Crime ocorreu em propriedade às margens do Rio Juruá, entre Acre e Amazonas — Foto: Polícia Civil
Dois acreanos foram mortos a tiros na zona rural do município de Guajará, no interior do Amazonas, no início da madrugada dessa terça-feira (22). As vítimas eram do município de Mâncio Lima, vizinho à cidade amazonense, e eram irmãos. Uma terceira vítima, natural de Guajará, também foi morta na ação. A Polícia Civil de Guajará investiga o caso.
O suspeito, identificado como Mateus Fernandes Soares, de 26 anos, se entregou à polícia, e disse que cometeu o crime porque o trio havia tentado invadir sua propriedade, na comunidade Ouro Preto.
De acordo com a polícia, as vítimas eram:
- Adair José da Silva Nascimento, de 45 anos, de Guajará;
- Miguel Cavalcante da Silva, de 53 anos, de Mâncio Lima;
- Pedro Cavalcante da Silva, de 65 anos, de Mâncio Lima.
Após matar o trio, suspeito arrastou dois corpos para dentro de casa para aguardar a polícia — Foto: Polícia Civil
O delegado Adenilson Carlos Aguiar disse que Soares utilizou uma espingarda calibre 24 para alvejar as vítimas. Ao ser atingida, a vítima mais velha caiu no Rio Juruá e ainda não teve o corpo localizado.
“Foi comunicado pelo próprio pai do infrator, que recebeu informações do filho via telefone celular em que o filho relata que havia matado algumas pessoas lá nessa comunidade chamada Ouro Preto, no limite com o município de Ipixuna, e que arrastaria os corpos das pessoas para dentro de casa, ficaria com os pés em cima e aguardaria a chegada da polícia militar. A princípio, então, se entregaria sem maiores problemas”, relatou o delegado.
A polícia ainda não informou se a hipótese de invasão da propriedade, relatada pelo suspeito, é a principal linha de investigação. A prisão preventiva de Soares foi pedida.
“Estamos apurando todas as possibilidades e todas as hipóteses que estão à nossa disposição nesse primeiro momento”, acrescentou.
*Colaborou o vídeorrepórter Maiznho Rogério, da Rede Amazônica Acre.
Suspeito relatou que vítimas tentaram invadir sua propriedade — Foto: Polícia Civil