevação dos preços no comércio, a pouca oferta de crédito e os prejuízos com a inflação, pesou no bolso do amapaense, que acabou contraindo dívidas ao longo de 2016. Com isso, o estado encerrou janeiro com quase 270 mil habitantes com alguma dívida pendente, informou a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL-AP).
Dirigentes Lojistas (Foto: John Pacheco/G1)
A maior parte das dívidas concentra-se nas contas de consumo ou operações bancárias, onde há acúmulos de juros e multas gerados pelo retardo dos pagamentos, pelo devedor. Os números fornecidos pela CDL são com base nos cidadãos com registros enviados ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
"A grande dificuldade que o Amapá tem é de depender muito do funcionalismo público, que, ao primeiro sinal de crise, não tem como 'segurar' os prejuízos financeiros. Ao contrário do Rio de Janeiro, que, apesar do endividamento, tem indústria forte, assim como o turismo", argumentou Marcos Cardoso, presidente da CDL-AP.
As taxas de endividamento do Amapá ficaram superiores às médias nacional e do Norte. Em dezembro de 2016, houve um crescimento de 3,28% no número de devedores no estado, contra 1,44% do país e 0,08% do Norte. Cada consumidor amapaense tem em média 2,022 dívidas pendentes, contra 1,994 da região e 2,013 no Brasil inteiro.
A CDL-AP informou também que no fim de 2016 o país somava 58,3 milhões de brasileiros negativados em todas as regiões. O Sudeste concentra o maior número de devedores com 23,3 milhões e o Norte, o menor, com 5,34 milhões. A faixa etária com maior incidência é 30 a 39 anos, onde em dezembro 49,38% dos brasileiros nessa idade tinham alguma dívida.
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