Por g1 AM


Seca avança em Manaus e Rio Negro desce cinco metros só em agosto. — Foto: Lucas Macedo/g1

O Rio Negro desceu cinco metros somente em agosto em Manaus. Os dados são da Defesa Civil do Amazonas. Neste domingo (1º), o nível do rio está em 19,77 metros.

A previsão do governo do estado é de que, neste ano, o Amazonas tenha uma seca severa nos mesmos moldes ou até pior do que o estado viveu em 2023. Durante a estiagem do ano passado, o Rio Negro alcançou o nível mais baixo dos últimos 120 anos.

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Neste ano, Tabatinga, na Região do Alto Solimões, já enfrenta a pior seca da história. No sábado (31), o nível do Rio Solimões chegou em -1,4 metro.

Conforme a Defesa Civil, a estiagem antecipada já afeta 330.099 pessoas em todo o Amazonas, que também enfrenta os impactos das queimadas. No último dia 28, o governo estadual ampliou um decreto situação de emergência para todos os 62 municípios do estado (antes, apenas 20 estavam em emergência).

De acordo com o monitoramento da Defesa Civil, o Rio Negro começou o mês de agosto medindo 25,09 metros. Já no sábado (31), as águas mediam 20,02 metros. Ainda segundo o órgão, entre o sábado (31) e o domingo (1º), o rio desceu ainda mais, chegando a 19,77 metros.

O monitoramento aponta ainda que o Rio Negro está em estado crítico de vazante.

Apesar do problema, pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) acreditam que o rio não deve atingir a cota da seca de 2023, que foi de 12,70 metros. A previsão para este ano é de que o nível das águas fique em torno de 14 a 15 metros, o que já é considerado muito baixo.

Em Itacoatiara, na Região do Médio Amazonas, a situação da vazante é a mesma. O Rio Amazonas começou agosto medindo 10,6 metros e o último registro da Defesa Civil, feito no dia 29 do último mês, aponta que as águas estavam medindo 6,9 metros.

A situação também é crítica em Coari, na Região do Médio Solimões. Lá, o Rio Solimões desceu 5,80 metros no último mês.

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