Por Roberta Batista, g1 AL


CPI da Braskem: 8 pessoas são convocadas para depor sobre afundamento do solo em Maceió

CPI da Braskem: 8 pessoas são convocadas para depor sobre afundamento do solo em Maceió

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem aprovou nesta quarta-feira (28) a convocação do diretor presidente da petroquímica, Roberto Bischoff, e de mais sete pessoas para prestar depoimentos sobre o afundamento do solo em Maceió.

Em cinco anos, desde que surgiram as primeiras rachaduras em casas e nas ruas por causa da mineração realizada na região pela Braskem, mais de 14 mil imóveis tiveram que ser esvaziados em cinco bairros, afetando cerca de 60 mil pessoas.

Os convocados para depor na CPI são:

  • Roberto Bischoff, diretor presidente da Braskem
  • Marcelo Arantes, diretor de comunicação da Braskem
  • Thales Sampaio, coordenador dos estudos da antiga Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM, atual Serviço Geológico do Brasil), que concluíram pela responsabilização da Braskem no desastre
  • Mauro Henrique Moreira Sousa, diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM)
  • José Geraldo Marques, ativista em ecologia, pós-doutor em meio ambiente e vítima da evacuação dos bairros atingidos
  • Abel Galindo Marques, engenheiro civil e professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas
  • Natallya de Almeida Levino, professora da Universidade Federal de Alagoas
  • Wolnei Wolff Barreiros, chefe da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional

A CPI foi criada pelo requerimento do senador Renan Calheiros (MDB-AL) para investigar os efeitos da responsabilidade jurídica e socioambiental da mineradora Braskem no afundamento do solo em Maceió.

O presidente da CPI da Braskem, Omar Aziz (PSD-AM), escolheu o senador Rogério Carvalho (PT-SE) como relator. A comissão tem até o dia 22 de maio para funcionar.

Colapso da mina 18

Em dezembro de 2023, umas das 35 minas que a Braskem mantinha em Maceió para extração de sal-gema se rompeu sob a Lagoa Mundáu, no bairro do Mutange.

Segundo a Defesa Civil Estadual, o solo da área das minas continua se movimentando e o risco de rompimento não foi descartado, mas mesmo que aconteça o colapso, não há risco para a população da cidade porque os imóveis no entorno da área já foram desocupados.

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