Por Aline Nascimento, g1 AC — Rio Branco


Ana Vitória Lima Almeida foi encontrada afogada dentro de caixa térmica em Rio Branco — Foto: Arquivo pessoal

A pequena Ana Vitoria de Lima Almeida, de 1 ano e 6 meses, morreu afogada dentro de uma caixa térmica com gelo na manhã desta sexta-feira (13) no bairro Montanhês, em Rio Branco. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tentou reanimar a criança por mais de 45 minutos, fez a intubação, mas apesar do esforço, a morte da menina foi confirmada dentro da ambulância.

O corpo da criança foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para exames cadavéricos pelo Samu. Ao g1, a médica Denise Evely Fontes, que participou do trabalho de reanimação à vítima, disse que a família informou que a criança foi encontrada submersa na água após 15 minutos.

"A atendente identificou que a criança estava com parada e orientou os familiares a iniciarem as compreensões enquanto a viatura em que eu estava se deslocava. Quando chegamos na rua notamos muita movimentação e quando abrimos a porta da ambulância os familiares já trouxeram a criança", relembrou.

Ainda segundo a médica, a criança estava sem sinais vitais a cerca de 20 minutos. Os familiares falaram que a menina chegou a mamar na mãe e saiu para brincar. Aparentemente, a família tinha participado de alguma comemoração na noite anterior, segundo o Samu.

"Iniciamos os protocolos de reanimação, foi verificado o ritmo cardíaco, tentado o acesso e a criança entubada precocemente. Suspeitamos de duas causas da parada [cardíaca], por conta da falta de oxigênio no cérebro ou por hipotermia. Foi encontrada dentro da geleira [caixa térmica], ficou hipotérmica, a temperatura dela caiu e não chegou oxigênio no cérebro", lamentou.

A profissional destacou também que a criança chegou a apresentar alguns sinais de vida em determinados momentos, contudo, não resistiu e a morte foi confirmada ainda no local.

"Ela até chegou a ficar um pouco corada, teve uma hora que até achei que ela ia voltar, porém, devido ao tempo em que ficou dentro da geleira, não resistiu. A mãe até brincou que ela era uma criança muito brincalhona e que gostava de fugir. Talvez tenha achado que a geleira era uma piscina muito legal e pulou dentro. O cenário favoreceu muito", concluiu.

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