Professores da Universidade Federal do Amapá (Unifap) deflagraram greve por tempo indeterminado na manhã desta quinta-feira (28), atendendo a mobilização nacional da categoria, que cobra a reestruturação da carreira docente, além de investimentos no Ensino Superior. Os docentes se concentraram em frente ao campus principal da Unifap, na Zona Sul de Macapá. Os profissionais somam cerca de 500 profissionais no estado.
A categoria dos técnicos decidiu também entrar em greve nesta quinta-feira após assembleia no fim da manhã. Eles cobram um aumento de 27% no salário base, redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais, entre outras causas, informou o Sindicato dos Servidores Técnico-administrativos da Universidade Federal do Amapá (Sinstaufap). São ao todo 287 técnicos, dos quais 30% serão mantidos para a execução dos serviços essenciais, como pagamentos e serviços.
A presidente do Sindicato dos Docentes da Unifap (Sindufap), Érika Azevedo, explicou que a mobilização atende a decisão da assembleia geral local de 21 de maio.
"A nossa pauta versa sobre a reestruturação da carreira, a paridade entre aposentados e ativos, a autonomia universitária e a conservação do caráter público da universidade. Pautamos diariamente a nossa manifestação de acordo com as mesas de negociação com o Governo Federal", disse.
da Unifap (Foto: John Pacheco/G1)
Sobre os serviços que podem continuar ativos, o movimento pretende manter funções nas áreas da saúde, pesquisa e administração.
"Hoje é a primeira assembleia que discute isso, é o que chamamos de atividades essenciais, o que consideramos que não deve ser paralisado. Por exemplo, há um consenso sobre o funcionamento das atividades da Unidade Básica de Saúde (UBS), do juizado especial e dos laboratórios que exigem a manutenção de plantas e animais. Ainda vamos discutir estágio e atividades da pós-graduação", detalhou Érika.
Os professores acrescentam que o movimento é articulado àquele representantes sindicais da esfera federal, reunidos no Fórum das Entidades Nacionais,que buscam um diálogo permanente com o governo, e criticam os cortes feitos em todas as áreas.
do Amapá (Foto: Abinoan Santiago/G1)
"Ontem mesmo começou no Senado a votação a reforma política, o PL da tercerização, recentemente aprovado, é um grande ataque à previdência. Várias categorias estão elaboranreunidas no Fórum lutam por uma pauta unificada que defende os direitos dos trabalhadores", destacou a presidente do Sindufap, reforçando que os educadores vão ficar local até o fim da manhã.
A reitora da Unifap, Eliane Superti disse que a instituição respeita o movimento dos trabalhadores e que a universidade vai buscar soluções para manter o máximo de serviços à disposição da comunidade acadêmica.
"As assembleias são legítimas e decidiram pela greve, eles deflagraram o movimento e a Unifap respeita a decisão dos trabalhadores, pois nós não temos uma relação patronal com o sindicato temos uma relação pacífica, e o nosso empregador é o Governo Federal", esclareceu a reitora.