Por Aline Nascimento, g1 AC — Rio Branco


Coronel Marta Renata foi anunciada como a nova subcomandante da PM do Acre — Foto: Arquivo/Polícia Militar do Acre

Pela primeira vez em 108 anos, a Polícia Militar do Acre (PM-AC) tem uma mulher como subcomandante da corporação. A coronel Marta Renata, de 44 anos, foi anunciada para assumir o cargo pelo governador Gladson Cameli, neste sábado (13), em Cruzeiro do Sul.

Marta Renata é formada em letras e em direito pela Universidade Federal do Acre (Ufac) e atuou como professora na instituição entre 2002 e 2005. Veja detalhes abaixo.

A nomeação da coronel foi oficializada em decreto publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) nesta quarta-feira (17). Antes, o subcomandante da corporação era o coronel Emílio Virgílio.

Na PM-AC desde 2005, a coronel Marta Renata nasceu em Rio Branco e assumiu a diretoria operacional da população em maio de 2023. Ela também atuou como assessora de comunicação, assessora jurídica, além de coordenadora administrativa e operacional do 3º Batalhão da PM na capital.

"Minha fala referente à nomeação é de muita gratidão, entusiasmo, mas consciente do desafio e da responsabilidade que essa função exige. Procurarei exercê-la com muito zelo, de modo a honrar nossa tropa aguerrida e servindo da melhor forma à sociedade acreana", disse ao g1 neste domingo (14).

A coronel tem especialização em língua portuguesa e ensino pela mesma universidade. Também possui especialização em segurança pública pela Polícia Militar da Paraíba, em 2014, e fez um curso superior de polícia pela Polícia Militar do Paraná em 2023.

Ex-professora

Antes da carreira militar, Marta Renata cursou letras na Ufac em 1998. Entre os anos de 2002 e 2005 ela deu aulas na Ufac e lecionou na rede de ensino municipal de Rio Branco até 2008.

Em 2003, quando já estava na sala de aula, a coronel decidiu cursar direito na Ufac e também se inscreveu no concurso da PM-AC. A convocação da PM saiu em 2005.

"Quando fiz o vestibular para direito na Ufac, fiz o concurso da PM juntos, em 2003. Fui chamada para a PM em 2005. Quando passei [no concurso da PM] pedi minha exoneração da prefeitura. Dava aula para jovens, adolescentes e adultos", relembrou.

A coronel também tem tios e primos na Polícia Militar, contudo, disse que nunca sonhou em entrar na polícia. "Nunca pensei em ser militar, foi mais uma escolha profissional bem avaliada e consciente. Hoje não tenho dúvidas de que escolhi a melhor profissão para exercer", concluiu.

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