Profissionais de biomedicina e acadêmicos de uma faculdade em Macapá mobilizaram as redes sociais e promoveram na manhã desta terça-feira (14), uma campanha para reforçar o estoque de sangue do Instituto de Hematologia e Hemoterapia do Amapá (Hemoap).
A ação contou com cerca de 250 pessoas com tipos sanguíneos variados que doaram especialmente os tipos O positivo e O negativo, cuja procura é maior. Na ocasião, os participantes comemoraram o Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado dia 14 de junho.
A campanha tem como objetivo chamar atenção da sociedade sobre a importância de contribuir com os estoques de hemocentros. Os organizadores do evento e participantes levaram amigos e familiares para uma manhã de doação.
O analista de sistemas Teófilo Soeiro doou pela primeira vez a convite de uma amiga. Ele contou que superou o medo de agulhas pela necessidade de ajudar o próximo. O doador de primeira viagem tem o tipo sanguíneo O Positivo, o mais utilizado em procedimentos hospitalares.
“Doar sangue no momento pra mim está sendo um gesto de amor pelo próximo. Minha esposa é doadora e estou doando pela primeira vez a convite de uma amiga que disse que o estoque de sangue estava baixo. Acho importante este tipo de divulgação, para que outras pessoas sintam vontade de doar também. Não custa nada, é algo seu que se renova”, disse Teófilo Soeiro.
(Foto: Jorge Abreu/G1)
De acordo com o professor e biomédico do Hemoap, Mylner Souza, a campanha foi realizada nas redes sociais. O trabalho teve a parceria do Movimento de Biomédicos Unidos do Amapá.
“A campanha é para a conscientização a respeito da doação de sangue e o quão é importante para a sociedade esta prática de solidariedade e é responsabilidade de todos os cidadãos. A participação e contribuição na saúde pública colabora na necessidade de sangue que é utilizada em clínicas e hospitais”, explicou Souza.
Para doar
O diretor do Hemoap Sávio Guerreiro informou que os estoques que o instituto mais procura são os de O positivo e O negativo. Com dificuldade, o Hemoap consegue atender a demanda da rede de saúde.
(Foto: Jorge Abreu/G1)
“O sangue que é doado gera quatro componentes: o concentrado de hemácias, o plasma, a plaqueta e o crioprecipitado. Que podem ser usados em quatro pacientes, ou seja, pode salvar quatro vidas. Cada componente tem tempo de validade, a exemplo das plaquetas que duram cinco dias, e as hemácias que duram 45. Mas a demanda é grande e, praticamente, todos os estoques são utilizados pela rede hospitalar”, explicou o diretor.
Segundo Sávio, para doar sangue é necessário ter mais de 50 quilos, e ter idade entre 16 a 69 anos. O doador precisa estar repousado, alimentado e bem de saúde. A pessoa passa por duas triagens, uma técnica e uma clínica, para verificar a pressão, peso, e algum fator que possa impedir a doação.
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